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Naomi Scott, Olivia Cooke e Bel Powley são as estrelas e as produtoras executivas da série de podcast chamada Soft Voice. A história acompanha uma jovem mulher (Scott) com uma voz em sua cabeça que diz a ela o que fazer, guiando-a para seu sucesso extraordinário. Um dia, a voz desaparece — e uma nova voz assume. A série de 10 episódios foi criada pelo ator James Bloor (Barkskins).

Confira o resumo do segundo episódio de Soft Voice.

EPISÓDIO 2 – WANT

A Dark Voice começa dizendo: “Não há como negar, a Soft Voice fez um excelente trabalho aqui.” Conta que tudo está limpo, no lugar certo, “Eu estive me acomodando.” Ela conta ter assistido Lydia voltar do canal e chorar até dormir. “Agora são 6h30 da manhã, acredito que eu deva me apresentar.” Lydia acorda com uma forte ressaca da noite anterior, e no banheiro ela chama novamente pela Soft Voice, perguntando “Soft Voice, por que você me abandonou?” Sem a Soft Voice, Lydia tenta seguir sua estrita rotina: ela deve ir trabalhar. Mas os comandos que Soft Voice sempre lhe dava agora se encontram confusos enquanto ela tenta dizer a si mesma o que deve ser feito. “Talvez eu precise de um iogurte correto?” e também a escolha do sabor torna-se confusa. E é aí que a Dark Voice diz “Olá, Lydia.”

Com o susto de Lydia, Dark Voice comenta “esse é provavelmente o barulho mais alto que você já fez em 20 anos.” Lydia, apavorada, pergunta como ela invadiu o seu apartamento, e a Dark Voice esclarece não estar no apartamento dela, mas sim em sua cabeça. “Soft Voice?”, a Lydia pergunta, mas logo a Dark Voice explica: “sua cabeça estava vaga, então eu entrei. Espero que não se importe.” Incrédula, Lydia pergunta se ela se tratava de uma alucinação, mas a resposta é “Eu sou a Dark Voice”. “Onde está a Soft Voice?”, Lydia pergunta. “Não sei” é a resposta imediata. Com o desespero e a ressaca, Lydia volta a sentir-se mal e agora a Dark Voice assume um tom um pouco mais gentil ao dizer que está tudo bem, entretanto, “iogurte não vai resolver seus problemas.”

Checando as horas, Lydia percebe estar atrasada. Ela então lista tudo o que deveria ter feito até agora, e enquanto lista tudo o que deveria fazer em breve a Dark Voice a interrompe: “Você quer?”

A pergunta nunca antes feita para Lydia torna-se de difícil compreensão para ela, que justifica suas decisões com o verbo ‘dever’ e não ‘querer’. E a Dark Voice insiste, perguntando por fim: “O que você quer fazer?” Lydia responde que quer fazer o que for correto, e a Dark Voice pergunta como ela sabe o que é correto. “A Soft Voice me diz”, responde Lydia, e a Dark Voice a recorda de que a Soft Voice não está aqui. “Então o que você quer?” Lydia pergunta se a Dark Voice sabe a resposta, e a Dark Voice diz que não, perguntando em seguida como ela se sente, pedindo então que ela segurasse a própria mão e deitasse no chão. “Relaxe”. Lydia suspira, dizendo sentir-se muito bem, e podemos escutar a Dark Voice dizendo para ela aproveitar.

Quando Lydia se dá conta, ela está num salão de beleza, onde a cabeleireira diz que ela adormecera ali, e que chegara há uma hora, comentando sobre a nova cor de seu cabelo. “Ele está…” começa Lydia, e a Dark Voice completa: “incrível”. “Incrível”, concorda Lydia. O cabelo dela estava da cor rosa. Ou melhor: coral. E chega o momento de cortar, com a cabeleireira oferecendo mais um champagne já que, segundo ela, Lydia já tomara três, e ela aceita. Lydia hesita sobre o corte, dizendo ter mudado de ideia, mas a cabeleireira diz “não, Lydia, lembra do que você disse quando entrou aqui?” incerta, Lydia pergunta o que foi que ela disse, e a cabeleireira responde: “você disse para não dar ouvidos a você se você mudasse de ideia.”

O champagne é entregue, e a cabeleireira começa a cortar seu cabelo quando encontra uma mecha mais curta que as outras. “Você tentou cortar sozinha?” e Lydia, vagamente, acredita ter tentado mas sem ao certo se lembrar do porquê. A cabeleireira também a recorda dos ‘grandes planos’ que ela contou mais cedo: pedir demissão, largar o Graham, e caminhar na Costa Rica para ver as jaguatiricas. Ela também conta que Lydia mostrou os áudios do Graham, parafraseando-a com “Eu não me importo se eu investi três anos nesse relacionamento tedioso, mas eu vou pular fora porque o Graham é estúpido.”

