Em sua nova edição, a revista Empire decretou 2024 como um ano “poderoso e progressista para as mulheres no terror”, devido ao sucesso de Naomi Scott, Demi Moore, Margaret Qualley, Maika Monroe e Willa Fitzgerald em seus respectivos filmes. Confira abaixo a tradução da entrevista concedida pelas atrizes para a revista:
O Ano das Scream Queens ― Conversamos com as atrizes por trás de um momento poderoso e progressista para as mulheres no terror. Uma pop star perseguida por um demônio sorridente. Uma celebridade fitness de meia-idade em decadência lutando contra uma versão mais jovem de si mesma. Uma mulher misteriosa com uma orelha arrancada. Uma agente do FBI clarividente. O terror sempre criou oportunidades únicas para atrizes entregarem performances inovadoras e desafiadoras, desde Jamie Lee Curtis como Laurie Strode até Mia Goth como Pearl. Porém, nos últimos 12 meses, o gênero apresentou um desfile especialmente consistente e excepcional de versatilidade feminina.
Isso não apenas se traduziu em sucesso de bilheteria — o suspense psicológico Longlegs arrecadou 109 milhões de dólares com um orçamento de menos de 10 milhões —, mas também, no caso do perturbador terror corporal A Substância, que foi submetido à categoria de Melhor Filme — Musical ou Comédia no próximo Globo de Ouro, está gerando burburinho nas premiações. “Estou simplesmente muito feliz que as pessoas estejam assistindo ao filme”, disse Margaret Qualley, estrela do longa, à Empire durante o halloween, tendo, por acaso, reservado ingressos para uma sessão matinê de Sorria 2 logo após a entrevista. “Daqui para frente, tudo é só a cereja no bolo. Estou apenas feliz que as pessoas se importam com o filme.”
Em poucas palavras, 2024 é o ano das scream queens. “Isso me deixa muito feliz porque venho fazendo isso há muito tempo, e acho que as pessoas estão realmente vendo o gênero sob uma nova perspectiva”, diz Maika Monroe, estrela de Longlegs. “Eu realmente acredito que alguns dos melhores papéis femininos estão nesse espaço do gênero.”
Longlegs é um exemplo perfeito do ano arrebatador que o terror está vivendo. Quando conversamos com Maika Monroe, é também durante a semana de halloween, e ela comenta estar admirando as fantasias inspiradas no filme. “Havia uma criança — devia ter uns oito ou nove anos — vestida como Longlegs. Eu pensei: ‘Isso é incrível.’” Mas, embora o filme leve o nome do assassino interpretado por Nicolas Cage, a trama está profundamente conectada à personagem de Monroe, Lee, agente do FBI cujo passado traumático está entrelaçado a uma série de assassinatos horripilantes em sua cidade natal, no Oregon.
Como Monroe comenta, ela não é uma novata no gênero terror, com um currículo robusto que inclui Corrente do Mal e O Hóspede. No entanto, ao ler o roteiro de Longlegs, escrito por Osgood Perkins, ela sentiu uma conexão instantânea com a personagem Lee e lutou pelo papel após uma primeira reunião malsucedida. “Eu nunca tinha visto esse tipo de personagem feminina principal sendo retratada dessa maneira. Ela encara a vida de uma forma incrivelmente diferente”, diz Monroe sobre sua personagem introvertida e clarividente, acrescentando: “Eu não me sentia tão envolvida por um projeto havia muito tempo.”
A natureza distorcedora da realidade no terror tem proporcionado uma infinidade de papéis complexos e multifacetados para mulheres. Em que outro gênero seria possível encontrar Lupita Nyong’o interpretando uma paciente com câncer lidando com sua doença enquanto tenta sobreviver a uma invasão de criaturas, como ela faz em Um Lugar Silencioso: Dia Um? Já Naomi Scott, estrela de Smile 2, não só precisou dominar os movimentos e vocais impecáveis de uma pop star mundialmente adorada, mas também mergulhar na mentalidade de uma viciada que está em recuperação e aterrorizada por um parasita que se alimenta de suicídios. Scott — mais conhecida por seus papéis em Aladdin e As Panteras — adorou a amplitude que sua personagem, Skye Riley, lhe ofereceu.
