Naomi Scott é capa da nova edição da revista Heroine, fotografada por Justin French e entrevistada por sua amiga, Bridgit Mendler. Durante a conversa, Scott falou sobre Sorria 2, seu novo álbum – com lançamento previsto para 2025 – e como é trabalhar com seu marido, Jordan Spence, na produtora New Name Entertainment. Confira abaixo a entrevista traduzida e as fotos em nossa galeria:
Naomi Scott já não consegue mais olhar para um rosto sorridente com inocência. Neste outono, a atriz britânica assume o papel principal em Sorria 2, a sequência de Parker Finn para o aclamado filme de terror de 2022, que mostrou sorrisos demoníacos surgindo pelo mundo como parte de uma campanha publicitária viral, antes de levar a trama para algo muito mais sombrio nas telas. Na continuação, Scott interpreta Skye Riley, uma popstar global cujas pressões e ansiedades esmagadoras se manifestam como uma entidade maligna sorridente. Redefinindo o modelo tradicional de terror, a interpretação de Scott traz um recorte psicológico ao formato, explorando noções de trauma e saúde mental. Esse é exatamente o tipo de história multifacetada que a atriz britânica e seu parceiro, Jordan Spence, esperam destacar com sua produtora, New Name, fundada em 2020 para oferecer uma plataforma para narrativas provocativas, nascidas da curiosidade e autenticidade.
Assim como Scott, Bridgit Mendler também é uma ex-estrela do Disney Channel, mas desde então seguiu uma trajetória de carreira como nenhuma outra. Depois de anos como atriz e musicista premiada, Mendler mudou para o campo da pesquisa, primeiro conquistando um diploma em antropologia na Universidade do Sul da Califórnia, depois um mestrado no MIT e se tornando uma das Diretoras Fellows do Media Lab da universidade, antes de concluir um PhD em Direito em Harvard. Agora, como cofundadora da Northwood Space, uma startup inovadora que amplia o acesso ao espaço por meio de redes de dados de satélite, Mendler está na vanguarda de uma revolução nas comunicações. Em caminhos individuais, tanto Scott quanto Mendler compartilham um desejo apaixonado de transformar suas respectivas indústrias para melhor.
Bridgit Mendler: Olá!
Naomi Scott: Oi!
BM: Em todos esses anos de amizade, eu nunca te entrevistei antes; você apareceu no meu videoclipe.
NS: Oh meu Deus, é verdade! Você lembra que eu tive que ficar em cima de uma caixa de maçã para te abraçar?
BM: Lembro sim.
NS: Justin Bieber estava hospedado no hotel! Tinha um monte de gente do lado de fora correndo, era uma loucura. No The Langham, em Londres. Temos umas histórias malucas. Você sabe exatamente de qual estou falando…
BM: Essa não vai sair hoje. Como a gente se conheceu, Naomi? Você lembra?
NS: Sim, eu lembro. Foi na sala de ensaio que nos conhecemos, ou no escritório de produção?
BM: Lembro de uma sala de ensaio bem grande.
NS: Eu lembro de pensar: ‘Ah, ela é a estrela’, porque você já tinha um programa, era famosa, blá, blá, blá. Mas houve um momento, logo no início, em que eu literalmente pensei: ‘Meu Deus, ela é só uma nerd!’ Eu fiquei tipo: ‘Ela não é nada legal, não conseguiria ser legal nem se tentasse.’ No momento em que percebi isso, éramos só nós três meninas – obviamente todas nos divertimos muito naquele filme [Lemonade Mouth] – mas, em particular, eu, você e a Hayley [Kiyoko]. Você era genuinamente tímida, uma nerd, e a mais fofa do mundo, e eu simplesmente me apaixonei por você.
BM: E você já era tão legal desde o início. Quer dizer, com seu falso sotaque americano.
NS: Vocês duas zoavam meu sotaque americano porque era muito exagerado.
BM: Eu achava que você estava indo muito bem, quando você voltava para o sotaque britânico, era tipo: ‘Uau, quem é essa outra pessoa?’
NS: Lindsey Lohan em Operação Cupido, foi assim que aprendi o sotaque americano, porque assisti tanto aquele filme e queria ser a Hallie.
BM: Basicamente, você era ela. Você era tão divertida. Sabe o que eu lembro? Seu concurso de quem pisca primeiro com o Chris Brochu. Você lembra disso no lobby do hotel?
NS: Vagamente…
BM: Eu lembro de pensar: ‘Caramba, ela é determinada’, porque você tinha uma lágrima escorrendo pelo rosto, mas não quebrava o contato visual. Fiquei tão impressionada com isso.
NS: Não é engraçado como você lembra dessas coisas? Precisamos rever isso com a Hayley e um vinho.
BM: Tantos bons momentos. Quantos anos atrás foi isso?
NS: Foi em 2011 que filmamos? Vamos ver [checa no telefone] 2011, então teríamos filmado em 2010? Quatorze anos atrás, isso não é OK.
BM: Quatorze anos de amizade, isso é lindo.
NS: Não é engraçado como quando você conhece alguém quando criança, é um tipo diferente de vínculo.
BM: Vimos tantas fases diferentes uma da outra.
NS: Você é talentosa demais para o seu próprio bem, você literalmente pode fazer qualquer coisa. Você já experimentou tantos papeis diferentes. Aí eu fico tipo, ‘Eu consegui esse trabalho.’ [ri]
BM: Não, todas as coisas que você fez foram realmente interessantes. Algo que sempre admirei em você é que você tem um padrão muito alto para o que decide fazer. Como você sabe isso internamente?
NS: Ah, querida, sabe, muito disso não é necessariamente uma escolha. Por muito tempo, muitas coisas eram a minha ‘Estrela Guia’, mas eu não as conseguia pra mim. Parecia que as coisas que eu conseguia, que também eram bênçãos, só que diferentes, eram de um certo tipo, como refilmagens de filmes [risos]…
BM: …Franquias gigantes.
NS: Falando sério, eu tenho muito amor e apreço por cada trabalho que fiz. Você aprende tanto e cresce tanto. Fui muito abençoada. Mas em termos de escolha, muito disso não é uma escolha, e houve momentos em que a única escolha que você tem é dizer ‘não’ para algo, e isso pode deixar lacunas maiores – qualquer pessoa em um campo criativo ou que trabalha de projeto em projeto entende esse conceito.