Lydia até tenta dizer que o namorado tem um coração de ouro, como se referiu a ele no primeiro episódio, mas é calada por um secador de cabelo. Quando questionada sobre o que fará depois de Costa Rica, a Dark Voice diz e Lydia repete quase simultaneamente um tour completo na América do Sul. E que tiraria o dia de folga, mas ela acaba se embananando com as palavras e pede perdão pela confusão. “Lyds,” Dark Voice chama, “pare de pedir desculpas”. Terminado o corte, a cabeleireira diz que ela estava incrível, e então somos transportados para uma conversa mais íntima com a Dark Voice.

Dark Voice nos explica que, normalmente, quando Lydia era elogiada, os elogios eram categorizados em ‘mentiras educadas’, e que o armazenamento de mentiras educadas estava transbordando, ocupando um quarto inteiro na cabeça de Lydia. “Você está tão bem”, “Lydia, você é tão divertida!” e “Lydia, você é uma pessoa tão gentil” são alguns dos exemplos que a Soft Voice colocou nesse quarto de mentiras educadas durante todos esses anos. Porém a Dark Voice decidiu não categorizar esse elogio com as mentiras educadas, e sim como verdade. “Você está incrível” foi o que a cabeleireira disse, e Lydia acreditou nisso. “Hora de ir às compras”, diz Dark Voice.

Outro lapso. Lydia agora se encontra num vestiário, com uma roupa nova que a Dark Voice quer saber o que ela acha, mas no momento Lydia está mais preocupada sobre não ter pagado a cabeleireira. “Sim, você pagou. Em dinheiro.” diz Dark Voice. Lydia pergunta quanto custou e a Dark Voice responde: “segredo.” Voltando a atenção para a roupa escolhida pela Dark Voice, Lydia não consegue ser clara em dizer se gosta ou não. “Ok, Lydia, vamos jogar um jogo: eu te mostro uma roupa e você tem que dizer ‘sim’ ou ‘não’. Sem ‘talvez’ ou ‘possivelmente’, só ‘sim’ ou ‘não’ direto.” No início, Lydia ainda tem dificuldades em dizer ‘não’, mas a Dark Voice exige mais assertividade e ainda diz que ela não deveria dizer ‘sim’ por medo de ferir os sentimentos da Dark Voice. Conforme o jogo vai caminhando, Lydia vai respondendo ‘sim’ ou ‘não’ com mais firmeza, e conhece uma nova sensação: convicção.

O chefe de Lydia, Trevor, liga para ela, e quando ela pergunta o que fazer a Dark Voice logo se esquiva com um “não pergunte pra mim”. Ela precisa atender, então Trevor pergunta onde raios ela está, que os clientes estavam esperando por ela. Lydia conta estar tendo um dia maravilhoso e o Trevor diz esperar que ela lembrasse da conversa do dia anterior, que o escritório dependia dela. Ele também a chama de egoísta e manda que ela vá trabalhar, tratando-a rudemente, chamando-a de desagradável, de lesma.

Calmamente, a Dark Voice pergunta o que Lydia fará com essas palavras do Trevor e ela diz que vai afastá-las. E que vai colocá-las no quarto da verdade. “E por que você vai colocá-las na verdade?”, pergunta a Dark Voice, e a resposta é que as palavras de Trevor são similares às outras palavras do quarto da verdade. A Dark Voice abre a porta do quarto da verdade e escutamos coisas como “trabalhadora”, “esperta”, “feia”, “perfeita”, “uma enorme frustração”, “melhor agente estatal do mundo”.

A Dark Voice sugere que ela colocasse as palavras de Trevor no quarto dos absurdos, e então escutamos um pouco do que está no quarto dos absurdos: “Todo mundo é perfeito do seu próprio jeito”, “Eu tenho permissão para curtir a mim mesmo”, “Nós sempre amaremos você, do jeitinho que você é”. Dark Voice tem então uma ideia melhor: colocar tudo o que o Trevor já falou no quartinho dos absurdos. Lydia reluta, dizendo que o quarto dos absurdos não deveria ser o lugar das palavras de Trevor, mas a Dark Voice pede para que ela deixasse isso por conta dela. “Agora, lembre-se disso: você está incrível. Vamos voltar às compras.”

