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Em um fundo neutro e usando um vestido preto Naomi Scott brilha para lentes de Taylor Tupy na capa da Harper’s Bazaar Arabia na edição de Junho! Junto com um editorial lindíssimo em fundos como um céu azul e ensolarado Scott concedeu uma entrevista sobre fortalecer a Princesa Jasmine, o porquê dela ser tudo menos calada, e sobre empoderar a próxina geração. Confira entrevista completa e traduzida abaixo:

Com vôos entre Los Angeles, Londres, Jordânia e México, somente no último mês, os pés de Naomi Scott mal tocaram o chão. Mas quando você aterrissou no papel principal como Jasmine neste primeiro mês da releitura em live-action de Aladdin, é inevitável que as coisas ganhem uma vida própria.

Num tempo pertinente quando novas manchetes são dominadas por novos movimentos para fortalecer o avanço feminino, a britânica atriz e cantora/compositora de 26 anos pegou os princípios da Princesa Jasmine que todos conhecemos e amamos, e revolucionou a personagem com uma versão mais nuançada ‘escute-me rugir’ no século 21. “Não era que eu precisava fazê-la ‘forte’, pois mulheres são fortes, mas eu quis ter certeza que ela tivesse uma narrativa além de encontrar alguém para se casar. Eu quis que ela tivesse alguma seriedade, que ela tivesse a maturidade sobre si e a sensibilidade de fazer as coisas que ela queira fazer, tal como comandar Agrabah.”

Naomi é convincente para assistir, não mais do que quando ela doa “Speechless” para a audiência, o solo da Jasmine e nova adição à trilha sonora.

A letra é uma jangada motivacional para a audiência – igualmente para meninos e meninas, que é um elemento importante para Naomi. Consciente da responsabilidade que tem para com a audiência, a premissa de Jasmine recusando curvar-se para as normas prescritas de gênero é tão vital para o avanço de sua personagem quanto para o comprometimento de Naomi para ajudar a construir um futuro equitativo para todos.

“Eu sinto a responsabilidade todos os dias, com tantos garotos e garotas, para pensarem, “O que eu estou colocando lá fora,” ela diz. “E eu acho que é uma mensagem super importante tanto para os meninos quanto para as meninas. Muitas vezes nós ensinamos nossos meninos a não demonstrarem emoções, que ser emotivo é ruim, mas na verdade essas qualidades femininas são tão fortes quanto as qualidades masculinas. Tantas pessoas vivendo com ansiedade, ou não entendendo sua saúde mental ou como lidar com suas emoções. O filme é um ode a tantas mulheres e homens fortes que se colocaram contra algo e que, principalmente, protegeram as pessoas que vieram depois deles. Então sim, em alguns aspectos esse é só um filme da Disney, mas as mensagens são muito fortes.”

Jasmine é a heroína dos dias atuais por excelência – ela sonha, é determinada, ela não tem medo de usar sua voz. “Eu definitivamente quis que a Jasmine mostrasse que ela não está com medo de nada, e que quando ela está no tapete mágico eu quis que tivesse um momento onde ela estivesse tipo, ‘Ou, deixa eu dirigir!’ Naomi ri. De tapetes mágicos para tapetes vermelhos, nos quais Naomi tem viajado o fantástico e frenético cronograma do circuito de conferências de Aladdin.

Um Armani vermelho e espumoso vestido para a abertura no Amã (vocês viram seu post épico no Instagram das ruínas da Cidadela de Amã?) para um Audrey Hepburn algodão-doce – elegância em Brandon Maxwell para a premiere em LA. Seu estilo é difícil de definir – um encontro entre androgenia, feminilidade e esporte luxuoso – mas você pode dizer que ela está se divertindo. E ela arrasa com roupas de dia mais do que a maioria.