“Acho que o que é tão bom no terror é que ele permite que você explore toda a gama de emoções como atriz, desde algo mais quieto e sutil até algo extremamente intenso em termos emocionais”, explica ela. A chave para Scott foi explorar o sentimento de vulnerabilidade, mas ter medo de mostrá-lo. “Faço isso o tempo todo, certo?”, diz ela. “Agora multiplique isso por cem, considerando como você está em evidência e as coisas que as pessoas projetam em você quando elas nem te conhecem.”
O universo do terror certamente foi um grande atrativo para Demi Moore. Seu retorno triunfante em A Substância como Elisabeth Sparkle, uma celebridade em decadência que tem Sue, uma versão mais jovem de si mesma, emergindo regularmente de suas costas para tomar conta de sua vida, foi recebido com aclamação mundial e previsões de reconhecimento em premiações por sua atuação. “Sinto que isso adicionou uma camada extra — essa é uma área que eu nunca explorei antes”, ela conta à Empire sobre sua ousada e desafiadora incursão no gênero. “É isso que mantém a vida interessante: ser capaz de ir a lugares onde você ainda não foi completamente. Sinto que estou conhecendo um público com o qual nunca me conectei antes, que é totalmente apaixonado pelo terror corporal. Eu nem sabia que eles existiam! E agora estou super empolgada por me conectar com eles. Estou maravilhada com a resposta.”
Qualley, que interpreta Sue, atribui o sucesso e o impacto cultural do filme a Demi Moore. “Ela simplesmente devora esse papel,” exalta a atriz. “Ela é uma daquelas pessoas com quem é fácil se identificar e sentir compaixão.”
Então, por que agora? Willa Fitzgerald, revelação do perturbador Strange Darling, não acredita que seja coincidência o surgimento desse conjunto poderoso de personagens femininas neste momento político específico. “Acho que estamos vivendo um momento em que os direitos e os corpos das mulheres estão em risco de uma maneira incrivelmente visível — especialmente nos Estados Unidos —, algo que não era tão evidente há décadas”, ela explica. Para Fitzgerald, o terror sempre foi um gênero ideal para explorar medos sociais. “Estamos em um ponto de virada, saindo dessa era de ‘Boss Babe’ e entrando em algo que parece muito assustador, desconhecido e urgente, e acho que isso está presente no inconsciente coletivo das pessoas.”
Não parece coincidência que, no contexto da revogação de Roe v. Wade, não apenas um, mas dois filmes sobre freiras engravidadas por forças malignas — Imaculada e A Primeira Profecia — chegaram aos cinemas. Zoë Kravitz começou a escrever uma versão diferente de seu filme de estreia como diretora, Blink Twice, em 2017, mas atualizou a história durante o movimento #MeToo, transformando-a em uma narrativa sobre a garçonete de bar interpretada por Naomi Ackie enfrentando corajosamente uma ilha cheia de predadores sexuais. Já A Substância surge em um momento em que as pressões sociais relacionadas à imagem corporal foram ainda mais exacerbadas pelas redes sociais. “O filme aborda assuntos que, infelizmente, todo mundo tem que enfrentar de alguma forma em sua vida,” diz Qualley. “Mas ele faz isso de um jeito chamativo, bobo e divertido.”
Claro, trazer esses medos à vida também exigiu um trabalho físico imenso. Fitzgerald, por exemplo, passa uma boa parte de Strange Darling correndo pelo interior de Oregon, com sua personagem sem uma orelha. “Foi exaustivo, às vezes assustador, às vezes avassalador, às vezes realmente divertido — mas, na verdade, sempre foi muito confortável,” ela lembra. Foi nesses dias intensos de filmagem, em que The Lady não tinha diálogo, que ela mais se conectou com sua personagem. “Sinto que esses momentos privados em que podemos apenas estar com ela são também os momentos em que o público consegue vê-la como ela realmente é,” explica.
