04
06
19

Mergulhar em um animação e transforma-la num live-action não é novidade; entretanto, nos últimos anos esse ramo têm se desenvolvido significantemente. Enquanto alguns clamam por um lacre no conteúdo original, outros recebem de braços abertos esses novos reboots, principalmente para avaliar os novos sabores que os cineastas dão nas adaptações atualizadas da mídia acalentada.

O último reboot em live action, “Aladdin”, chegou aos cinemas dia 24 de maio. Uma das principais mudanças no novo filme é a transformação da Princesa Jasmine, interpretada por Naomi Scott. A THM sentou-se com Scott para discutir essa moderna iteração de sua personagem.

Desde que passou pela porta, Scott estava animada e ansiosa para conversar sobre o filme. Sua ênfase enquanto atuava, ela explicou, era mostrar que a Jasmine faz parte da família real, mostrando que ela não é só uma líder de nascença, mas também uma jovem inteligente. “Eu quis ter certeza que existiriam momentos no filme onde ela apresenta habilidades de liderança,” diz Scott. “Ela está fazendo isso por se importar e por saber ter o que é necessário para isso.”

Por conta de seu gênero, não são à Princesa Jasmine o poder que seu título merece. Ao invés disso, ela é tratada como um mero objeto peão cujo casamento pode ser usado para o benefício político de seu reino. Todavia, recusando a aderir o caminho projetado a sua frente, Jasmine ativamente contra-ataca a discriminação sexista, ficando mais envolvida com os problemas de seu reino. Ela está ciente de seu próprio valor, confiante ao tomar decisões e destemida em sua luta pela liderança.

Essa é uma grande mudança do original de 1992, no qual a Jasmine está primeiramente lutando por seu direito de escolher um marido. O amor romântico é o foco principal da animação, enquanto que a nova história também enfatiza o amor de Jasmine por seu povo. “Ela está lutando contra a injustiça para todos [e] pela liberdade de seu reino, o que é uma mudança muito legal e também a faz mais ambiciosa e ainda mais altruísta,” falou Scott. Essa Jasmine moderna não só luta por si mesma, mas reconhece sua posição e luta por aqueles sob seus cuidados, ela diz.

Entretanto, não é uma proeza fácil, mesmo para uma princesa. Uma das novas canções, intitulada “Speechless”, mostra Jasmine cantando sobre como ela rejeita calar-se frente às adversidades e dúvidas. “É palpável quando às vezes você está indo se colocar contra algo e você será repreendido, mas você pode acabar abrindo a porta para outra pessoa no percurso,” Scott fala.

Scott também diz ter almejado uma poderosa performance enquanto recitava a letra, demonstrando que a Jasmine está decidida a contornar as probabilidades. “Eu definitivamente tinha uma veia saltando,” disse Scott. “Eu quis fazer disso um rugido. Eu não queria que fosse uma performance bonitinha.”

Outro aspecto importante da personagem é como ela acolhe sua própria feminilidade. Ela se envergonha de seu título como princesa, mas reconhece a influência e autoridade que vem com isso, Scott falou. Scott disse que ela espera que a audiência saia dos cinemas com “a ideia de que a força sempre surge do conflito.”

“Há essa ideia de qualidades femininas que a sociedade diz não combinarem bem com liderança”, ela diz. “Na verdade, eu penso o completo oposto. Eu acho que tudo o que nos faz uma mulher, o que quer que se encaixe nas características femininas… são coisas que líderes precisam, especialmente nesse tempo.”

Como realeza, Jasmine é uma líder natural para seu povo e ela trabalha duro para fazer o máximo em sua posição, oferecendo discernimento e compreensão. Sua personagem oferece um exemplo essencial de coexistência entre o feminino e o legislativo. Uma mulher pode usar um vestido e manter uma posição de autoridade, os dois não excluem um ao outro, como é ilustrado pela Princesa Jasmine.

“A força que temos como mulheres, precisamos percebê-la, entendê-la e usá-la,” disse Scott, que também contou esperar que sua performance inspire essa força latente.
Fonte: The Miami Hurricane
Tradução & Adaptação: Equipe Naomi Scott Brasil