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Usando grifes como Prada, Balenciaga e Louis Vuitton a atriz Naomi Scott posou em um photoshoot vintage sendo fotografada por Collier Schorr para Another Magazine na edição Setembro 2019. Scott também concedeu uma entrevista para revista onde ela conversou sobre sua sua carreira, origens e muito mais. Confira a entrevista completa e traduzida abaixo: 

Através de seus pais pastores, sua casa conjugal em Essex e um papel no próximo As Panteras de Elizabeth Banks, essa atriz indiana-britânica está construindo os tipos de modelos que ela uma vez almejou

Em prateleiras de lojas de brinquedos ao redor do mundo, réplicas de 30cm de altura da Naomi Scott estão no mesmo nível que Ariel e Barbie, graças ao empoderamento que a atriz deu à Princesa Jasmine em Aladdin esse ano. Pessoalmente, ela prefere roupas de caminhada a organzas brilhantes e laços de fita; faz parte de seu considerável charme que ela consiga chegar ao tapete vermelho com um vestido rosa-chiclete do comprimento de um quarteirão em uma semana e estar servindo chá vestida com um moletom em Woodford na outra. Ela é a princesa da Disney que conhece a regra do impedimento e alegremente conversa com jornalistas sobre seu eczema, a atriz que nunca colocou um pé em uma aula de teatro (a não ser que você considere as peças da escola), e a protegida de Hollywood que fez seu lar a mil léguas de Tinseltown.

A mulher de 26 anos tem estado em sets de gravação desde sua adolescência, mas foi a audição para Aladdin que a levou para grandes letreiros ao pôr do sol. Após derrotar milhares de esperançosos, a atriz indiana-britânica fechou contrato com o filme de contos de fadas sem o clichê das danças do ventre enjoadas da versão animada de 1992, interpretando uma princesa madura menos interessada em encontrar um marido do que dominar sua voz política. Fato, não estamos falando Os Monólogos da Vagina – isso é a força da Disney, no fim das contas – mas quando você pensa nas milhares de meninas (e meninos) que compõe o público alvo da Disney, a mensagem que a vida é muito mais do que casar-se com um príncipe – voar em tapetes, acariciar tigres e se tornar sultana, para começar – tem um poderoso alcance.

Em 2017, o ano em que Scott fez o teste, 70,7% dos papéis principais nos filmes da Disney eram brancos. O que faz tudo mais doce pois, hoje, quando nos encontramos no café em Soho, Aladdin tinha acabado de alcançar 920 milhões de dólares na bilheteria mundial, enterrando o conceito de que um elenco diverso não possa fazer fortuna. “Nada mal, né?” ela diz com uma gargalhada. “Em audições no passado eu recebi esses comentários – ‘Ela é meio exótica, não sabemos exatamente o que ela é…’ Ou certas pessoas dizendo que quando se trata de protagonismo em um estúdio cinematográfico, essa garota venderá mais do que a outra. Mas esta concepção está sendo desafiada. Estamos vendo filmes com mulheres protagonistas fazendo milhões de dólares, filmes com um elenco predominantemente negro fazendo milhões, e isso é empolgante.” Esse ano, uma ninhada de recentes contratos – incluindo a Halle Bailey como A Pequena Sereia, e Lashana Lynch de Capitã Marvel supostamente no papel de uma negra, mulher 007 – sugere que Hollywood esteja progredindo. “Será na direção correta,” concorda Scott. “Um negócio como esse leva tempo para mudar. No início será uma reação ao que está acontecendo na cultura, com o passar do tempo você vai ver – talvez os executivos tenham que ser mais diversos, as pessoas tomando as decisões precisam ter diferentes perspectivas.”

Após nossa entrevista hoje, está fora para gravar algumas falas em seu próximo blockbuster – este outono ela estará seguindo sua emancipação dada à Princesa Jasmine com um modernizado As Panteras para a geração atual. “Eu sei, é hilário,” ela diz. “Estou fazendo um monte de reboots. É como se fosse, ‘Precisamos fazer o reboot desse filme com uma pessoa morena – Nay, tá livre?’” A franquia seguiu em frente a partir de Farrah Fawcett, e do esforço um pouco tolo dirigido por McG em 2000 (que focou um pouco demais na Cameron Diaz). A atriz e diretora Elizabeth Banks governa o filme de 2019 de maneira mais consciente, com Kristen Stewart, Scott e a londrina Ella Balinska como o persistente trio de detetives que combatem o crime “Eu acho que mulheres podem fazer qualquer coisa,” Stewart diz firmemente na abertura do trailer, antes de socar o sujeito misógino três vezes na cara.