Lydia realmente está gostando de fazer compras, mas preocupa-se quanto ao dinheiro. “Não sei se consigo arcar com isso, Dark Voice. Não está no meu plano de despesas mensal.” Dark Voice argumenta que ela está sendo generosa consigo mesma e Lydia diz que isso é muito legal, mas que ela não acha que esteja merecendo. “Merecer”, diz Dark Voice, “não existe.” Lydia então se interessa por mais coisas a comprar: luvas, um chapéu, batom amarelo. E com as compras feitas, Dark Voice diz que Lydia está pronta. “Pronta pra quê?”, pergunta Lydia, e a Dark Voice responde: “Para seduzir um barista”.

Elas chegam na cafeteria e a Lydia conta que o lugar é muito popular por fazer ótimos cafés e pelos baristas serem muito atraentes. Dark Voice pergunta em qual deles Lydia está interessada e ela indica o seu barista favorito em toda a Londres. Lydia diz gostar das sobrancelhas dele, do pescoço, do sorriso, das tatuagens, e da camiseta enorme que ele usa, e o piercing dourado que ele usa no nariz que não é notado se você não chegar perto, e que ele é alto, e muitas expressões faciais… e ela gosta que ele parece não se importar muito com nada. Então Lydia vai até o rapaz. Dark Voice vai conduzindo-a, mas logo Lydia pega o jeito. “Cuidado,” diz o barista, atenciosamente “está muito quente”, e Lydia responde com um duplo sentido de “eu gosto de ‘muito quente’”.

Lydia consegue fisgar o barista e se despede, com uma Dark Voice muito contente que diz que ela foi muito bem para um primeiro flerte. Fora da cafeteria ela recebe uma mensagem de voz de seu namorado, Graham, que diz ter reservado uma mesa num restaurante de ostras para comemorarem o aniversário de namoro essa noite. Mas Lydia odeia ostras. A Dark Voice comenta ironicamente sobre ela odiar ostras e o Graham a estar levando para comer ostras, mas Lydia o defende ao dizer que foi lá que eles tiveram o primeiro beijo. Ao ser questionada sobre como foi o beijo, Lydia diz que foi pior do que as ostras, e a Dark Voice decide relembrar esse momento.

Visitamos a memória de Lydia, e chegamos a um Graham monótono explicando a diferença entre homicídio culposo e homicídio doloso. Ele diz ter tido uma tarde muito adorável e pergunta se ela se importaria se ele a beijasse. Lydia dá o consentimento e eles se beijam, constrangedoramente, de forma que Lydia pede para que a Dark Voice parasse com aquilo. “Isso foi tão bom”, disse Graham após beijá-la, “você beija excepcionalmente bem”. Dark Voice comenta sobre Graham ter bafo, e a Lydia diz que aprendeu a respirar somente com a boca quando está com ele.

De repente, escutamos Lydia caminhando. Ela pergunta para onde estão indo e a Dark Voice diz não saber, que é a Lydia quem está no comando. Elas passam pela rua do asilo da avó de Lydia, e ela comenta ter o desejo de conhecê-la como pessoa. Então elas vão visitá-la. Entretanto a moça da portaria diz que não é horário de visitas, pedindo que Lydia voltasse no dia seguinte. Dark Voice pede então que Lydia a suborne com o dinheiro que só agora Lydia percebeu ter no bolso. Ela assim o faz e consegue entrar, indo até o quarto de sua avó. Ela se introduz à avó, dizendo ser a Lydia, e a avó responde saber que era ela, “Eu não sou cega”.

A avó não pareceu se importar com a mudança no visual de Lydia, mas quando a neta apontou estar com o cabelo rosa, a avó diz que parece mais com coral. Lydia pergunta à avó o que ela estava fazendo, e a avó conta que estava sentada pensando nos bons e velhos tempos em Berlim entre 1968 a 1973. “Eu nunca me senti tão viva”, diz sua vó. Ela também expressa o desejo de voltar para lá, de sair da prisão que é o asilo. A avó dela mostra-se uma pessoa muito travessa e também muito ativa. Dark Voice, gostando da avó de Lydia, sugere que Lydia a leve em uma viagem para Berlim. Trevor liga, já está na hora de seu jantar com Graham, mas a Dark Voice fala para a Lydia que essa é uma oportunidade única, que só se vive uma vez e que deve ser divertido. “É seguro?”, pergunta Lydia. “Segurança”, diz Dark Voice “não existe.”

Lydia concorda, chama a avó para ir para Berlim. Na portaria ela suborna outra vez a moça da portaria, que reluta bastante em deixá-las saírem. Logo elas entram no Uber e Lydia paga a passagem para Berlim. “Dark Voice?”, Lydia chama “Todo o dinheiro que eu tenho gastado hoje. De onde ele veio?” e a Dark Voice responde, “Da sua poupança!”, e então a gargalhada da Dark Voice é a última coisa que escutamos antes do episódio acabar.


Tradução & Adaptação: Equipe Naomi Scott Brasil