Quando a poeira da press tour baixar, Naomi será poupada por apenas um curto verão antes que Hollywood chegue com força outra vez, com seu próximo grande filme, ‘As Panteras’ de Elizabeth Banks estréia em novembro. Quase 20 desde o remake de Cam, Lucy e Drew, desta vez Naomi faz parceria com Kristen Stewart e a também britânica Ella Balinska, como a nova geração de detetives. “O que eu adoro a que a minha personagem Elena representa a ideia de que qualquer um pode ser uma Pantera. O que é incrível sobre esse filme é que Liz [Banks] quis criar essa ideia sobre mulheres no geral e como elas se unem – mas todos os diferentes tipos, cores, formas, tamanhos… ela não queria essa ideia uniforme, pois ela quis representar as ‘mulheres’. Todas as mulheres. Estão eu estava tipo ‘Eu estou tão aquém disso, sim Liz Banks, eu vou entrar no seu trem!”

Com alto alcance, nenhuma mulher é rasa na carreira de Naomi até agora, a simples realidade é… ela só quer que todos se sintam valorizados. “Eu acredito que todos mereçam ser amados e receber as mesmas oportunidades, e a serem valorizados.” Quando questionada sobre qual conselho ela daria para si mesma na adolescência, ela diz, “não tenha medo de pedir pelo que você quer.” Conselho sensível para mulheres de hoje em dia.

E aí, o que a Naomi quer? Jogar bocha no jardim de sua casa inglesa com seu marido – “Somos como um casal de 80 anos, era tão divertido!” – escrever músicas e “estar completamente no controle do meu próprio navio – ser minha própria capitã,” ela diz.

Pilotando o Bom Navio Scott e manobrando a si mesma no caminho para Hollywood, eu imagino quão sortuda é a próxima geração de garotas em ter Naomi como a capitã. Lá fora é um admirável mundo novo e que percurso que é.

Fonte: Harper’s Bazaar Arabia
Tradução & Adaptação: Equipe Naomi Scott Brasil


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Chame Naomi Scott a rainha do reboot – ou pelo menos, a princesa. A atriz de 26 anos de idade está assumindo o papel da Princesa Jasmine no remake em live action de “Aladdin”, da Disney, mas não é a primeira vez que ela participa de um papel que já está bem estabelecido. O público pode reconhecer Scott em “Power Rangers” de 2017, na qual ela interpretou Kimberly, a Pink Ranger. Em seguida, os fãs vão vê-la como Elena em “Charlie’s Angels”. Mas, por enquanto, Scott se concentra apenas em “Aladdin”.

“Estamos todos tão prontos para este filme sair; Já faz dois anos ”, Scott disse à Variety no tapete roxo na estréia do filme. “Havia tanta alegria e amor e ideias que foi para este filme e espero que se traduza na tela.”

Desempenhar um papel como a Princesa Jasmine já é uma tarefa muito grande, mas a atriz teve outro desafio com a nova música de Jasmine, “Speechless”. O lendário Alan Menken, que compôs a música tanto para o filme original quanto para o remake, escreveu o novo hit com os premiados músicos de “Dear Evan Hansen” e “La La Land” Benj Pasek e Justin Paul.

Outra diferença da versão de 1992 é que Jasmine não é a única mulher nessa história, com Nasim Pedrad, de Saturday Night Live, interpretando uma nova personagem de apoio chamada Dalia, a serva da princesa. Depois que as atrizes colidiram ao fazer entrevistas no tapete, Scott se entusiasmou com sua nova parceira no crime.

“[Nasim] trouxe muito mais para a personagem do que alguém poderia imaginar. E Jasmine precisava de uma energia feminina e alguém com quem ela claramente estava perto e tinha esse tipo de relacionamento ”, ela disse. “Queríamos que isso fosse traduzido na tela – o fato de que realmente nos amamos.”

O próximo papel de Scott também é alimentado pela poderosa energia feminina quando ela se junta a Elizabeth Banks, Kristen Stewart e Ella Balinska como as novas “Panteras”.

“A incrível Elizabeth Banks literalmente é a pessoa perfeita para dirigir esse filme. Ela é uma das pessoas mais inteligentes que já conheci em toda a minha vida “, disse Scott sobre o projeto, que chega aos cinemas em novembro.

De ter a oportunidade de interpretar essas duas mulheres poderosas, ela compartilhou: “Eu me sinto muito abençoada”.