É um filme sobre mulheres no trabalho,” Scott diz simplesmemte. “Integrantes de um grupo que erguem umas às outras.” Não é inflexível, Banks contou ao The Hollywood Reporter esse ano, sobre “os namorados que elas não viam muito, ou os gatos que elas não alimentavam, ou a mãe que elas não chamavam”. Em verdade, foi a ética de trabalho de Scott nas telonas da adaptação de Power Rangers em 2017 (ela interpretou a super-heroína rosa, protegendo a terra das gargalhadas da feiticeira de Banks, Rita Repulsa) que chamou a atenção da diretora. “Ela sabia como eu trabalhava e me comportava no set, e isso é realmente importante pois você estará nas trincheiras com essas pessoas,” diz Scott. No filme de Banks, gravado entre a Alemanha e Istanbul, haviam armas e sessões de treinamentos de acrobacia e não sequências de corrida na praia em câmera lenta. “Quando criança eu queria tanto fazer esse tipo de papel,” diz Scott com entusiasmo. “Eu e minhas amigas sempre brincávamos de espiãs, mas ver uma mulher na tv resolvendo seus próprios problemas, sendo durona, uma super-heroína, era tão raro. Eu me senti emocionada quando vi Robin Wright e Gal Gadot em Mulher Maravilha. Não importa o tipo de filme que você gosta, isso é empoderador.”

Voltando à Hounslow dos anos noventa, onde Scott nasceu com uma mãe Gujarati-Indiana e um pai inglês, os modelos nas televisões eram raríssimos, até Bend It Like Beckham de Gurinda Chadha ser lançado. Na adolescente Jesminder obcecada por futebol, que vivia em uma casa geminada debaixo da rota de pouso de Heathrow, Scott encontrou uma parente de espírito – ela tinha jogado bola naqueles mesmos campos. “Eu nunca tinha visto um filme sobre uma indiana-britânica, vinda desse não tão glamuroso lugar que eu vim,” ela diz. “Era tão difícil de encontrar algo assim.” Em sua própria família, entretanto, as mulheres forneceram um formidável exemplo: sua avó, nascida em Uganda de pais indianos, deixou o país durante o regime brutal de Idi Amin na década de setenta e viajou até a Inglaterra com suas dez crianças. “Minha avó, em toda a sua força, veio para a Inglaterra e disse às suas filhas – eram nove delas – ‘Vocês podem se casar com quem quiserem.’ Ela sabia que partes de sua tradição não eram saudáveis, e ela era capaz de pensar a frente, o que é incrível. Minhas tias realmente integram isso agora – estão todas ao redor do mundo, fazendo todo tipo de coisa, e elas são tão representativas de quem minha avó foi, e daquilo que talvez ela não fosse capaz de fazer. E isso se estende até mim.”