BM: Você sempre pode aprender algo com isso.
NS: Com certeza. Você sabe disso, como ator você é muito como uma cor em uma pintura, e você não é necessariamente o artista, certo? Você tem o diretor e a visão dele, o editor – e os filmes realmente são uma mídia do editor nesse sentido. Honestamente, sou muito grata por ter trabalhado em uma variedade de coisas e ter tido o tempo e o espaço onde, em algum momento, talvez eu possa ser mais seletiva e começar a pensar em produção e no que quero dizer, o que eu e o Jordan queremos dizer nesse espaço, quais são as histórias que queremos contar, do que estamos curiosos e onde temos uma vantagem única para ajudar a levar algo a ser feito. Como podemos melhorar algo? O poder que sempre temos é o de dizer ‘não’.
BM: É uma coisa realmente difícil.
NS: Também quero mencionar o privilégio de poder dizer ‘não’ e estar financeiramente bem para dizer ‘não’ para as coisas, sem ter tanta pressão por causa disso. Isso é uma bênção. Houve muitos caminhos que eu poderia ter seguido, e quando olho para trás, vejo que a linha que conecta tudo é essa sensação que você tem, que é… Como posso explicar? É o senso infantil de: ‘isso vai ser divertido e desafiador criativamente para mim?’
BM: Sim.
NS: Existe uma variedade do que isso pode ser, mas o fio condutor sempre é: posso brincar com isso? Posso fazer algo com isso? Agora estou em um ponto em que realmente quero trabalhar com pessoas que me empolgam.
BM: Estávamos conversando algumas semanas atrás sobre Smile e seu mergulho em algo mais sombrio. Como foi isso?
NS: A questão é, B, acho que você vai entender isso. Esse filme fez muito sentido para mim. Quando me encontrei com o Parker [Finn] pela primeira vez, eu não tinha ideia do conceito do filme, só sabia que ele estava fazendo um segundo Smile. Eu tinha assistido ao primeiro filme no cinema e adorei, especialmente a maneira como foi filmado. Foi um encontro bem geral e, quando ele começou a explicar sobre o filme e eu li o roteiro e comecei a trabalhar, foi tão estranho, mas fazia muito sentido para mim estar nesse projeto. Estranhamente, parecia muito natural para mim. [risos] Isso soa tão louco. Fui escalada muito rapidamente depois da greve porque eles tinham que começar em poucas semanas. Tive que gravar todas essas músicas, e tive apenas dois ensaios de dança. Foi tudo muito rápido, mas não me importei porque eu sabia o que queria fazer e como queria fazer. As partes sombrias em alguns momentos são incrivelmente técnicos, são mais acrobacias do que realmente ser fiel ao momento como ele se desenrolaria na vida real.
BM: A coreografia?
NS: Isso. E então há momentos que são técnicos e também muito dramáticos, e você quer estar completamente conectada à verdade de onde está. E também houve momentos maravilhosos que não precisavam ser técnicos e eram apenas sobre viver a verdade do momento e estar presente nisso. Para qualquer coisa técnica, uma coisa que me ajudou muito foi criar um tipo de sistema no set em que eu definia minha própria ação. Ou eu avisava quando estava pronta, fazia talvez algumas respirações ou algo assim, e dependendo da intensidade da cena, eu até fazia um gesto para a câmera, ou simplesmente dizia: ‘Pronta.’ A câmera dizia ‘pronta’ e eu também dizia, como se estivéssemos nos movendo juntos, é um esforço de equipe. O que foi realmente único sobre essa experiência foi que eu pude fazer de tudo. Não é apenas um filme de terror onde minha personagem é usada como um acessório para avançar a história; lembro-me do Parker me dizendo, quando nos conhecemos: ‘Esse filme é realmente centrado na personagem.’ É engraçado, as pessoas podem dizer isso, mas preciso dizer que ele realmente cumpriu o que prometeu. Tanto na produção quanto ao assistir o filme. Eu pude explorar, estar nele, viver isso. Houve algumas cenas realmente difíceis, claro, mas não se trata tanto de estar em um lugar sombrio mentalmente… Tenho amigos que gostam de permanecer em um estado específico durante toda a produção, mas eu não sou assim, quero conservar minha energia e pensar: ‘OK, nessa cena, como posso ser mais eficiente para chegar ao estado emocional que preciso?’ Foi um pouco como ser uma atleta nesse sentido. Mas houve algumas cenas em que, sabe, eu tive alguns ataques de pânico. Estou fazendo umas coisas bem loucas.
BM: Você teve ataques de pânico de verdade?
NS: Ah, sim. Totalmente.
BM: Meu Deus. Porque você estava se preparando emocionalmente?
NS: Foram ataques bem rápidos. Bem, um deles foi super rápido. Aconteceu depois de uma das cenas mais intensas do filme, e foi tudo em uma tomada só, um verdadeiro esforço de equipe. Eu amo a noção da equipe e do time em fazer um filme. Sabe, eu e o Dan da steady cam, tipo, ‘Certo, somos só eu e você, isso é coreografia, vamos conseguir.’ É como estar em um time de esportes. O foco tem que estar na cena.
BM: Então começou assim que você terminou a cena? Seu corpo segurou até gritarem ‘corta’?
NS: As únicas vezes que isso acontece é quando você está praticamente tendo um ataque de pânico na cena. Isso só engana seu corpo. Eu sinto que se você perguntar a qualquer pessoa que já fez algo tão intenso assim, eles provavelmente diriam a mesma coisa.
BM: Você deixa seu corpo agitado.
NS: É como interpretar luto, isso nunca é divertido. Você não pode fazer isso pela metade. Mas também, você sabe como eu sou, B, acabo a cena, tiro cinco minutos e depois começo a rir. Esse é o meu jeito. Teve outra vez em que eu estava gritando de forma maníaca bem na frente da câmera no carro, e eu sou do tipo que, quando gritam ‘corta’, fico tipo, [imita o tema da 20th Century Fox] e estou com catarro saindo por todos os lados, mas estranhamente preciso quebrar a tensão.