Fonte: Variety
Tradução & Adaptação: Equipe Naomi Scott Brasil


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05
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Crescida na Inglaterra, Naomi Scott, como tantas jovens garotas, apaixonou-se quando bem nova pelas heroínas em animação da Disney – especialmente Mulan, Pocahontas e Jasmine de Aladdin. Mas enquanto essas três são oficialmente parte da franquia midiática e de brinquedos da Disney, ao lado de Cinderella, da Bela Adormecida, da Bela e da Ariel, não foram essas armadilhas ostensivas de princesinha que encantaram Scott. Foi algo mais profundo.

A Scott de 26 anos havia sequer nascido quando o “Aladdin” de 1992 chegou aos cinemas, um dentre a maré de êxitos que abasteceram a renascença animada dos anos 90 na Disney. Agora a atriz e cantora encontra-se trazendo vida tridimensional à personagem que uma vez ela brincou ser quando criança, imagens que incontáveis crianças tiveram coladas em suas paredes e cabeceiras. É muita coisa a desafiá-la.

“A Jasmine era a minha favorita, então eu não posso realmente conciliar essas duas coisas,” disse Scott. “Você precisa ter um saudável respeito com o que te antecedeu, mas eu continuo vendo essas coisas como distintas. É mais como um caso de ser capaz de criar essa versão humana dela. É assim que eu vi.”

Na verdade, a nova pegada de Scott para a Jasmine se destaca da versão original de maneiras que vão além de simplesmente a média narrativa. Enquanto que a Jasmine do filme original estava principalmente preocupada em escolher um esposo, a versão de Scott sonha em quebrar com as arcaicas tradições patriarcais e governar o seu reino de Agrabah. Essa é a Jasmine para a era de candidatas à presidência e o movimento #MeToo, refletindo amplas mudanças sociais em modelos de gênero e expectativas durante os últimos 27 anos.

Scott vê a evolução da personagem como um progresso natural. “Não parece como se estivéssemos colocando algo que não deveria ser colocado,” ela diz. “No filme original, por maior que seja o fato dela estar lutando pela escolha de com quem ela quer se casar, é aí que sua ambição meio que termina. Nesse filme, ela é mais ambiciosa e ela olha para fora de si. Ela está tentando proteger seu reino contra esse perverso ditador [Jafar]. Está mostrando que você pode liderar e você também pode ter romance. Vocês podem ter os dois, meninas, e os dois não são mutualmente exclusivos.”

Nos anos recentes, como a Disney tem procurado alavancar seu catálogo remanescente de animações com novas versões em live-actions, o estúdio descobriu que representações de papéis de gênero que eram aceitas nas décadas anteriores podem agora induzir arrepios. Mas imaginando como acertar a correta medida, fornecendo à audiência um conserto na nostalgia enquanto reflete o aumento da conscientização das questões de identidade e poder, está longe de ser fácil.

“Obviamente nós lidamos com gênero e como essas histórias têm mudado bastante com o tempo, seja ‘Cibderella,’ ‘A Bela e a Fera,’ ‘Aladdin’ ou ‘A Pequena Sereia,’ que estamos trabalhando agora’,” disse Sean Bailey, o presidente de produção da Disney. “Você teve algumas questões reais que você precisa se aprofundar e examinar por bastante tempo.”

Com o remake de Aladdin, essas questões surgiram no início do processo de desenvolvimento, como o diretor Guy Ritchie, o roteirista John August e o restante da equipe criativa buscava por meios de espanar alguma poeira da história e fazê-la mais alinhada com o dia a dia da audiência. “Nós assistimos ao filme original e falamos, ‘nos dias de hoje, isso parece fora de época?’ E há momentos de sábio relacionamento em que isso parece sim um pouco fora de seu tempo,” disse o produtor Dan Lin. “Sentimos como se tivéssemos uma real oportunidade de fazer a Jasmine ser uma líder feminina realmente forte nesse filme que talvez ela não fosse tanto no original.”

De acordo com um estudo de 2016 dos linguistas do Pritzker College e da Universidade Estadual da Carolina do Norte que analisava a separação do diálogo entre gêneros em numerosos filmes da Disney, personagens masculinos tinham 90% das falas no “Aladdin” original. (Muito dessa disparidade foi contabilizada pela famosa performance do Robin Williams como Gênio.)