Os pais de Scott são ambos pastores e ela cresceu ouvindo gospel, imersa na rica vida musical da igreja deles. A família trocou Hounslow por Woodford quando ela tinha oito anos, e a Bridge Church, uma comunidade multicultural que começou no salão de uma escola, tornou-se o lar doce lar onde Scott encontrou sua voz. “Eu tinha amigos na escola, mas eu nunca estava em um grupo. Tinham momentos em que eu não tinha ninguém com quem passar o tempo, então eu andava por todo o intervalo como se eu tivesse algum lugar para onde ir. Coitada de mim!” ela brinca. “Mas era por isso que eu gostava de ir para a prática de banda ou o coral, porque todo mundo era legal com os outros lá.” Ela tinha 11 anos quando cantou I Say a Little Prayer e percebeu, junto com o restante da congregação, que poderia cantar. Alguns anos depois, a antiga membro da Eternal, Kélle Bryan apareceu na igreja e encontrou a Scott de 15 anos no palco. “Eu estava cantando If I Ain’t Got You da Alicia Keys, com um MIDI terrível no fundo,” ela recorda. Bryan inscreveu a adolescente à sua agência de talentos no centro e Scott se lançou em audições – às vezes sem ter ideia de para que ela estava fazendo o teste – com a mesma energia entusiasta que ela traz hoje para o set. “Foi quando gravadora estavam chamando pessoas para estarem em bandas de meninas ou bandas de meninos, e eu sempre era a mais nova lá. Tinham essas mulheres com saltos e eu cheguei, em uma longa e larga camiseta e minhas botinhas, cantando um soul,” ela lembra. “Teve uma vez –isso é tão vergonhoso – nós tínhamos que fazer estilo livre em frente aos jurados. Eu dancei Summertime da Wiley, e como eu juntei dinheiro no início, eu bati na minha cara. Eu lembro de pensar, aguenta firme, aguenta firme… não consegui o trabalho.” Mas ela recebeu o aviso estranho (“Eu acho que tem um seguro comercial holandês algum lugar por aí”) e então seu primeiro encontro com a Disney, o programa de esquetes Life Bites, que Scott gravou durante suas provas de finalização do Ensino Fundamental – ela faria suas provas pela madrugada, e então iria trabalhar. O filme adolescente Lemonade Mouth veio em seguida, um tipo de encontros matinais de Rock na escola, antes dela desaparecer em uma rachadura no espaço-tempo para 85 milhões de anos no passado, na série de ficção científica Terra Nova produzida por Spielberg. Então o que seus pais pensaram sobre sua filha faltar as provas de conclusão para combater carnotauros de computação gráfica na Austrália? “Eu vi dois extremos,” Scott responde. “Tem a clássica questão étnica de, ‘O que é essa atuação? Doutora, não?’ E também tem os pais que forçam – e acredite em mim, eu vi alguns assim em LA, não é legal de assistir. Mas meus pais são super legais, e não ficaram chocados também. Nós só nos sentamos na minha cama e conversamos sobre tudo antes de tomarmos qualquer decisão.” Se os holofotes não a cegaram, parte parece ser graças aos seus pais e à fé com a qual cresceu, menos força limitante do que a base que garantiu que a loucura do último ano nunca acabasse com cliques de paparazzis de Scott desmaiando em uma balada às cinco da manhã. De qualquer forma, esse é mais como o fim desses dias. “Eu acho que quando você não é autorizado a questionar, é quando você se rebela. Eu sempre fui muito aberta com meus pais, sempre poderia falar com eles, então eu não me sentia reprimida. Com certeza eu tenho esse espírito aventureiro. Eu quero tentar coisas, essas sou eu. Mas existem certas coisas que eu sei na minha cabeça – isso não é bom para você.”

Ela continua frequentando a igreja (quando o cronograma de filmagens permite) e ela é aberta sobre sua fé em entrevistas. “Esse é meu sistema de crença e você tem o seu e nós podemos coexistir e aceitar um ao outro por quem nós somos. Isso soa correto para mim. Mas ainda estou descobrindo, eu sempre estarei questionando. Meu pai e eu temos longas conversas. Eu tenho mais interesse em sentar e conversar do que ficar gritando coisas no Twitter. A igreja é frequentemente vista como uma instituição que está lá para manter as pessoas em uma caixa. Eu acho que deveria ser o contrário. Deveria ser o local onde você possa ser completamente quem você é e dizer, ‘Yo, eu estou uma bagunça.’ Onde as pessoas podem falar honestamente, onde tudo vem do amor, em oposição a julgar você quando eles sequer o conhecem.”

Se a igreja foi onde ela encontrou sua fé, sua música, e até sua primeira agente, também a uniu ao seu marido, o jogador de futebol Jordan Spence – a dupla se conheceu quando adolescentes. Scott se casou aos 21, e julgando pelas fotos que ela e Spence postam no instagram, eles continuam apaixonados (apesar de eternamente condenados a serem abordados por fãs obsessivos da Disney que não conseguem digerir a Princesa Jasmine amando ninguém que não seja o Aladdin). “Nós éramos muito novos quando nos casamos. Falamos sobre isso hoje, e se uma jovem de 21 anos viesse até mim dizendo ‘estou pensando em me casar,’ eu diria ‘Er, não,'” ela ri. “Mas somos tão próximos, nós conduzimos para que possamos crescer juntos mais do que separados. Somos muito honestos um com o outro –provavelmente honestos demais! – e damos um jeito. Ele é incrível. Se você o conhecesse, veria que não é difícil. Eu era a noiva mais tranquila de todas pois eu não estava nervosa de modo algum sobre isso.”