BM: [risos] Eu consigo totalmente imaginar você fazendo isso. Outra coisa que eu amo é que esse filme fez você cantar. Ele colocou você no palco fazendo música. Este é um ano lindo para a música da Naomi Scott, temos as músicas de Smile, e quando teremos a música de Naomi Scott? [Naomi está atualmente gravando um álbum escrito e produzido por ela.] Eu não vejo a hora de ouvir, eu preciso disso.
NS: Bem, eu vou te mandar um link do que estou trabalhando há tanto tempo. Com Sorria, o que foi realmente divertido é que eu pude criar essa personagem, entrando nesse estilo pop, superpop. Alexis Idarose Kesselman – ela é uma escritora e produtora que escreveu e produziu duas das cinco músicas – criou uma base que eu consegui me conectar através do que ela estava fazendo. Tivemos um Zoom alguns dias depois que fui escalada, e então nos encontramos e eu só sabia que nos divertiríamos escrevendo juntas. Então também tivemos a oportunidade de escrever outras duas músicas para a trilha sonora como Skye. Eu venho escrevendo música há anos, mas o que é realmente adorável e divertido é escrever sem a pressão de que seja para você como artista.
BM: Você pode entrar no personagem.
NS: Sim, você não fica tão apegada a isso. Realmente parecia que [Alexis] havia criado essa linguagem para a música da Skye. Ela realmente se entregou, foi com tudo, algo que remetia ao início dos anos 2010, tem um pouco de [Lady] Gaga na vibe. Há uma música que é uma balada que a Skye toca no piano, e eu queria tocá-la ao vivo, porque eu não queria que parecesse aquelas cenas de musical onde a música entra em playback. Ela só está tocando [no piano] em seu próprio apartamento, mas essa música deveria parecer mais crua. A música dos créditos finais que também fizemos é apenas uma pura canção pop, é o hino de clube da Skye – nos divertimos tanto. Escrevemos isso em dois dias. Quando eu e Parker nos conhecemos pela primeira vez, eu ia para uma sessão de estúdio depois e ele perguntou: ‘O que você vai fazer hoje?’ Eu disse: ‘Tenho uma sessão para um projeto de música no qual estou trabalhando.’ E foi tão engraçado, porque eu não sabia que o filme tinha qualquer coisa a ver com música, e eu só vi o Parker começar a se mexer, e agora eu sei o que isso significa porque conheço a linguagem corporal dele. Eu podia perceber que ele queria me contar tudo naquele momento. Eu realmente queria que as pessoas acreditassem que essa é uma popstar de verdade, e eu realmente aprecio que Parker sentiu o mesmo. Mas sim, eu vou lançar música no próximo ano e estou muito animada. Honestamente, B, você conhece toda a minha jornada com a música, eu estou em um lugar onde realmente amo o que estou fazendo e o que quero dizer. Existe quase essa sensação de que eu só quero compartilhar isso. E também me sinto muito abençoada, porque a indústria musical está em tal estado de tumulto, e é tão errada na forma como é estruturada e extremamente desfavorável para as pessoas que deveriam estar recebendo…
BM: Não há incentivo para a arte.
NS: Exatamente. Há tanta coisa errada com isso. Minha amiga Raye pode falar de forma muito mais eloquente sobre esses assuntos, então eu só diria para você ouvir minha garota Raye sobre o que ela tem a dizer sobre a indústria musical, e eu concordo com ela. Sinceramente, sinto que estou em um lugar onde sou muito abençoada por poder compartilhar e me conectar. No final das contas, é isso. Então, quem encontrar [minha música] e quem curtir, teremos uma coisa linda e divertida entre nós, e isso é ótimo. Como você sabe, levou muito tempo para eu descobrir quem eu sou como artista, e é engraçado porque quando olho para trás, para a música que lancei há muito tempo, houve momentos em que pensei: ‘Meu Deus, eu não sabia o que estava fazendo.’ Mas agora eu penso: ‘Sim, não está completamente certo, mas eu vejo a linha de continuidade com a música em que estou trabalhando agora.’
BM: Você teve tempo para refiná-la e colocar tudo no seu devido lugar.
NS: Exatamente. Tem uma nostalgia ali, é meio que um pop através da lente do que estava no Windows Media Player do meu pai quando eu era criança. Eu não cresci ouvindo muita música, mas o que eu tinha era a playlist do meu pai, que basicamente era muito gospel, muita música cristã. Eu sou filha de pastor, então cresci com muito pop gospel, Mary Mary, Kirk Franklin, Yolanda Adams. Mas também tinha Genesis, Phil Collins, Chris Cross.
BM: Eu totalmente ouço isso na sua música.
NS: Sim. Peter Gabriel, Kate Bush, e aí tem os MJs, os Stevies, bem naquela vibe dos anos 80. Sempre amei o drama desse tipo de música.
BM: Foi muito legal ver seu compromisso com a descoberta.
NS: Você sabe como me sinto sobre você como artista, compositora, sua voz. Você foi contratada tão jovem e teve uma música que foi gigantesca. Qual é a sua relação com a música agora? Quando você olha para aquele momento, sente que ainda há mais que você quer dizer nesse espaço?
BM: Eu cresci em uma casa com pais que eu chamo de ‘muito voltados para missões’, eles eram super apaixonados pelo que faziam. Meu pai projetava motores de carro com maior eficiência de combustível e me levava para a escola em um carro que ele mesmo construiu, e minha mãe era uma das primeiras arquitetas de design sustentável, sendo uma das primeiras mulheres em seu campo, ambos super apaixonados pelo clima. Eles sempre reforçavam: ‘Seja lá o que você fizer com este tempo na Terra, certifique-se de que é algo que importe.’ Acho que comecei a sentir um pouco dessa desconexão com o que eu estava fazendo no meu dia a dia no entretenimento e comecei a me envolver mais na área de pesquisa. Depois de visitar o MIT Media Lab, senti que havia um terreno muito fértil para explorar algo que pudesse ter um impacto em outro espaço. Lembro-me nitidamente desse ponto de transição, porque a música sempre foi meu primeiro amor, eu a amo profundamente, mas lembro de estar no South by Southwest e sentir… solidão. Encontrar sua comunidade artística pode ser muito difícil.