Para ajudar a endireitar esse desequilíbrio e alimentar essa personagem poderosa que é a Jasmine, o compositor Alan Menken de “Aladdin”, em colaboração com a dupla de compositores Benj Pasek e Justin Paul, escreveram uma música para Scott performar, uma poderosa canção chamada “Speechless” na qual a Jasmine expressa seu desejo de libertar sua voz.

“Nós fomos muito inspirados por uma frase bastante misógena do filme original em que Jafar diz, ‘Você está calada, eu vejo. Uma boa qualidade em uma esposa,'” disse Pasek. “No mundo em que vivemos, tantas pessoas precisam libertar sua voz – ou clamá-la pela primeira vez – e ser sinceras sobre quem são e no que acreditam. Foi uma oportunidade emocionante de colocar essa mensagem na voz da Jasmine.”

Construindo a letra dessa música em meados de 2017 antes do escândalo da má conduta sexual de Harvey Einstein estourar, Pasek e Paul não poderiam prever como iriam ressoar com o espírito do momento. “A música foi escrita antes do movimento Time’s Up,” disse Paul. “Eu acho que é só confirmação de que existe uma antiga luta das pessoas que se sentiam marginalizadas e continuam a ser.” Ressaltando os perigos de reimaginar um querido clássico, o novo “Aladdin” enfrentou múltiplas críticas no caminho para as telonas. Após o lançamento do primeiro trailer, muitos apontaram defeitos no Gênio de Will Smith, enquanto outros reclamavam sobre o casting de Marwan Kenzari como o vilanesco Jafar, julgando o ator como bonito demais e não ameaçador o suficiente. A escolha de Scott como Jasmine não ficou livre de controvérsias também.

Apesar de Agrabah ser um país fictício, algumas pessoas usaram as redes sociais para rebaixar a decisão por Scott no elenco, argumentando que a atriz, que é descendente de uma gujarati indiana e um britânico, estaria pegando o papel que deveria ser dado a uma atriz árabe.

“Tantas atrizes árabes no planeta e eles contratam a meio-branca, meio-indiana Naomi Scott como Jasmine,” escreveu um usuário do Twitter. “A Índia não é árabe, Hollywood.”

Scott, provavelmente mais conhecida por espectadores americanos por seu papel no reboot de Power Rangers em 2017, diz que lidar com a pesada crítica que acompanha um projeto de alto escalão como “Aladdin” tem sido “uma boa curva de aprendizado.”

“Você só precisa estar confortável sabendo em si mesmo o que você está fazendo e não permitir que vozes externas alcancem essa parte,” ela diz, apontando para próprio coração. “Eu estou muito orgulhosa desse filme, de quão diverso é o nosso elenco, do que isso representa e da mensagem do filme. Todo mundo é intitulado à sua opinião. Eu não olhava tanto para a esquerda ou para a direita ou escutava o que as pessoas estavam dizendo. Você não pode entrar nesse costume, pode?”

Mesmo enquanto ela espera para ver o que a audiência fará com sua versão de Jasmine, Scott já está olhando adiante para outro papel que vai sair no final desse ano como uma das estrelas no reboot de As Panteras da Elizabeth Banks e cultivando uma carreira paralela como cantora-compositora. Não diferente de Jasmine, ela tem ambições que não serão sufocadas ou contidas. “Eu amo o despencar dos muros que alguém como Donald Glover faz,” Scott diz. “Eu definitivamente não sou alguém que deseja ficar numa caixa. Se você me colocar lá dentro, eu provavelmente romperei tudo de alguma forma. Então seria melhor apenas deixar-me livre.”


Fonte: Los Angeles Times
Tradução & Adaptação: Equipe Naomi Scott Brasil


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A ‘Gurls Talk’ se sentou para um café da manhã com a atriz e cantora britânica Naomi Scott em uma coletiva de mulheres para discutir seu papel como a ‘Princesa Poderosa’ na adaptação em live action de Aladdin, dirigida por Guy Ritchie e produzida por Dan Lin e Jonathan Eirich. Nós perguntamos à Naomi uma série de questões sobre raça, gênero e empoderamento feminino.

A Princesa Jasmine definitivamente não é uma princesa comum, ela exala força tanto física quanto mental. Como você fez para ter certeza de que estava apta para retratá-la da maneira que fez?