Sentada perto de Scott hoje – e ocasionalmente acotovelando-a de lado, sem expressão, quando ela passa dos limites de entusiasmo – está a sua donzela de honra, prima e agora assistente, Tiffany Pope. As amigas viajam juntas, transformando os olhos avermelhados e o descanso do aeroporto, quartos de hotéis e conferências de imprensa em uma aventura compartilhada. “Nós rimos tanto quando estamos juntas, ela é uma criaturinha muito divertida,” diz Pope, que recorda da dupla colocando performances de horas de duração quando crianças, tudo instigado por Scott. “Temos apenas duas semanas de diferença, e crescemos basicamente inseparáveis.” Manter sua prima ao seu lado é um meio de Scott permanecer presa às raízes com a escalada de celebridade. “Minha família cuida de mim,” diz Scott. “Trabalhar com a Tiffany significa que tem alguém que pode manter minha perspectiva, que pode dizer ‘Sai dessa, para de ser besta.’ É ter pessoas ao seu redor que serão honestas, que não serão puxa-saco,” ela diz, “e não viver em LA ajuda.”

Seu lar está a um mundo de distância – em Essex por hora, embora tenha sido nômade por alguns anos. “Nós somos tão acostumados em pular de lugar para lugar, com o futebol de Jordan e minha atuação,” ela diz. “Quando chegarmos no ponto de uma casa de família, então eu comprarei algo bem legal em uma loja de antiguidades, mas por agora são prateleiras da Ikea.”

Com muitos roteiros chegando na sua porta, uma casa fixa não é provável tão cedo, mas Scott está claramente saboreando o momento. Ainda que nova, ela trabalhou duro para chegar aqui e teve alguns contratempos – sua aparição em Perdido Em Marte de Ridley Scott atingiu o quarto das cenas cortadas, um fato que ela só descobriu quando sentou, bem vestida, na premiere. “Meu marido sempre diz para mim, é uma maratona, não uma corrida. Especialmente na atuação, My husband tem essa pressão de olhar para a esquerda e para a direita e se comparar, mas mesmo aquelas garotas que você sempre vê nos mesmos testes que você, elas são tão diferentes de você. Você precisa focar em o que você tem para trazer,” ela diz. “Eu tive esses momentos em que você pensa, ‘eu quero ir agora, estou pronta,’ mas eu olho para trás e percebo que eu não estava. Agora eu tenho a perspectiva das coisas – agora sou uma mulher. Aos 17, 18 anos você é um bebê, de verdade. Kristen [Stewart] é um ponto fora da curva, passando por aquilo que ela passou tão jovem. Ela me falou quão assustadores os paparazzis poderiam ser quando ela era mais nova. Mas ela está agora em uma posição com essas escolhas espertas de filmes, como Personal Shopper, e ela está tipo, ‘Isso é quem eu sou'”

Stewart emergiu de seus anos de Crepúsculo redefinindo o que é ser uma estrela de Hollywood, em todo o seu nervoso e imperdoável esplendor. E à sua maneira, Scott está fazendo o mesmo. Como se os blockbusters não fossem o suficiente, ela lançou dois EPs (e está trabalhando em música nova), dirige videoclipes e produz. Hollywood continuará chamando – e ela não desperdiçou a voz que lhe foi dada – mas La-La Land não é o coração pulsante do universo. Ela recentemente postou uma foto de si mesma aos 15 anos sorrindo para a câmera, com a legenda: “O único conselho que eu gostaria de dar para minha versão adolescente seria: não tenha medo de pedir pelo que você quer.” Ela está seguindo esse conselho agora, esculpindo um idiossincrático e multifacetado papel para si mesma que defende a definição e permanece verdadeiro a quem ela é.

Fonte: Another Magazine
Tradução & Adaptação: Equipe Naomi Scott Brasil


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Em um fundo neutro e usando um vestido preto Naomi Scott brilha para lentes de Taylor Tupy na capa da Harper’s Bazaar Arabia na edição de Junho! Junto com um editorial lindíssimo em fundos como um céu azul e ensolarado Scott concedeu uma entrevista sobre fortalecer a Princesa Jasmine, o porquê dela ser tudo menos calada, e sobre empoderar a próxina geração. Confira entrevista completa e traduzida abaixo:

Com vôos entre Los Angeles, Londres, Jordânia e México, somente no último mês, os pés de Naomi Scott mal tocaram o chão. Mas quando você aterrissou no papel principal como Jasmine neste primeiro mês da releitura em live-action de Aladdin, é inevitável que as coisas ganhem uma vida própria.