Scott compartilha um sentimento semelhante sobre seu tempo interpretando Skye em Sorria 2. Ela recorda uma cena, em meio a gritos e assassinatos, em que sua personagem — em modo de sobrevivência — busca desesperadamente se reconectar com uma amiga que ela maltratava enquanto era viciada. Foi um momento em que Scott pôde mostrar Skye com todas as suas falhas: a vítima longe de ser perfeita. “Eu pude interpretar um ser humano, e isso me deixou muito animada,” diz ela.
Como a impecável e inatingível Sue, Qualley enfrentou um desafio diferente. Curiosamente, é apenas quando sua personagem se transforma em uma poça ambulante de carne com membros extras que ela realmente se torna mais acessível. “Acho que é como monstro que ela reconhece a empatia pela primeira vez,” ela ri. Sendo alguém que aprecia a fisicalidade de seus papéis (Qualley é dançarina treinada, tendo estudado na adolescência), ela estava animada para as cenas que envolviam maquiagem pesada e efeitos. “A realidade foi bem difícil, para ser honesta,” admite. “As próteses eram intensas e bem claustrofóbicas e um tanto dolorosas, mas, ao mesmo tempo, do ponto de vista da atuação, foi gratificante.”
É fácil entender por que, apesar dos desafios emocionais e físicos que essas atrizes enfrentaram nesses filmes, elas não conseguem se afastar do gênero de terror. Qualley foi recentemente escalada como protagonista de Victorian Psycho, ambientado em 1858, no qual interpretará uma governanta que precisa suprimir suas tendências psicopáticas enquanto ensina crianças. “Eu gosto muito do gênero. Acho que os personagens mais interessantes vivem nesse mundo, e estou animada para tentar novamente,” diz ela.
Enquanto isso, Monroe irá reprisar, pela primeira vez, uma de suas várias final girls, já que They Follow está previsto para começar as filmagens no próximo ano. A atriz admite sentir certa pressão, dado o impacto que o filme original teve no público. Nele, Monroe interpreta Jay, uma universitária perseguida por uma entidade violenta transmitida sexualmente. “Acho que vai ser um pouco assustador, um pouco estranho, mas realmente muito incrível,” diz ela, animada. “O filme se passará praticamente no mesmo período de tempo que estive longe dessa personagem, então é interessante pensar em tudo que eu vivi na minha vida e no que dez anos significam para uma pessoa.”
Parece, então, que 2024 não foi apenas um golpe de sorte para essas atrizes. Uma nova era para as scream queens começa aqui.
Fotografada por Alejandra Washington, Naomi Scott realizou um editorial para a edição de inverno da revista TEETH. Confira abaixo a tradução do artigo escrito por Brit Parks:
Naomi Scott tem a qualidade distinta de uma moeda romana, sua inteligência bruta refletindo em um trabalho lapidado sob o ângulo certo. Sua atuação é abrangente e hábil, da mesma forma que Catherine Deneuve preenche a tela no meu suspense psicológico favorito, Repulsa. Ambas as atrizes exibem uma gama emocional tão vasta que desconcerta e deixa o espectador desarmado. É como se a arquitetura dos condenados fosse embelezada por uma história sagrada de heroínas, conduzindo-nos ao limiar da histeria.
Lembro-me de algumas falas de uma entrevista com Parker Finn, o escritor e diretor por trás da franquia Sorria. Ele confessou ter sentido uma conexão criativa imediata com Naomi, que viria a se tornar a protagonista de sua nova e perturbadora contribuição ao cânone do horror cinematográfico. Naomi, radiante, descreve o instante de sincronia que se transformou em uma linguagem compartilhada entre os dois. Parker havia avisado que seria um papel extremamente desafiador, algo que ela enxergou como um prêmio; ela ansiava ser levada ao limite de sua atuação se isso nascesse da pura arte.