A Jasmine era a princesa que eu mais podia me conectar quando mais nova, eu me sentia mais forte ao assistí-la pois ela era sincera. Ela era a princesa que eu podia interpretar, aquela que eu mais podia me identificar, em termos de aparência e personalidade. Quando surgiu a oportunidade, minha mente começou a fluir pois eu estava pensando em todas as coisas que eu poderia fazer com a personagem para humanizá-la. Como uma atriz eu senti como se eu realmente pudesse fazer algo grande. Eu não sei o que eles estão pensando mas eu tenho um bom pressentimento pois eu amo o que a Disney tem feito com suas heroínas e eu realmente aproveitei o processo de audição.

Tinham algumas coisas que eu queria focar na Jasmine; eu queria trazer um pouco de maturidade. Não queria fazê-la tão nova, ela sabe o que está fazendo, ela é uma política. Eu queria que ela tivesse essa consciência de fundamentos, um sentimento de que ela está resolvida, ela sabe quem ela é mesmo enquanto está tentando encontrar a sua voz e eu queria que ela encontrasse essa voz. Algumas vezes no passado, ao criar esses papéis femininos, havia aquela percepção de que ‘ah, ela é forte porque falou algo astuto para um cara pois ela é audaciosa’ mas não, não é assim para mim. Ela está, na verdade, lutando pelo povo de Agrabah (O país fictício de Aladdin). Isso é feminismo e é importante, e também é o que a faz forte. Você também pode ser forte em sua fraqueza; você pode ser forte e chorar, você pode ser séria e divertida, as mulheres podem ser um monte de coisas diferentes. Mesmo quando as pessoas falam comigo sobre a Jasmine e dizem ‘ah, ela é tão audaciosa,’ o que é ótimo (quero dizer, ela tem algumas sacadas excelentes) mas para mim era sobre a sua profundidade e trazer isso para a dianteira.

Mesmo detalhes pequenos como andar no tapete mágico importaram. É muito fácil, quando se está gravando, esquecer-se desses detalhes mas para mim foi definitivamente um caso de ‘eu preciso pilotar essa coisa em algum momento pois eu posso.’ É muito mordaz para mim pois ela é aventureira por natureza e apesar de ter sido ensinada a ficar comportada por ter uma responsabilidade para sustentar, ela não se conforma aos típicos papéis de gênero, especialmente como uma princesa. Também há uma força em ser comportada, uma força em manter-se firme, ser sábia e ponderada e quando ela escapa do palácio ela também quer explorar, ela não tem medo, então para mim esse tipo de coisa foi importante.

É só que não se trata apenas da Jasmine querendo somente ser Sultana mas querendo liderar por saber que ela possui grandes habilidades de liderança e isso foi o mais importante para mim. Eu não estava reclamando por poder só porque eu posso, a Princesa Jasmine sabe que ela é mais do que qualificada para pegar esse papel tipicamente masculino de Sultana. Eu queria que as pessoas a vissem como uma princesa dos dias modernos que é forte, inteligente e assertiva.

Aladdin pode ser visto como sendo um dos mais diversos filmes da Disney até então, como foi fazer parte de um projeto como esse, um grande filme onde você viu a si mesma representada na tela?

É muito louco porque eu creio que para mim como atriz sempre tem sido um filme interessante como exemplar para a minha jornada, eu não a mudaria pelo mundo pois eu aprendi tanto e eu cheguei a um lugar onde eu sou quem eu sou. Como uma mulher mestiça e para passar por todas as coisas onde você não é o suficiente para uma pessoa ou outra pessoa, é tão bom sentir que eu sou representada de um jeito que é verdadeiramente especial para mim e eu penso para outras garotas, jovens garotas e jovens garotos, ver alguém que eles possam interpretar, especialmente quando você é pequeno é simples mas também poderoso. Uma criança pode não ver todas as nuances, mas elas podem ficar tipo ‘AI MEU DEUS eu posso ser ela!’ então isso é algo que eu percebo ser muito importante e poderoso, eu estou simplesmente tão orgulhosa desse elenco e tudo é perfeito. Assim como o Will trazendo sua sensibilidade e seu tempero para o seu papel foi também muito importante.