Num tempo pertinente quando novas manchetes são dominadas por novos movimentos para fortalecer o avanço feminino, a britânica atriz e cantora/compositora de 26 anos pegou os princípios da Princesa Jasmine que todos conhecemos e amamos, e revolucionou a personagem com uma versão mais nuançada ‘escute-me rugir’ no século 21. “Não era que eu precisava fazê-la ‘forte’, pois mulheres são fortes, mas eu quis ter certeza que ela tivesse uma narrativa além de encontrar alguém para se casar. Eu quis que ela tivesse alguma seriedade, que ela tivesse a maturidade sobre si e a sensibilidade de fazer as coisas que ela queira fazer, tal como comandar Agrabah.”

Naomi é convincente para assistir, não mais do que quando ela doa “Speechless” para a audiência, o solo da Jasmine e nova adição à trilha sonora.

A letra é uma jangada motivacional para a audiência – igualmente para meninos e meninas, que é um elemento importante para Naomi. Consciente da responsabilidade que tem para com a audiência, a premissa de Jasmine recusando curvar-se para as normas prescritas de gênero é tão vital para o avanço de sua personagem quanto para o comprometimento de Naomi para ajudar a construir um futuro equitativo para todos.

“Eu sinto a responsabilidade todos os dias, com tantos garotos e garotas, para pensarem, “O que eu estou colocando lá fora,” ela diz. “E eu acho que é uma mensagem super importante tanto para os meninos quanto para as meninas. Muitas vezes nós ensinamos nossos meninos a não demonstrarem emoções, que ser emotivo é ruim, mas na verdade essas qualidades femininas são tão fortes quanto as qualidades masculinas. Tantas pessoas vivendo com ansiedade, ou não entendendo sua saúde mental ou como lidar com suas emoções. O filme é um ode a tantas mulheres e homens fortes que se colocaram contra algo e que, principalmente, protegeram as pessoas que vieram depois deles. Então sim, em alguns aspectos esse é só um filme da Disney, mas as mensagens são muito fortes.”

Jasmine é a heroína dos dias atuais por excelência – ela sonha, é determinada, ela não tem medo de usar sua voz. “Eu definitivamente quis que a Jasmine mostrasse que ela não está com medo de nada, e que quando ela está no tapete mágico eu quis que tivesse um momento onde ela estivesse tipo, ‘Ou, deixa eu dirigir!’ Naomi ri. De tapetes mágicos para tapetes vermelhos, nos quais Naomi tem viajado o fantástico e frenético cronograma do circuito de conferências de Aladdin.

Um Armani vermelho e espumoso vestido para a abertura no Amã (vocês viram seu post épico no Instagram das ruínas da Cidadela de Amã?) para um Audrey Hepburn algodão-doce – elegância em Brandon Maxwell para a premiere em LA. Seu estilo é difícil de definir – um encontro entre androgenia, feminilidade e esporte luxuoso – mas você pode dizer que ela está se divertindo. E ela arrasa com roupas de dia mais do que a maioria.

Quando a poeira da press tour baixar, Naomi será poupada por apenas um curto verão antes que Hollywood chegue com força outra vez, com seu próximo grande filme, ‘As Panteras’ de Elizabeth Banks estréia em novembro. Quase 20 desde o remake de Cam, Lucy e Drew, desta vez Naomi faz parceria com Kristen Stewart e a também britânica Ella Balinska, como a nova geração de detetives. “O que eu adoro a que a minha personagem Elena representa a ideia de que qualquer um pode ser uma Pantera. O que é incrível sobre esse filme é que Liz [Banks] quis criar essa ideia sobre mulheres no geral e como elas se unem – mas todos os diferentes tipos, cores, formas, tamanhos… ela não queria essa ideia uniforme, pois ela quis representar as ‘mulheres’. Todas as mulheres. Estão eu estava tipo ‘Eu estou tão aquém disso, sim Liz Banks, eu vou entrar no seu trem!”

