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Naomi Scott, Olivia Cooke e Bel Powley são as estrelas e as produtoras executivas da série de podcast chamada Soft Voice. A história acompanha uma jovem mulher (Scott) com uma voz em sua cabeça que diz a ela o que fazer, guiando-a para seu sucesso extraordinário. Um dia, a voz desaparece — e uma nova voz assume. A série de 10 episódios foi criada pelo ator James Bloor (Barkskins).

Confira o resumo do primeiro episódio de Soft Voice.

SOFT VOICE – EPISÓDIO 1

O episódio começa com o anúncio da narradora: “um dia, a Soft Voice sumiu.” Sem nenhuma despedida. Só sumiu, enquanto Lydia, a agente estatal de 25 anos, estava em seu intervalo de almoço. Todos os dias a Soft Voice diria à Lydia qual iogurte lhe traria mais sucesso.

Lydia surpreendia a todos, inclusive ao seu chefe, Trevor, que lia os números e feitos dos agentes mensalmente: e os de Lydia eram extraordinários. A Soft Voice sempre fez Lydia vencer. E vencer era fantástico. Como vencia todas as semanas, recebeu muitas comissões, e no ano anterior ela comprou seu próprio apartamento de um quarto, na Curtain Road, com uma banheira jacuzzi. Mas não era só no emprego que a Soft Voice garantia a vitória de Lydia, e sim em todos os lugares.

Yoga. Cuidar de plantas. Badmington. Ao acordar.

Soft Voice estava lá.

No trabalho voluntário. Na hora de aprender italiano. Tocar um instrumento. “Ela tenta, ela consegue”, é o que a Soft Voice sempre dizia.

Soft Voice também controlava cuidadosamente com quem Lydia iria namorar. Como Lydia acha baristas muito atraentes, a Soft Voice tinha que ser firme sempre que Lydia buscasse um café. Um namorado para Lydia que não fosse nem interessante, nem atraente, para que não a distraísse: Graham. Um advogado que só se comunica por áudios no WhatsApp.

A Soft Voice treinou Lydia através dos anos com a técnica de postergar a recompensa.

“Pode ir a festas quando tiver seu diploma”, “pode fazer compras quando tiver economizado o suficiente para o seu apartamento”, “pode descansar quando terminar tudo”.

A técnica também foi utilizada para a maratona, que está se aproximando, em que a Soft Voice falou para que Lydia comprasse um coelhinho de chocolate, colocando-a sob as condições: “Se você terminar a maratona em menos de 2h22minutos, você pode comer o coelhinho inteiro. Se você terminar a maratona depois desse tempo, terá que jogar o coelho fora”.

A narradora também conta que a Soft Voice conversou com a Lydia pela primeira vez no seu aniversário de quatro anos, enquanto ela alimentava os cachorrinhos.

Soft Voice transformou Lydia numa máquina bem calibrada, aperfeiçoando tudo em sua rotina.

E aos sábados, Soft Voice sempre dizia, que Lydia deveria ir visitar a avó. Sobre a avó, Lydia se sente de duas maneiras: culpada, por ser uma péssima neta, mas incapaz de pedir perdão por sentir medo da morte que se aproxima de sua avó. Ao visitá-la, sua avó não parece lembrar-se de quem Lydia é, mas logo diz ser brincadeira e que pessoas com menos de 80 anos não têm mais senso de humor. E Soft Voice pede que Lydia entregue a garrafa de whisky que trouxe para a avó, pois sabia tirar vantagem para Lydia de qualquer situação. Inclusive diante de um homem difícil que veio revisar o apartamento.

Existem proibições que a Soft Voice colocou: sem rádio, sem meditação guiada e sem podcasts. E a regra de ouro era “se você não sabe a resposta, pergunte para mim”. E Lydia seguia tudo disciplinadamente. Soft Voice sempre disse tudo a Lydia, sempre esteve lá. Mas agora, Lydia se encontrava sozinha, com o estranho som do silêncio. Passados 20 minutos ela chamou a Soft Voice bem baixinho, mas não obteve resposta. Lydia tentou fazer uma pergunta importante para a Soft Voice: “Soft Voice, por que eu preciso comer iogurte? Iogurte não é feito de leite, tirado de vaquinhas bebês que foram mortas?” e sempre que Lydia falava sobre pobres bezerrinhos sendo mortos para fazer iogurte, a Soft Voice dizia “cale a boca e tome o seu iogurte correto ou você vai cometer um erro e será despedida”. Então Lydia pegou o iogurte menos apropriado, de mousse, e mesmo assim a Soft Voice não apareceu. Lydia fugiu da loja, e a Soft Voice não retornou pelo resto da tarde.

As coisas começaram a sair dos trilhos. Ela foi ao Badmington naquela tarde, mas ela errou tudo e acertou acidentalmente sua colega.

Ao chegar em casa ela tentou se acalmar com yoga, mas acabou com um nariz sangrando. Tentou praticar música, italiano. Fez de tudo e nada da Soft Voice. O telefone fixo tocou e era o homem da revisão do apartamento. Sem Soft Voice, ela perde a oferta.

No fim de semana ela não visitou sua avó. Ela não foi para o trabalho voluntário. Ela ignorou os áudios de Graham. Soft Voice não estava lá para dizer “ela tenta, ela consegue”. Lydia pegou o coelhinho de chocolate na cozinha, faltando uma semana para a maratona, e implorou que a Soft Voice dissesse algo, comendo o coelho de Páscoa.

Lydia conseguiu um total de zero vendas no trabalho. Isso nunca tinha acontecido. Então um de seus colegas a chamou para um happy hour. E sem a Soft Voice, ela aceitou. Ollie, Samira e Georgie estavam lá também. Nunca tendo bebido antes, Lydia pede por um copo de leite, mas logo os colegas do trabalho a oferecem álcool e ela começa a beber. Durante a bebedeira os amigos se divertem, conhecendo um pouco mais de Lydia, e eles até falam sobre viajar juntos para Cuba.

Temos então Lydia procurando pela Soft Voice, vagando pelas ruas e chorando. Em pânico, sentindo-se culpada e com medo da morte, Lydia chama pela Soft Voice, pedindo desesperadamente para ela voltar. “Eu não sei o que fazer, eu não tenho as respostas para nada”, diz Lydia.

Lydia estava perdida sem a Soft Voice, porque a Soft Voice sabia de tudo. “Quão boa a vida de Lydia tinha sido com a Soft Voice”, diz a narradora, “mas agora, eu entrei. Meu nome é Dark Voice”.


Tradução & Adaptação: Equipe Naomi Scott Brasil