Você acha que isso configurará um precedente para a Disney em fazer seus filmes mais diversos?

Eu espero que sim, gostaria de pensar que sim. Eu acho que o que é legal é que estamos começando a ver mais desses tabus sendo quebrados, a ideia de ‘ohh uma líder’ e aí boom Mulher Maravilha e aí boom Bela e a Fera- Obrigada! ‘Ohh um elenco negro?’ e aí Pantera Negra! Eu acho que é bom que estejamos vendo isso sendo jogado fora porque eu acho que também causa efeitos mais num nível psicológico. Algumas vezes não é tão palpável quanto apenas os fatos dos dados, é um sentimento de ‘oh, ok, eu consigo fazer isso’. Por exemplo Pantera Negra, para as crianças negras houve um tempo em que eles só poderiam relacionar ao líder branco por um longo período e agora é tipo ‘confie em mim, você consegue fazer isso também’, como não é na verdade tão difícil e você fica apto a se conectar. O que eu amei sobre esse filme é que foi um baita filme negro e isso se deve ao diretor Ryan Cougler comandando isso que foi tão importante. Antes desse filme as crianças provavelmente pensavam que ser uma pessoa de cor e brincar de ser o líder é algo que elas não poderiam fazer, talvez para aquela uma pessoa dentre milhões mas agora é realmente uma opção viável se eu trabalhar duro.

Ainda há um longo caminho a ser percorrido e definitivamente para mim eu tive que forjar minha própria pista pois eu sou meio que uma criatura estranha já que eu não sou uma coisa ou outra, então tive que criar meu próprio jeito e eu passei por muita coisa, ser a garota nova e então perder para a opção de negócio potencialmente mais sábio porque para eles isso faria mais sentido, mas agora eu amo e compreendo quem eu sou.

Você canta uma música no filme chamada ‘Speechless’ que eu acredito que será outro grande hino da Disney. O objetivo é uma poderosa mensagem sobre recusar a desistência e quão importante é lutar por aquilo que você acredita. Quão importante foi para você fazer dessa música um dos destaques do filme?

Primeiramente, eu cresci com música gospel, tipo Mary Mary, Kirk Franklin então para mim foi um pouco diferente pois é mais musical e eu nunca tive um treinamento vocal ou qualquer coisa do tipo. Foi um desafio. E era uma música tão difícil. Quando eu escutei, eu fiquei tipo ‘wow!’ se não pela afinação dessa música sozinha.
Quando gravamos aquela cena foi a tempo, especialmente na mídia onde mulheres e homens falavam sobre coisas que aconteceram com eles e eu meio que senti o peso disso, eu estava tipo, você sabe, têm muitas pessoas antes de mim que se expressaram e isso não teve um efeito positivo em suas vidas. Essa concepção que pensamos que as pessoas estão se colocando só por alguma recompensa, é tipo ‘não, esse não é o motivo!’ É duro pois quando você se posiciona você recebe essa repercussão e tiveram pessoas que vieram antes de mim e se colocaram e permitiram que eu me sentisse mais protegida no meu trabalho tipo que incrível, houveram mulheres que precisaram fazer sacrifício, como a minha avó.

Minha família é da Uganda, minha avó tinha 10 filhos e se sacrificou tanto por eles, ela se casou aos 15 e teve o primeiro filho aos 16. Eu olho para a minha avó e penso ‘wow, o que você entregou permitiu-me fazer o que estou fazendo hoje.’ Então essas pessoas na mídia, mulheres que eu conheço ou mulheres que eu acabei de conhecer que me inspiram, tudo isso foi o que eu levei para o lugar quando gravávamos ‘Speechless’. Eu quis dar tudo de mim em homenagem. Eu não queria que fosse bonito, eu queria que fosse bruto, eu tinha veias saltando dos lugares, eu queria que fosse feio nesse sentido, porque ela está brava e está tudo bem ficar bravo algumas vezes. Eu queria fazer justiça à música, precisava ser poderosa, forte e ainda provocante e eu espero que tenha feito isso.


Fonte: Gurls Talk
Tradução & Adaptação: Equipe Naomi Scott Brasil