NS: Mas do jeito que você cresceu, não é de se admirar. Para você encontrar sua comunidade artística no meio de tudo isso, é difícil, você tem que ir desbravando…
BM: Estava empurrando o tempo todo. Acho que isso faz parte da descoberta artística. Em um certo ponto com a música, eu simplesmente não encontrei meu grupo de pessoas para fazer isso. Brinquei um pouco com produção e admiro artistas que podem ser autossuficientes dessa forma, e acho que eu poderia ser, mas também há tanta alegria em fazer música com outras pessoas.
NS: Concordo totalmente. Meu lema é ‘Nem todo mundo é o Prince’. Nem todo mundo pode tocar todos os instrumentos, mixar e masterizar – e Deus abençoe esses artistas, esses gênios incríveis que caem do céu. Mas a maioria das minhas músicas favoritas são sobre colaboração. Se você sabe quem é como artista, você pode ser tão seguro para brincar com isso, e essa é a diferença. Você acertou em cheio, é tudo sobre comunidade e colaboradores.
BM: Essas lições que você aprende da maneira difícil podem ser muito esclarecedoras. Acho que eu era uma péssima colaboradora nos meus primeiros dias de música. Isso é algo que levei comigo, como incentivar as pessoas? Como encontrar as forças que outras pessoas têm e como cultivá-las?
NS: Quero fazer a coisa do Hot Ones e dizer: ‘Conte para as pessoas o que você está fazendo agora.’ Quero muito que você fale sobre o que está fazendo agora, sua jornada até chegar onde está com seu colaborador, seu marido, vocês formam uma equipe fantástica.
BM: Sim, com meu marido Griffin Cleverly, e Shaurya Luthra, nosso querido amigo, cofundamos uma empresa chamada Northwood. É uma empresa espacial, mas é um tipo diferente de empresa espacial, nós enviamos dados para satélites construindo antenas enormes no solo. Basicamente, a indústria espacial foi criada para acomodar diferentes tipos de missões com a NASA, apenas alguns satélites no espaço fazendo essas missões governamentais muito específicas. Mas agora temos toda uma indústria espacial comercial, onde estamos lançando centenas de satélites o tempo todo e haverá centenas de milhares de satélites no espaço. Então pensamos que precisávamos de uma solução diferente para acomodar isso. Voltando às minhas origens familiares de por que acho isso significativo, eu cresci com pais que diziam: ‘Faça algo na sua vida que importe.’ Quando penso nas coisas que fui exposta na vida, para nós, millennials, vivemos por várias revoluções de comunicação diferentes, você se lembra de como era antes da Internet e depois da Internet. Os dias do dial-up, quando você tinha que revezar o uso do telefone e da Internet, em contraste com agora, onde a Internet está em todo lugar, as pessoas conhecem seus cônjuges pela Internet, descobrem que doenças têm pela Internet. Você paga por coisas, há comércio eletrônico. Há tantas coisas que você nunca teria imaginado. Eu também me lembro de antes e depois dos celulares, onde você saía de casa quando criança e ninguém sabia onde você estava, mas agora, as pessoas sabem onde você está o tempo todo, você está constantemente disponível. E com as redes sociais, antes você não se promovia na Internet, mas agora todo mundo pode compartilhar conteúdo, compartilhar eventos mundiais. Acredito que a tecnologia de satélite impulsionará a próxima revolução das comunicações. E acho que a coisa realmente importante sobre isso é que é global por design. Por centenas de anos, temos colocado a mesma infraestrutura em cima de si mesma, reforçando os benefícios para certas partes do mundo através das comunicações. Agora, pela primeira vez, podemos fornecer isso a todos, porque o espaço está em toda parte, os satélites não discriminam o país em que você está, eles continuam em órbita.
NS: Quando você diz oferecer algo para todos, o que você quer dizer? O que você sente que isso pode oferecer? Para os leigos, ou seja, eu.
BM: Com certeza, muita gente não sabe o que os satélites fazem. Os satélites fornecem GPS, dizem onde você está, dizem aos carros para onde ir, enviam comunicações, você pode usar a Internet via satélite, telefone via satélite e eles capturam dados sobre o nosso planeta. Eles informam a previsão do tempo, podem mostrar desmatamento, podem mostrar como fazer agricultura de forma mais eficiente em diferentes partes do mundo para conservar recursos hídricos, controlar incêndios florestais enquanto eles se espalham por uma área, você pode ter uma resposta rápida para isso. Eles fornecem uma quantidade enorme de informações que muitos países estão usando de forma muito inteligente. Trabalhei em um projeto com a agência espacial de Ruanda, onde eles têm várias maneiras de usar dados do espaço para informar como vão construir a infraestrutura da cidade ou lidar com a mineração. Existem tantas aplicações para os dados espaciais – é um grande equalizador. Além disso, as pessoas estão construindo coisas no espaço. Um dos nossos bons amigos está fabricando medicamentos no espaço, eles constroem diferentes tipos de moléculas porque não há gravidade. Há um potencial enorme para o que isso pode fazer pelas pessoas no mundo. Quando você pensa em analogias com a Internet, as pessoas não sabiam que encontrariam seus cônjuges pela Internet, não sabiam que era para isso que a Internet serviria. Existem muitos usos que ainda não conhecemos, mas descobriremos assim que pudermos construir algo que possa sustentar uma infraestrutura mainstream real. É isso que estamos empolgados em fazer.
NS: Caramba, essa mulher, eu juro. Essa mulher me ligou não faz muito tempo e disse: ‘Vou fazer direito em Harvard.’ Eu nunca consigo acompanhar. Acho que minha coisa favorita no nosso relacionamento é a Bridgit ter que me re-explicar tudo cada vez que nos vemos. [risos] Aos poucos eu começo a entender os conceitos por trás disso. A maneira como você acabou de explicar faz sentido e é muito legal.
BM: A coisa que você e eu compartilhamos é fazer coisas com nossos maridos. Acho você e o Jordan realmente inspiradores porque vocês formam uma grande equipe. Tenho certeza de que as pessoas te perguntam o tempo todo, ‘Ah, como é trabalhar com seu marido?’ Mas o que você acha desse modelo? Porque eu acho que é muito poderoso. Acho que para as mulheres da nossa geração há muita aspiração do tipo, ‘Você pode fazer qualquer coisa!’ Mas, à medida que você cresce, o caminho se torna menos claro sobre como isso realmente funciona na vida adulta. Mas algo que eu amo sobre trabalhar com o marido nessa carreira dupla e na busca de fazer de um projeto, um projeto conjunto, é que os cônjuges não são colocados um contra o outro pelo sucesso de uma pessoa ou da outra. Vocês podem ter sucesso juntos e construir seu império familiar.