Sorria 2 explora camadas de meta-realidade que se tornam falhas, invertidas e essenciais para o público acreditar na trajetória dramática do filme, com a artimanha do horror usada como um véu. Naomi, que também é cantora, não sabia de início que o roteiro era inspirado em uma estrela pop. Ela co-escreveu algumas músicas originais para o filme sob a perspectiva de sua personagem, Skye Riley, e as interpreta na obra. É como se ela e Parker já estivessem em sua própria meta-realidade antes mesmo das câmeras começarem a rodar. Suspeito que essa conexão seja a razão pela qual o resultado final é tão coeso em seu sistema de crenças. A verdadeira arte do horror reside em subitamente abandonar a realidade para experienciar profundezas emocionais genuínas — como a compaixão quando lobisomens sentem culpa na manhã seguinte, ou a empatia por Drácula isolado na escuridão.
Solitários sapatos de salto vermelhos envernizados fazem companhia a Naomi enquanto nossa fotógrafa captura suas expressões sutis de uma histeria contida. Ela muda o peso de um pé para o outro e se transforma, sucessivamente, em novas facetas da personagem, com um olhar fixo e intenso. Sua habilidade de incorporar elementos de sua personagem é impressionante. Ela é um devaneio ambulante, vazio e sem fôlego, evocando o pesadelo que ela mesma viveu em cena.
Ela afirma que Mia Farrow é uma influência, e minha mente gira enquanto ela vira o rosto com ecos de uma ameaça que se impregna no filme. Ela agora fez da própria obra uma personagem que transborda com a emoção psicológica causada por ser uma testemunha de sua própria ruína. O final do filme encontra a personagem de Naomi implorando por sua vida enquanto uma força imaginária a consome por completo com suas próprias ideias de uma solução. Talvez isso explique sua reação contida ao ver pratos se quebrando em sua homenagem no nosso set. Ela dominou a cadência calma de uma dor histérica suportada.
Naomi descreve o filme de maneira precisa: uma história de luto. Sua personagem sofre em uma prisão de fama, onde não lhe é permitido sentir emoções autênticas. À medida que a trama se intensifica, ela mantém-se firme, tentando evitar o colapso de seu espírito. É uma atuação visceral; você se sente tomado pela empatia até ser abalado em um medo arrebatador. Antes de conversarmos, pensei que a primeira pergunta para ela poderia facilmente ser sobre o mestre, Jack Nicholson, cujo filho desempenha um papel marcante no filme, ecoando o pai com uma presença visual arrebatadora. Contudo, Naomi merece todo o destaque; ela carrega o peso da obra — um estudo de personagem complexo, em que precisa dançar, chorar, lutar e sorrir sem se quebrar, aprisionada por demônios intangíveis que caminham sobre seus nervos e, por sua vez, nos nossos como testemunha. Naomi é uma força elegante com quem se pode facilmente divagar sobre teoria cinematográfica. As luzes do set diminuem, delineando sua silhueta precisa em um vestido preto esculpido, enquanto a câmera captura sua devoção ao ofício como uma entidade viva.
Fonte: TEETH | Tradução & Adaptação: Equipe Naomi Scott Brasil
Em entrevista para a edição de outubro da revista Total Film, o diretor de Sorria 2, Parker Finn, falou um pouco sobre o filme e também sobre a escalação de Naomi Scott como a protagonista da aguardada sequência. Confira:
O filme de terror de estreia de Parker Finn, Smile, estava originalmente destinado a um lançamento em streaming. Ninguém — nem mesmo o próprio escritor/diretor — esperava que uma mudança tardia para o cinema criaria uma sensação de terror de sucesso que arrecadou quase 13 vezes seu orçamento nas bilheterias. Considerando esses números, a aprovação para uma sequência foi menos chocante. Mas Finn não queria fazer um segundo filme só por fazer.