Com alto alcance, nenhuma mulher é rasa na carreira de Naomi até agora, a simples realidade é… ela só quer que todos se sintam valorizados. “Eu acredito que todos mereçam ser amados e receber as mesmas oportunidades, e a serem valorizados.” Quando questionada sobre qual conselho ela daria para si mesma na adolescência, ela diz, “não tenha medo de pedir pelo que você quer.” Conselho sensível para mulheres de hoje em dia.

E aí, o que a Naomi quer? Jogar bocha no jardim de sua casa inglesa com seu marido – “Somos como um casal de 80 anos, era tão divertido!” – escrever músicas e “estar completamente no controle do meu próprio navio – ser minha própria capitã,” ela diz.

Pilotando o Bom Navio Scott e manobrando a si mesma no caminho para Hollywood, eu imagino quão sortuda é a próxima geração de garotas em ter Naomi como a capitã. Lá fora é um admirável mundo novo e que percurso que é.

Fonte: Harper’s Bazaar Arabia
Tradução & Adaptação: Equipe Naomi Scott Brasil


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Por

Alguns minutos antes de entrevistar Naomi Scott, a londrina de 26 anos que interpreta a Princesa Jasmine na nova versão em live-action de Aladdin, eu recebi uma ligação do diretor Guy Ritchie que me deixou em alerta. Ritchie geralmente não é o tipo que oferece elogios desmedidos, mas no caso de Scott ele os jorra sem restrições. “A Naomi é uma espécie de reator nuclear quando se trata de radiar generosidade e talento,” ele disse, adicionando que seu carisma natural é francamente “intergalático”.

Então é claro que eu estou preparado para uma decepção quando Scott aparecer essa manhã no restaurante West Hollywood. E se o seu encanto for meramente interplanetário? Mas logo após ela entrar na cabine do canto, vestindo um top branco e botas grossas, eu comecei a perceber o que Ritchie quis dizer. Primeiro, Scott  encantou a recepcionista, o garçom, e um bebê que passava num carrinho, e no final do café da manhã ela tinha meu telefone nas mãos para que pudesse gravar uma mensagem em vídeo para minha jovem sobrinha e sobrinhos – um alô personalizado da Princesa Jasmine. (Ideia dela.) Fato, ela é uma atriz, e a maioria dos atores pode ser convincentemente agradáveis por uma ou duas horas. Mas o crescente bulício acerca de Scott, que também contracenou com Kristen Stewart no novo filme de As Panteras, é especialmente notório por que ela nem tem certeza se a atuação é a sua verdadeira vocação. Com uma carreira que começa a se desenvolver como cantora, compositora e outras coisas também, Scott possui uma matriz de traços e paixões que uma vez podem ter parecido contraditórias mas que para a sua geração, ela espera, está se tornando habitual. Ela é uma cristã devotada, ela é uma inglesa com herança indiana, ela é uma esposa de um jogador de futebol, ela está gravando seus próprios videoclipes e produzindo outro projeto para um rapper do Reino Unido. “Eu sou uma mistura de um monte de coisas,” ela diz.

Uma coisa que Scott definitivamente não é: uma princesa. Então quando ela recebeu o retorno após sua primeira audição para Aladdin em Londres, ela decidiu que algumas estratégias estavam em ordem. A auto-descrita menina moleque fez uma rápida viagem para o Topshop na Oxford Street para comprar vestidos floridos, já que ela não tinha nenhum no seu armário. “Ele era azul claro,” ela recorda. “Eu nunca o vestirei de novo.” Depois de mais leituras, encontros e testes gravados frente a frente com Mena Massoud, que interpreta o garoto de rua principal que se torna um príncipe, Scott finalmente recebeu a oferta, encerrando a busca pelo mundo que durou meses e envolveu centenas de candidatas à Jasmine. (Will Smith, como Gênio, foi confirmado antes.) “Corta para quando eu apareci no primeiro ensaio, e eu estava vestindo minha roupa de treino da Nike,” Scott diz. “Foi tipo, ‘esse é o meu verdadeiro eu – ha ha, peguei vocês!”