NS: Sinceramente, acho que depende do tipo de relacionamento que você tem. Acontece que estou em um relacionamento onde ambos somos muito motivados, ambos curiosos, ambos muito competitivos, mas também compartilhamos os mesmos valores e crenças. A competitividade não é sobre alcançar algum tipo de objetivo por causa do nosso ego, embora o ego exista e tenhamos que controlá-lo constantemente, mas temos a mesma visão de mundo sobre por que estamos aqui, quem somos, qual é nossa identidade, nossa fé e como isso é nossa base. Outra coisa é que temos habilidades totalmente opostas, algumas coisas se sobrepõem, com certeza, mas em termos de como nossos cérebros funcionam, são completamente diferentes. Então, nos complementamos em áreas, o que funciona incrivelmente bem. E vocês também adoram trabalhar juntos, né?
BM: Sim, adoramos. Temos muita sorte de estarmos fazendo o trabalho dos nossos sonhos – tenho certeza de que vocês se sentem assim também.
NS: Cem por cento. É até ridículo. Vou completar voltando para Sorria, está pronta para isso? Você nem sempre tem a oportunidade de ter uma experiência onde – como eu disse, você é uma cor em uma pintura – quando você assiste, você ama. Eu me sinto muito grata que esta seja uma dessas vezes em que me sinto incrivelmente orgulhosa do trabalho, e do que o Parker fez. O resto não depende de mim. Espero que as pessoas amem, mas no fim, sempre viverá como algo em que coloquei meu coração e alma, e realmente gostei do resultado.
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Tradução & Adaptação: Equipe Naomi Scott Brasil | Fonte: Heroine
Naomi Scott foi entrevistada durante sua passagem no black carpet do MTV Video Music Awards na quarta-feira, 11, e falou sobre sua personagem Skye Riley e também sobre o filme Sorria 2. Confira:
“Eu sinto que tem um pouco do começo dos anos 2010 acontecendo com Skye Riley. Foi muito divertido usar aquelas roupas, dançar e meio que fazer parte disso. Foi realmente incrível, eu me diverti muito.”
“[Sorria 2] É meio que como o primeiro filme, mas com esteroides e muita festa, drogas, sim, é muita coisa. É muito intenso, mas é muito divertido e descontrolado e também meio engraçado. Estou muito orgulhosa de todos que fizeram parte disso. Nós literalmente colocamos sangue, suor e lágrimas nesse filme. Espero que todos gostem.”
Em entrevista para a Harper’s Bazaar UK, Naomi Scott compartilhou sua abordagem discreta em relação à beleza, a marca de maquiagem de celebridade que ela nunca deixa de usar e por que sexo é o que proporciona um impulso de brilho e luminosidade à sua pele. Confira:
“Sempre volta à comida”, disse Scott à Bazaar UK de Los Angeles. “O curry da minha mãe ou quando ela cozinha o seu dhal – há algo que me faz sentir reconfortada. Se estou em algum lugar e sinto cheiro de comida indiana, me sinto em casa.” Claramente, uma refeição bem preparada é uma linguagem de amor à qual Scott responde. “Se sua mãe ou outra pessoa está cozinhando para você, é uma maneira de demonstrar amor”, ela contesta. Dito isso, seu perfume preferido é mais floral do que picante – mas não menos delicioso. Ela está reprisando seu papel como o rosto da mais recente adição de Chloé Nomade, o Jasmin Naturel Intense, uma fragrância floral branca que é gentil em sua pele sensível, bem como um ímã para elogios.
Sobre o que é beleza para ela…
“Quando alguém está em paz consigo mesmo e aceita plenamente quem é. Pode haver momentos de insegurança, que todos nós temos como humanos, mas no fundo, estar em paz consigo mesmo. Isso é a coisa mais linda.”
Sobre a estética ‘menos é mais’…
“Mostrar a pele é muito sexy; não esconder todas as imperfeições. Minha rotina de maquiagem é apenas sobre acentuar minhas características. Eu faço minhas sobrancelhas e faço um delineado com o delineador da Rare Beauty, que é muito bom. É apenas para acentuar o formato do meu olho. Em seguida, uso o lápis contorno labial Givenchy na cor Moka Renversant – é uma versão mais profunda da cor dos meus lábios – e passo o batom Bobbi Brown na cor Bold Honey, que dá um pouco de brilho. É atemporal e ainda parece natural.”
Em sua rotina minimalista de cuidados com a pele…
“A simplicidade é fundamental. Eu uso o sabonete facial e hidratante Haeckels. Funciona muito bem para mim. Se minha pele estiver muito seca, uso um esfoliante. Eu faço a mesma coisa à noite. Também acabei de adquirir um rolo de quartzo para ajudar a fazer o sangue fluir.”
Com dicas de maquiadores…
“Aprendi a entender quais tons funcionam para minha pele e quais produtos funcionam melhor para mim. Sou mais propensa a usar uma base clara, como MAC Face & Body, e gosto muito de usar cores que estão no meu tom de pele; Eu uso tons mais quentes, nunca cores frias ou qualquer coisa que tenha tons de azul ou rosa. Eu me inclino para a cor marrom.”
Em seu ritual de fragrância…
“Chloé Nomade Jasmin Naturel Intense é forte o suficiente para eu usar todos os dias, mas também é muito fresco e floral. Eu não coloco muitas coisas na minha pele porque sou muito sensível, então eu borrifo na minha roupa ou borrifo no ar e caminho por ele.”
A água como terapia…
“Meu marido [jogador de futebol inglês Jordan Spence] e eu gostamos de ir a piscinas e saunas. É tão bom para sua saúde; reduz a inflamação. Fazemos uma sauna de infravermelho onde você fica lá por 10 a 15 minutos e depois o banho de gelo por dois minutos. A primeira vez é muito difícil, mas uma vez que seu corpo se acostuma, é muito bom. Ajuda a dormir melhor.”
Sobre penteados simples…
“Cabelo curto é mais a minha cara. Não sei te dizer o porquê, mas é assim que me sinto. Apenas seco a franja e deixo o resto do cabelo secar naturalmente. Gosto de estilizar a franja para emoldurar meu rosto. Agora que meu cabelo está um pouco mais comprido, eu apenas o puxo para trás com uma risca no meio.”
Sobre trabalhar com a Chloé…
“Eles realmente caminham em termos de ser uma marca B-Corp, e suas intenções quando se trata de sustentabilidade estão realmente enraizadas no DNA da marca. Sempre amei a Chloé: adoro como anda em seu próprio ritmo. Eu amo o cheiro do perfume vegano. Eu uso todos os dias e literalmente sempre recebo comentários sobre ele. Meus amigos homens adoram e começaram a usá-lo também; não é só para mulheres.”
Sobre sexo proporcionar um impulso de brilho e luminosidade à sua pele…
“Eu me sinto mais bonita durante o sexo, bom sexo. Eu realmente acho que há algo muito bonito nisso.”
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Fonte: Harper’s Bazaar UK
Tradução & Adaptação: Equipe Naomi Scott Brasil
Continuando a divulgação da nova fragrância da Chloé, Nomade Naturelle, Naomi Scott concedeu uma entrevista para o site POPSUGAR e falou sobre fragrâncias, sustentabilidade, e seu lema: “valorize mais e compre menos”. Confira:
A beleza tem sido uma parte importante da vida de Naomi Scott desde sempre. Estrelar em filmes como As Panteras e Aladdin requer um retrato de uma gama de personagens em tela, e com isso vêm horas a fio numa cadeira preparando cabelo e maquiagem. Não é segredo que o cuidado com a pele e a maquiagem sejam uma parte importante de sua vida — e agora, ela está adicionando fragrâncias a essa lista. A atriz firmou parceria com a Chloé para o lançamento da nova fragrância Nomade Naturelle, que ostenta uma bela combinação de tâmaras e ameixas como as notas de topo, jasmim no corpo, e baunilha e sândalo para a base. Nos reunimos com Scott através do Zoom para conversar sobre a nova fragrância, sua rotina de beleza, e o compromisso da Chloé com sustentabilidade.
O que você pode nos dizer sobre a fragrância e porque você estava animada para trabalhar na campanha da Chloé?
A Chloé é uma marca tão icônica. É uma da qual todos têm ciência, e ao crescer, você reconhece essa marca, e você sabe o que é. É uma coisa realmente linda poder trabalhar com uma marca que você ama esteticamente e que você possa apoiar em termos do caráter do que eles estão tentando conquistar.
O que veio a sua mente quando você sentiu o cheiro da fragrância pela primeira vez?
Ela me lembrou o sair da cidade — aquela sensação quando você só sabe quando está muito longe de casa, como quando costumávamos ir ao Center Parcs Wales e começávamos a entrar na natureza novamente. Me lembrou da sensação de sair da cidade e estar livre.
Qual a diferença dessa nova fragrância para as outras que a Chloé lançou anteriormente?
Ela é feita 100% por ingredientes orgânicos, é vegana, e a embalagem também é 40% de materiais reciclados por PCR. Na verdade eu aprendi bastante sobre sustentabilidade conforme eu segui esse processo com a marca, aprendendo o que isso realmente significa e como as empresas estão dando passos verdadeiros em sua direção. Eu acho que a Chloé tem sido tão intencional com isso, e eles conseguiram o certificado B Corp, que é um grande feito, e que mostra que não estão direcionando os esforços apenas a um produto. É algo que está mesmo arraigado na empresa, e eu amo isso. É muito importante, e é inspirador para mim também, porque nenhum de nós é perfeito quando o assunto é sustentabilidade. Eu certamente não sou, mas eu gostaria de pensar que estou caminhando para ser mais intencional sobre o que eu faço, o que eu consumo, e o que eu produzo de resíduos. Então me aliar a uma marca que realmente está trilhando a jornada e não só declamando o discurso é muito, muito legal.
Isso parece incrível. Você lembra qual foi o seu primeiro perfume?
Sinto dizer, não é um muito elegante, mas foi um Impulse. Aqueles sprays cumpriram a missão, sejamos francos. Definitivamente eu lembro de ter um DKNY Be Delicious e nos meus anos de adolescente, ter um Daisy da marca Marc Jacobs, que eu gostava muito. Eu acho que foi minha tia que me deu.
Quais são as coisas essenciais que você procura ao encontrar uma nova fragrância?
Algo que não me dê dor de cabeça. Eu não quero que seja muito forte, e eu não quero que me faça pensar, ‘Oh, isso é perfume, isso é bem cara de perfume’. É um cheiro que seja natural de modo que não pareça ter sido feito por pessoas. Algo que eu possa usar que não irá irritar minha pele é importante, também. Algo que seja fresco, e floral, e delicioso. Meus cheiros preferidos são normalmente os de comida na verdade!
Sério? Quais são seus cheiros favoritos de comida?
O melhor cheiro de todos é literalmente a mistura de cebolas fritas, alho, e gengibre quando você começa a fazer curry, com um pouco de cravo-da-índia. O início do curry é o melhor cheiro do mundo. Eu também amo o cheiro do preparo de chapatis porque minha avó costumava colocá-los direto no forno. É engraçado porque eu não acho que seja um cheiro que as pessoas sentiriam e ficariam ‘humm’, mas é um gatilho de memória para mim que me leva de volta para quando eu fazia chapatis com ela quando criança. Qualquer coisa relacionada a comida indiana para mim já está na lista. Então o completo oposto é pó de talco por causa do lado inglês da minha família e o fato de que minha avó cheira a talco.
Excelente! Em termos de problemas de pele, você falou ter eczema no passado. Como você diria que isso afetou a forma que você lida com a beleza num todo?
Isso afetou todo o meu conceito de beleza. O que eu passei nos últimos dois anos não tem sido exatamente eczema, tem sido o resultado dos cremes que me deram desde a infância quando eu achava que tinha eczema. Então o que realmente aconteceu foi uma retirada dos cremes esteróides. A condição que eu tenho se chama TSW, ou Síndrome da Retirada de Corticóides [Topical Steroid Withdrawal]. O seu corpo então toma um longo, longo tempo para se curar e se descobrir, porque esteve se apoiando em outra coisa. Existe algo que deve ser dito sobre beleza e essa ideia de que menos é mais. Nossos corpos são tão incríveis que eles podem realmente se curar.