“Eu sabia que se eu fosse pensar em fazer uma sequência, eu precisava encontrar uma maneira de me apaixonar novamente por um novo personagem principal e explorar algo interessante no universo de Smile que fosse tematicamente rico, emocional e imediato novamente”, diz Finn, explicando que ele gosta que suas histórias sejam guiadas pelos personagens.
A protagonista dessa vez é Skye Riley, uma superestrela do pop que embarca em uma turnê mundial depois de um tempo longe dos holofotes: “O que o público descobrirá logo no início é que, no passado recente de Skye, ela desapareceu dos holofotes por um tempo e, conforme a encontramos no começo do filme, ela está retornando aos olhos do público, mas talvez carregando alguma bagagem.” No primeiro filme, descobrimos que a maldição de Smile é alimentada pelo trauma — a própria bagagem de Skye faz dela uma vítima fácil.
Encontrar alguém com o carisma de uma superestrela e a vulnerabilidade necessária não foi uma tarefa fácil, mas Naomi Scott, de Aladdin, provou ser a escolha perfeita, apesar de ser conhecida como uma princesa da Disney. “Há música, há coreografia, há esse elemento muito chamativo e glamoroso na personagem. Mas a personagem também está passando por algo incrivelmente angustiante. Então eu precisava de alguém que fosse capaz de lidar com tudo isso com credibilidade, e Naomi simplesmente me surpreendeu. Foi maravilhoso pegar uma princesa da Disney e envolvê-la no auge do universo de Sorria.”
Enquanto no final do primeiro filme sabemos muito sobre como a maldição funciona – e até mesmo como ela se parece – o escritor/diretor afirma que ainda há muito que não sabemos e que ele está procurando surpreender o público com a direção que esta sequência toma. “Nós apenas puxamos a ponta do tapete para dar uma espiada”, diz Finn sobre Smile. “Com o mistério do primeiro, eu achei muito divertido que, agora que o público está familiarizado, isso permite esse novo contexto, essa nova maneira de posicionar o público. Eles vêm à frente de onde alguns dos personagens estão. Eu pensei, “podemos usar isso como uma vantagem para o filme?”‘.
Sorria 2 estreia em 17 de outubro nos cinemas brasileiros.
Naomi Scott estrelará o filme Eternal Return ao lado de Kit Harrington e Jeremy Irons, com roteiro e direção de Yaniv Raz e produção da Village Roadshow Pictures. Jillian Apfelbaum, Tristen Tuckfield e Nic Gordon estão supervisionando o projeto para Village Roadshow. Eles produzirão junto com a New Name Entertainment, produtora de Scott e Jordan Spence.
Confira abaixo a sinopse do longa:
‘Eternal Return’ segue Cass (Scott), uma jovem que se resignou a uma vida de invulnerabilidade emocional até conhecer Virgil (Harington), um cartógrafo que faz mapas para lugares imaginários. Junto com seu parceiro Malcolm (Irons), um homem renascentista vibrante, o casal tenta incansavelmente viajar de volta no tempo para despertar Cass para amar novamente.
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Fonte: Variety
Tradução & Adaptação: Equipe Naomi Scott Brasil
Naomi Scott e seu marido, Jordan Spence, fundaram a produtora New Name Entertainment em 2020 com o intuito de descobrir, produzir e desenvolver projetos para compartilhar em todas as plataformas, sendo o podcast Soft Voice o primeiro projeto lançado em nome da produtora em parceria com a QCode. Nesta quarta-feira, a New Name lançou uma campanha de arrecadação de fundos para financiar bolsas de estudos para estudantes promissores da classe trabalhadora para frequentar as melhores escolas de teatro e cinema do Reino Unido. Saiba mais abaixo:
Este Fundo foi formado pela New Name Entertainment, uma produtora fundada por membros que entraram na indústria por caminhos não convencionais e agora desejam abrir novos pontos de acesso. É nossa missão buscar histórias que queiram ser contadas, aquelas que abrem olhos para novos mundos. Mas isso não significa nada sem novos pontos de vista, experiência de vida e talento. Não podemos afirmar que corrigimos a soma dos problemas na indústria de telas, mas, ao usar nossos pontos fortes, podemos criar mudanças significativas para a próxima geração de talentos emergentes.