Scott e os cineastas também passaram muito tempo desenvolvendo a personagem da Jasmine, que na versão animada era bidimensional em todos os sentidos. Embora em 1992 a Jasmine tenha sido qualificada como uma heroína forte, com sua insistência ao desafiar a tradição para se casar com o homem que ama, Scott sentiu que em 2019 tinha muito espaço para humanizar a personagem e dinamizar aquilo que ela chama de suas tendências de “chefona”. Existe o novo enredo que traz a princesa enfrentando o perverso Jafar para proteger a liberdade de seu reino. “Aconteceu que a Disney, o Guy e os produtores estavam com a mesma mentalidade sobre o que eles queriam para essa personagem,” Scott conta. “Aquilo realmente me empolgou e me fez sentir tipo, ‘eu vou conseguir esse papel’.”

Ritchie lembra que quando ele encontrou Scott pela primeira vez em Londres, ele nem sabia que ela cantava há anos e já estava lançando seu terceiro EP de suas próprias músicas. Mas logo ele percebeu que ela tinha grande habilidade para fazer mais do que os agudos para uma versão decente de “Um Mundo Ideal”. A trilha sonora do Aladdin de Ritchie inclui duas novas músicas do compositor original Alan Menken, que colaborou com Benj Pasek e Justin Paul, com a fama de La La Land. Então dessa vez, a Jasmine ganha seu próprio hino crescente, chamado “Speechless”. “É basicamente a declaração de que ela não vai ser silenciada, que, como todos nós sabemos, é uma mensagem que é muito importante agora,” Scott fala. “Essa ideia de ser um catalisador – se você se expressa, talvez eu possa me expressar.”

Scott começou a cantar quando criança na igreja, e na adolescência atuou em projetos como a série de ficção científica Terra Nova e o filme do Disney Channel Lemonade Mouth. (Seu maior show de cinema foi no filme dos Power Rangers de 2017.) Mas ela sempre imaginou que cantar e compor seriam sua vocação principal, e o plano é continuar a tornar isso grande no mundo da música. “Eu não me vejo como uma artista especializada,” Scott conta. “Acho que eu tenho os pedaços que podem traduzir comercialmente quando é a a hora certa.”

“Genre-wise”, ela foi influenciada pelo gospel pop de artistas como Mary Mary e Kirk Franklin, apesar de que músicas recentes estão mais embasada em R&B e claramente não são voltadas à playlist matinal de domingo da igreja – ou trilhas sonoras da Disney. No single “So Low,” que Scott lançou no último ano, ela lamenta um amor perdido que foi ofuscado pelas coisas erradas. (“Ninguém te falou que a grama não é mais verde/ L.A não é mais doce/ Só é cheia de sonhadores.”) Ainda, esse ano ela planeja gravar ao menos uma música com um coral inteiro no fundo.

Os pais de Scott são ambos pastores na igreja dos arredores de Londres. (A família de sua mãe emigrou da Índia para Uganda e eventualmente para o Reino Unido; seu pai é britânico.) “Eu tenho certeza que muita coisa vem na cabeça das pessoas quando elas escutam ‘a filha dos pastores,'” ela diz. Mas o modo que seus pais abordam o cristianismo foi menos rígido do que os esteriótipos sugerem. “Enfim, o que é realmente importante é ter uma abertura às dúvidas,” diz Scott. “Eu sou definitivamente uma questionadora em todos os sentidos – e se alguém desliga minhas perguntas, aí eu questiono ainda mais. Tipo, hmm, tem algo estranho ali.”

Scott diz que seus pais essencialmente permitiram que ela descobrisse sua fé por si mesma, o que não só a fez mais forte mas também a ajudou a se relacionar com aqueles que não compartilham de sua fé. “Sim, eu tenho um sistema de fé, mas eu não sei tudo, e nós somos todos tão bagunçados quanto qualquer outro,” ela diz. Foi na igreja com 16 anos que Scott conheceu seu futuro esposo, o jogador de futebol Jordan Spence, que agora é o lateral direito do Ipswich Town.

Casada desde 2014, os dois trabalham como um time em projetos musicais, incluindo um próximo vídeo para o rapper Nick Brewer que eles irão produzir e dirigir. (Scott não assinou contrato e prefere continuar independente pela liberdade que isso permite.) Mas a entrada de Scott em filmes complica o cronograma do casal. Elizabeth Banks, que há três anos fechou contrato para dirigir o novo As Panteras, conheceu Scott em 2016 nas gravações de Power Rangers e imaginou que ela seria perfeita para interpretar Elena, uma das três Panteras. Durante o casting, sem saber que Scott acabara de ser escalada como Jasmine, o time de Banks procurou por materiais de Scott. “Eles ficaram tipo, ‘Bem, ela está fazendo Aladdin. Tchau!” Banks recorda. Então a data de início de Banks foi prorrogada, e ela organizou para trazer Scott para uma leitura em Londres.