Existe um elemento de não querer depender tanto de algo, seja um hidratante ou outra coisa, e eu concordo. Eu estive lidando com a TSW, e tem sido uma morte para o ego, sendo sincera, por conta de algumas coisas pelas quais você passa. Eu posso dizer isso agora, porque eu espero estar me aproximando do fim disso. Quando seu rosto é o seu trabalho, isso te força a aceitar e entender que você está onde está com base no seu trabalho duro, seu talento, suas habilidades e não somente pela forma como as pessoas enxergam você fisicamente e esteticamente. Te força a ficar, ‘Bem, meu valor não pode estar no meu rosto agora porque eu pareço um lagarto’. Meu valor precisa estar em algo além, e isso te força a ter esse reconhecimento de si mesmo. Também te mostra quem está verdadeiramente ali com você, quem está disposto a sentar do seu lado quando a coisa está feia.
Isso também me provou quão forte eu sou. Algumas vezes, era muito doloroso, e eu tinha que gravar um filme no qual eu precisava colocar maquiagem na minha pele quando ela estava ferida, o que era muito difícil e doloroso. Por mais difícil que tenha sido esse período, tem sido na verdade uma boa lição. Agora eu me questiono até o que é a beleza, e quando todos falam ‘Ah, a beleza está no interior’, eu fico tipo sim, claro, mas não há nada mais bonito do que alguém que esteja confortável com quem é e onde está. Não há nada mais atraente do que isso em um ser humano.
Com certeza. Você sente que o lockdown te ajudou com isso, também?
Absolutamente. Não estou sendo anti-expressão ou maquiagem. Eu amo isso, e eu respeito muito a arte nisso. Para algumas das minhas amigas, maquiagem é quase uma terapia para elas, e elas amam essa forma de expressão, mas é para elas. Não é só uma peça de uma armadura, é uma forma de se expressar. Eu realmente acho que todos nós podemos nos desafiar com isso sempre.
Que conselho você daria para pessoas que estão tentando viver a beleza com mais consciência?
Por eu não ser uma expert nas praticidades da coisa, eu posso falar só sobre minha experiência pessoal e a mudança de perspectiva. Para mim, é a ideia de colocar o valor de volta nos itens. Tem um livro que eu li chamado The Ruthless Elimination of Hurry, e fala como a conveniência e a cultura do imediatismo são grande parte do nosso problema. O fato de que somos tão acostumados a escolher coisas, usar as coisas, e não pensar sobre de onde elas vieram ou a ideia de como foram feitas, ou mesmo pensar no acabamento. Existe tanta beleza no processo de criar algo, e então você valoriza aquilo mais quando entende de onde vem. Eu acho que diminuir o ritmo é uma boa parte do que me ajuda pessoalmente. Eu não quero falar por ninguém, mas eu acho que existe algo no conceito de devolver o valor das coisas. Quando você faz isso, você começa a valorizar mais e comprar menos, na minha experiência.
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Fonte: POPSUGAR
Tradução & Adaptação: Equipe Naomi Scott Brasil
Naomi Scott concedeu entrevista para a ELLE UK e falou sobre textura de pele, lições de beleza e o poder dos aromas.
Quando o assunto é conquistar novos horizontes, Naomi Scott sabe como estar à altura. Do seu papel pomposo como Jasmine no remake em live-action do amado filme Aladdin da Disney, à sua performance ao lado de Kristen Stewart e Ella Balinska como uma das três Panteras, e emprestando sua voz para o imersivo podcast de drama cômico-sombrio Soft Voice, poucas atrizes foram abordadas com papéis em tal grau de cobiça tão cedo em suas carreiras. E ainda assim, é algo que Scott faz com equilíbrio, elegância, e uma borrifada do charme vindo do leste londrino.
Sua última empreitada, como o rosto da fragrância Nomade Naturelle, mostra a mulher de 28 anos em sua estreia no mundo dos cosméticos. ELLE UK se juntou à atriz para ir fundo em seus produtos de beleza indispensáveis, seu primeiríssimo perfume e sua habilidade em aprimoramento como maquiadora de noivas…
Qual a sua filosofia pessoal de beleza?
Eu acho que tem a resposta filosófica, e aí tem a resposta prática. Então, pensando em autocuidado, eu acredito fortemente que menos é mais em termos de o que você coloca no seu corpo e pele; é mais sobre o que você consome. Mas sobre o meu relacionamento com a beleza e os padrões de beleza, eu sinto que nenhum ser humano fica mais bonito do que quando está confortável com quem eles são e com quem eles foram criados para ser. Quando estão vivendo seu propósito, essa para mim é a coisa mais linda e é algo que irradia de uma pessoa em oposição à estética.
Para mim, é definitivamente minha mãe. Ela é a pessoa mais modesta e é a razão para eu não ter crescido correndo atrás de manicures ou pedicures. Minha mãe sempre diz que seu sucesso é sobre quem você é e não sobre o que você faz, e esse é um ótimo ethos para seguir. Ela é linda por dentro e por fora, ela é uma pessoa de tanta entrega e ela é muito generosa.
Enquanto crescia, quais lições de beleza você aprendeu das mulheres ao seu redor?
Não tem certo ou errado nisso, mas acontece que as mulheres na minha vida não eram muito do tipo caprichosas. A lição que elas me ensinaram foi, e eu tenho certeza que muitas outras garotas indianas lhe dirão isso, minha mãe dizendo ‘Você não vai fazer sua sobrancelha tão cedo,’ e me salvando disso. De volta à época em que era bacana ter sobrancelhas finas e as mães ficavam ‘Não faça isso, não faça isso!’ Então eu não era autorizada a fazer minhas sobrancelhas e só comecei quando tinha 16 anos.
Minha mãe também me disse ‘Não raspe suas pernas porque os pelos crescem grossos,’ mas quando você é uma criança e você é indiana e você tem muitos pelos nas pernas, e você está indo para a educação física com shorts, não é o melhor cenário. Então eu decidi raspá-las, e aí é claro que cresceu como pelo de pernas de homens e eu precisei começar a depilar, o que era tão doloroso. Eu acho que estamos entrando fundo demais nos meus traumas com depilação aqui!
Conte-nos sobre uma importante lição de beleza que você aprendeu na sua carreira…
Eu acho que ver pele é muito atraente, na minha opinião, em homens ou mulheres. Quando eu vejo sua pele eu penso que essa é uma coisa muito, muito atraente. Se eu não posso ver nada da sua pele e eu só vejo toldos inexpressivos tudo bem, mas existe algo de muito bonito sobre ver a textura da pele. Eu diria para que não tenha medo da textura da sua pele e não tenha medo das suas pequenas imperfeições. Eu entendo que você queira esconder algo quando esteja ‘Nossa, eu estou com uma espinha enorme’ ou qualquer coisa, contudo, textura de pele é atraente, cara.
Como você acha que a representação das mulheres tem mudado nos filmes?
Eu acho que tem menos a ver com uma ‘mulher forte’ e mais a ver com uma mulher complexa, representando as mulheres e ponto final! Mostrando com profundidade a experiência feminina e isso sendo o centro da narrativa. Em alguns dos meus filmes favoritos as personagens femininas são aquelas com falhas e você as vê fortes, as vê fracas, as vê chorando, as vê com raiva – você as vê fazendo de tudo porque elas são seres humanos.
Eu entendo de onde essa ideia de querer mulheres fortes nas telas vem, especialmente no contexto de entretenimento para toda a família, quando você pensa na sua sobrinha ou sobrinho ou filha ou quem seja, você quer que eles tenham algo incrível para se inspirarem. Mas, no geral, eu amo ver histórias femininas nas telas em toda a sua complexidade e se isso inclui força, então provavelmente deva incluir momentos de vulnerabilidade.
Como você usa a beleza para se expressar no dia a dia?
Para mim, pessoalmente, menos é mais para o meu próprio rosto. Algumas pessoas amam ir para o 1000% e eu amo isso, eu amo a arte nisso e respeito e a aprecio. Para mim, são poucas coisas que eu uso para acentuar meus traços, e em termos de rotina é muito simples. Eu lavo o meu rosto e eu, na verdade, não uso nenhum hidratante! Eu tenho problemas de pele bastante específicos então eu não uso hidratante. Eu estou basicamente tentando fazer meu corpo criar sua própria hidratação.
Então eu penteio minhas sobrancelhas, uso um pouquinho de lápis marrom e coloco algum delineador. O delineador Rare Beauty da Selena Gomez é como um pincelzinho e é tão macio, eu só faço uma bordinha, não como um olho-de-gato mas algo como uma marca em cada lado. Então eu uso um pouco de lápis de boca com um pouco de bálsamo labial e estou pronta. Isso sou eu pronta e isso sou eu bem vestida ou não, isso não muda.
Quão experimental você é com maquiagem?
Na verdade eu prefiro fazer maquiagem em outras pessoas! Como eu tenho que usar maquiagem para o trabalho, eu gosto de me dar um descanso. Eu sempre fico ‘Minha nossa, eu não posso ficar preocupada colocando e tirando maquiagem!’, mas eu realmente gosto de fazer em outras pessoas. Na verdade eu fiz a maquiagem da minha cunhada no seu casamento, e no dia eu entrei em pânico e pensei, ‘M**da, eu preciso fazer a maquiagem dela, é tanta responsabilidade! E se eu estragar tudo? O que eu vou fazer?’
Por sorte ela gostou e ficou feliz. Ela gosta de menos é mais e nós não exageramos, ficou com um contorno clássico, não o tipo de contorno como conhecemos hoje, um pouco de iluminador e aí alguns cílios individuais. Eu posso dizer que definitivamente não sou uma mágica com eles então não venha até mim buscando por cílios postiços!
Qual parte da maquiagem você mais se destaca?
Eu acho que sou muito boa em sombras e na uniformização. Eu digo isso, mas aí vou para o YouTube e tem pessoas tão insanas com a precisão. Pense em mim mais como uma maquiadora da moda antiga em que é só um toque, e você só coloca um pouquinho e já está pronta. Essa é a minha vibe.
Qual papel os perfumes têm interpretado na sua vida?
Eu tenho pele muito sensível então ser o rosto da Chloé Nomade é tão incrível porque é um perfume que eu realmente possa usar. É feito 100% de ingredientes de origem natural, e é orgânico e vegano, então não há nada que vá irritar minha pele, o que eu acho que é muito importante. Meu relacionamento com perfumes até agora tem sido muito mais com velas e aromaterapia na minha casa, mais do que com perfume de verdade mas eu genuinamente amo – tem um cheiro maravilhoso.
Como perfumes têm te ajudado a se empoderar?
Houve um tempo em que eu estava passando por problemas de saúde e não estava dormindo e durante um período muito difícil num trabalho meu marido trouxe um difusor que temos em casa e ele fez tanta diferença. Nós sempre usamos um odor específico, Aesop Beatrice, é um aroma calmante que te faz sentir muito confortável então ter isso no set me fez sentir mais como se estivesse em casa e isso me tirou de um período bem difícil. Engraçado como os cheiros estão tão relacionados às nossas emoções.
Você se lembra do primeiro perfume que comprou na vida?
Na verdade eu não acho que era perfume, acho que era provavelmente o spray corporal Impulse, mas a pior coisa é que eu realmente achava que era um perfume! Eu ficava ‘Minha nossa, esse é o aroma.’ Mas no caso de perfume de verdade eu lembro de ganhar essa caixa verde da minha tia, era dela antes de ser minha, e era Dior Poison. O cheiro era tão forte ao ponto de me dar dor de cabeça, mas eu lembro de pensar que era muito especial. Apesar de que eu não sei se eu cheguei a usá-lo! Eu certamente lembro que tive um perfume Be Delicious da DKNY em algum momento e Marc Jacobs Daisy também.
PRODUTOS DE BELEZA ESSENCIAIS USADOS POR NAOMI SCOTT CHLOÉ NOMADE NATURELLE RARE BEAUTY PERFECT STROKES MATTE LIQUID LINER AESOP BEATRICE OIL BURNER BLEND MARC JACOBS DAISY EAU DE TOILETTE
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Fonte: ELLE UK
Tradução & Adaptação: Equipe Naomi Scott Brasil