Para fazer isso, estamos financiando bolsas de estudos para estudantes promissores da classe trabalhadora para frequentar as melhores escolas de teatro e cinema (inicialmente a LAMDA e a Escola Nacional de Cinema e TV, com base na força de seus programas de diversidade e inclusão) e combinando isso com orientação proativa, construção de comunidade intencional e suporte ao desenvolvimento de carreira, inclusive por meio de programas de incubadora personalizados com parceiros altamente respeitados do setor, como o BAFTA. Já apoiamos dois bolseiros, estando empenhados em apoiar mais dois no ano letivo de 2022/2023, e muitos mais nos próximos anos.
O problema:
O cinema e a TV são o espaço onde grande parte da nossa cultura compartilhada é imaginada e vivenciada. No entanto, enquanto as tendências para elencos diversos e histórias estão explodindo na tela, muito pouco atrás das câmeras são das comunidades que representam. As probabilidades estão contra talentos de origem da classe trabalhadora, especialmente aqueles que enfrentam desigualdades adicionais com base em sua raça, gênero ou discapacidade. O resultado é uma indústria que inibe diferentes perspectivas, narrativas e contadores de histórias, e impede criadores promissores de moldar a sociedade da qual fazem parte.
O problema é complexo e multifacetado. Barreiras em termos de representação, segurança financeira, acesso cultural, apoio à carreira, treinamento e liderança contribuíram para a criação de uma indústria que parece fora de alcance. Preconceito, práticas informais de recrutamento, redes fechadas, experiência de trabalho não remunerado, opacidade sobre as oportunidades que existem no setor e condições de trabalho precárias ajudaram a mantê-lo assim por muito tempo.
Com os principais papéis criativos no setor de tela estando entre os de maior elite na economia do Reino Unido, e a chance de os candidatos da classe trabalhadora conseguirem um emprego nas indústrias criativas e culturais permanecendo a mesma por uma geração, não é surpresa que apenas 12,4% dos trabalhadores do cinema, TV e rádio vêm de origens socioeconômicas baixas. Isso cai para 4,2% que se identificam como negros ou de um grupo étnico minorizado. No entanto, com a demanda por programas de TV com talentos mais diversificados se multiplicando nos últimos três anos, o caso para mudar a lente não poderia ser mais claro.
Custos indicativos*
Agora estamos buscando apoio para igualar nosso investimento e dobrar o número de alunos que podemos ajudar – a um custo de £11 a £13.500 (aproximadamente R$68.856,00 a R$84.505,00) por aluno (dependendo da escola e do curso que frequentam). Quaisquer fundos adicionais arrecadados serão investidos em programas de incubadora personalizados para ajudar a moldar e capacitar os contadores de histórias do amanhã.
• Bolsa integral para estudante de teatro em LAMDA – £11.000 por ano durante 3 anos (£33.000 no total – R$206.569,61)
• Bolsa integral para estudante de diploma na National Film & TV School – £13.500 para um único ano acadêmico (R$84.505,00)
• Bolsa integral para estudante de mestrado na National Film & TV School – £13.560 por ano durante 2 anos (£27.120 no total – R$169.578,16)*Todos os custos estão sujeitos a alterações nos próximos anos acadêmicos.
Quando falamos de barreiras de entrada no setor de telas, o problema é complexo e multifacetado. Ao criar a campanha de arrecadação de fundos da New Name Entertainment, queremos simplesmente convidar novos nomes para a mesa – seja dentro ou fora da tela – e ajudá-los a permanecer lá.
– Naomi Scott e Jordan Spence, fundadores da New Name Entertainment
Para ajudar e doar qualquer valor, acesse o site da campanha clicando aqui.
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Fonte: New Name Entertainment
Tradução & Adaptação: Equipe Naomi Scott Brasil