Dessa vez, Scott não precisou passar por alguém que soubesse seu caminho pelo palácio. “Eu estava procurando por uma mulher típica,” Banks diz. “Uma relatável garota da vizinhança que os membros da plateia pudessem olhar e pensar, ‘se essa garota pode virar uma Pantera, então eu posso também.'” Depois da leitura de Scott, “os executivos do estúdio assistiram cerca de 40 segundos da sua gravação e estavam tipo, ‘sim’.” Uma vez iniciada as gravações, Banks viu que Scott estava conseguindo fazer tudo o que chegava nela, incluindo cenas improvisadas, que podem desconcertar até comediantes veteranos. “As pessoas verão o grande alcance da Naomi,” Banks conta. “Eu acho que este será um épico ano para ela.”

Enquanto continua fácil para Scott saltitar por L.A. ou Londres sem ser reconhecida, ela têm tido alguns antegostos da investigação implacável que é inseparável das celebridades esses dias. Faltando poucas horas para o anúncio do elenco completo de Aladdin, uma onda de posts começou no Twitter com alguns usuários lamentando que a herança de Scott não é do Oriente Médio. (O filme ocorre na cidade fictícia de Agrabah, mas em versões anteriores era em Bagdá, e a história original vem de As 1001 Noites, também conhecida como Noites da Arábia.) Scott preferiu não responder. Como uma pessoa de etnias misturadas, ela sabe o que é ser considerada como muito branca, e também como não branca o bastante, entre outras faltas percebidas. “Minha responsabilidade é com a personagem,” ela diz, acrescentando estar orgulhosa da diversidade de todo o elenco.

No mundo mais amplo das redes sociais, Scott, que admite a uma pessoa simpática, continua procurando por meios de ignorar os comentários sarcásticos de quem quer que seja o troll anônimo do dia. “É difícil, cara,” ela diz. “Não vou mentir para você e dizer que eu nunca olhei no Twitter para ver o que as pessoas estão falando de mim. Ninguém que diz isso está mentindo! Então você tem que se treinar. É na verdade uma disciplina para não olhar.”

Banks lembra que quando observou Scott no set de Power Rangers, a atriz estava no início de seus 20 anos, mas já estava casada e exalava uma aura madura que a separou de seus jovens colegas de cena; havia algo sereno e decidido nela. Para Scott, essas qualidades podem parecer ilusórias. “Eu sou um trabalho em progresso,” ela diz. “Eu sei que vou pisar na bola e dizer a coisa errada ao invés de sempre acertar.” Por hora, “eu só estou tentando essa abordagem de ser honesta, de ser eu mesma, e vendo como isso vai acontecer.”

Fonte: W Magazine
Tradução & Adaptação: Equipe Naomi Scott Brasil


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Naomi Scott é capa da edição 68 da PETRIe Magazine! Para o ensaio, Naomi usou roupas Chanel e foi fotografada por Nadine Ijewere e entrevistada pelo criador e editor-chefe da revista, Zadrian Smith. O site Just Jared Jr. divulgou com exclusividade um trecho da entrevista e vocês podem conferir traduzida abaixo:

Em suas próprias palavras, defina desigualdade.

NAOMI: Tem uns certos aspectos de desigualdade que eu enfrentei e ainda vou enfrentar; Tem também aspectos de desigualdade que eu desconheço completamente e, sem mais nenhuma experiência de vida, eu não vou encontrar. Por exemplo, só sendo mulher podemos desencadear circunstâncias estranhas de desigualdade, em momentos quando você não poderia exercer algo e não esperava por isso, e as vezes deixou de se concentrar por causa disso. Muitas vezes isso é só pequenas coisas, as vezes sutil, micro agresseções em que tomo consciência. Uma forma universal de desigualdade se baseia em como as pessoas são feitas para sentir ou serem valorizados menos que alguma pessoa.

Fonte | Tradução & Adaptação: Equipe Naomi Scott Brasil

Confira o photoshoot em HQ: