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postado por equipe nsbr26.10.2024

Em entrevista ao The Hollywood Reporter, Naomi Scott falou sobre Sorria 2, como Kristen Stewart serviu de inspiração para o visual de Skye Riley, e receber sorrisos sinistros em público. Confira:

A estrela de Smile 2, Naomi Scott, colocou seu nome na crescente lista de novas interpretações de gênero que merecem (ou mereceram) atenção nas premiações. De James McAvoy (Fragmentado) e Toni Collette (Hereditário) a Lupita Nyong’o (Nós) e Mia Goth (Pearl), Scott é o mais novo exemplo de artista cujo compromisso em um papel de alta dificuldade não deveria ser desprezado só por conta do gênero em que reside. Já passou da hora de termos mais que meia-dúzia de exceções que conquistaram Oscars por meio do horror, como Ruth Gordon (A Semente do Diabo), Kathy Bates (Louca Obsessão) e Jodie Foster (O Silêncio dos Inocentes).

Na sequência ao grande hit de 2022 de Parker Finn, Scott interpreta Skye Riley, uma atormentada popstar na tentativa de fazer o seu comeback após sobreviver ao acidente de carro que tirou a vida do seu igualmente famoso namorado, Paul Hudson (Ray Nicholson). O retorno de Skye ao topo fica ainda mais difícil quando um encontro tarde da noite com um antigo amigo do ensino médio resulta com ela testemunhando a sina fatal de um sorriso sinistro.

Além do seu investimento, Finn genuinamente acredita que Scott merece reconhecimento em premiações.

“A Naomi é de uma força tremenda. Ela entrega uma performance de arrancar o fôlego em [Sorria 2], e se eu estivesse em algum comitê de premiação, mesmo sendo imparcial, eu diria que ela merece consideração. Então eu espero que a indústria comece a reconhecer isso,” Finn conta ao The Hollywood Reporter.

Semelhante ao seu célebre trabalho como Princesa Jasmine no live-action de Aladdin (2019) dirigido por Guy Ritchie, Scott também carimbou Sorria 2 com seus dotes vocais. Ela foi ainda mais fundo ao co-escrever duas músicas como a personagem Skye Riley para o EP de seis canções de trilha sonora do filme.

A dedicação da inglesa se estendeu para o horror da peça, pois há uma cena cruciante onde Sky se estapeia para acordar daquilo que ela espera ser só um sonho ou fantasia. Mas ao invés de se apoiar na magia do cinema, Scott insistiu em agredir a si mesma devido ao peso da cena.

“O Parker me perguntou, ‘Nay, como você se sente sobre isso?’ Que, obviamente, era a coisa certa a se fazer, mas eu fiquei tipo ‘É claro que eu vou me bater’”, Scott compartilha. “Precisava acontecer. E, sinceramente, tudo fazia muito sentido no contexto do momento e da Skye e da história. Foi completamente justificado.”

Usando a visão no roteiro de Finn para uma popstar com cabelo curto e descolorido, Scott prontamente cortou seu longo cabelo escuro para o papel. Desde lá, Scott, Finn e a chefe do departamento de cabelo Angie Johnson se inspiraram em diversos looks, inclusive alguns exibidos por Tilda Swinton e por uma ex-colega de Scott em As Panteras (2019).

“Mesmo ela sendo uma amiga, ela continha sendo a Kristen Stewart, então ela continua alguém de referência”, diz Scott. “Eu mandei para ela uma foto com nós duas lado a lado, e era do penteado para trás da Skye durante o evento. A Kristen teve um penteado específico em um tapete-vermelho que eu amei, então nós fomos atrás [para o look da Skye], e eu acho que funcionou super bem.”

Parte o que ajudou Sorria (2022) ultrapassar em quase 13 vezes seu custo de 17 milhões foi a sua campanha viral de marketing, colocando pessoas com sorrisos sinistros em playoffs de baseball televisionados. Sorria 2 tem seguido os passos de seu antecessor, mas agora que o filme está no ar, Scott respeitosamente pede aos fãs da franquia que pensem duas vezes antes de a tratarem como se ela fosse a Skye Riley.

“Eu diria, por favor não [sorriam sinistramente para mim]. Eu vou sentar e conversar com você sobre o tempo, sobre música, comida, sua avó, mas não faça o sorriso sinistro para mim, por favor”, Scott salienta. “Eu sou muito assustada, também. Eu sou uma alma sensível, então não façam isso comigo, por favor.”

Abaixo, durante a recente conversa com o THR, Scott também detalha algumas das sequências mais desafiadoras em Sorria 2, bem como o exagero de Skye com água engarrafada da Voss.

Primeiro de tudo, você está bem? Você e a Skye Riley passaram por muita coisa dessa vez.

É, estou bem. Nós passamos por muita coisa, mas eu estou bem. Na verdade eu estou tão feliz e grata. Eu posso promover algo que tanto me orgulha e que eu amo. No futuro, eu vou mostrar para os meus filhos e falar tipo, ‘Olha o que sua mãe fez.’ Então isso é muito massa, e eu estou nas nuvens.

Quando você descobriu que estava escalada para Sorria 2, tem alguma inclinação natural de se olhar no espelho e tentar criar seu sorriso mais assustador?

É interessante que eu já era uma fã do trabalho do Parker. Eu assisti seu curta metragem, LAURA HASN’T SLEPT, e depois eu fui obviamente ver Sorria. Eu fiquei vidrada, e o que realmente me pegou foi o quão guiado pelos personagens é o filme. O Parker claramente estava priorizando o personagem para nos contar sua história. Você não consegue separar o personagem dela. Eles não são usados apenas para mover a história adiante. Então, para mim, foi mais um, ‘Quem é Skye?’ e mergulhar nisso mais do que no sorriso. E quem disse que eu sorrio no filme? Não sabemos, né?

Quando as pessoas te vêem na rua, elas provavelmente imitam “Um Mundo Ideal” ou “É Hora de Morfar”, mas você já se preparou para os inevitáveis sorrisos que receberá daqui pra frente?

Ah, eu espero que as pessoas não façam isso. Você acha que elas vão fazer?

Eu espero que não, mas eu acho que elas vão.

Eu diria, por favor não faça isso. Eu vou sentar e conversar com você sobre o tempo, sobre música, comida, sua avó, mas só não faça o sorriso sinistro pra mim, por favor. Eu sou muito assustada, também. Eu sou uma alma sensível, então não façam isso comigo, por favor. Até por que, e se eu entrar em modo de defesa e socar alguém na cara? Seria péssimo. Entende o que eu quero dizer?

Estou batendo na madeira agora.

Obrigada! Eu agradeço.

A fama foi o seu sonho original? Ou estava no mesmo nível que a fama no filme?

Ahh, eu diria que a música e o meu amor pela música sempre tem sido uma força motriz para mim. A música foi o meu primeiro amor. Eu sentia que seria para ela que eu iria, e eu tenho escrito músicas desde os 14 anos. Eu amo criar música. Então tem sido mais eu procurando as pessoas certas para colaborarem comigo e quem eu quero ser como uma artista, o que eu quero falar e criar a minha musicalidade. É a maior bênção poder fazer música e criar com pessoas que eu acho incríveis. Então essa é a meta, ao contrário de qualquer ideia de fama. É mais sobre poder ter os meus recursos para fazer música e compartilhar com qualquer um que se interesse em se conectar com você através da música. Então essa é a minha praia.

Toda vez que eu pensei ter achado a cena que mais te cobrou, outra cena vinha e superava a anterior. Qual cena você menos gostaria de reviver?

Ah cara, tiveram tantas, mas o frigorífico foi os quatro dias mais difíceis da minha vida, se eu for sincera. Aquilo foi muito difícil. É, as coisas do frigorífico.

Eu preciso perguntar sobre a cena dos tapas. Pareceu incrivelmente real, como aconteceu? Ou isso é magia do cinema?

Minha nossa, aquilo foi real, é claro. Tem alguma magia do cinema que faz você bater em si mesmo? Seria loucura, mas provavelmente tem hoje em dia, então acho que você esteja certo. Estava no roteiro, mas o Parker me perguntou, “Nay, como você se sente sobre isso?” que, é claro, é o correto a se fazer, mas eu estava tipo, “É claro, eu vou me bater.” O que é tão engraçado é que não são muitos trabalhos onde conversas acontecem e você vai “Como assim? É claro que vou me bater.” Isso simplesmente não acontece em nenhuma outra linha de trabalho, mas sim, tinha que acontecer. Fazia parte de tudo. E, sendo sincera, tudo fazia muito sentido no contexto do momento e da Skye e da história. Foi completamente justificado.

A cena do flash mob no apartamento dela, esse também foi um dos dias mais estranhos que você teve no set?

Sim, foi muito estranho, mas o que você [inicialmente] vê é a perspectiva da Skye ou o POV da câmera. Continuou divertido para mim, e os dançarinos são os mesmos dançarinos da parte da performance. Então nós já tínhamos construído uma conexão, e na hora que ficou físico e intenso e eles estavam me agarrando, tinha uma confiança ali. Mas eu achei os movimentos deles incríveis. A habilidade de se moverem para contar a história com os corpos e criar esses movimentos quase não-humanos é brilhante.

Você estava bem-hidratada nesse filme.

Muito bem-hidratada.

A sua preparação envolvia virar garrafas de Voss? Você foi até o pub da vizinhança e pediu uma rodada de Voss?

Durante esse filme, eu queria pedir por uma rodada de outra coisa, acredite em mim. Não, estou brincando. Na verdade é muito difícil virar uma garrafa [de Voss]. Eu acho que eu não antecipei quão desconfortável seria. Por exemplo, o take que termina comigo quebrando o box, aquele foi um reset de uma hora. Nós só fizemos aquele take do início ao fim duas vezes, mas nós começamos [num lugar] onde seria então cortado. O Parker não queria perder um take [inteiro] e ter que resetar se ele soubesse que não seria aquele, mas nós o fizemos cinco vezes. Então eu tive que beber todas as vezes, e era muito importante para mim que ela virasse a garrafa inteira nessa altura do filme. Tem um outro momento antes em que ela toma rápido, mas não vira tudo. Ou talvez ela faça isso no início, também; eu não consigo lembrar. Mas você está certo; virei várias [garrafas de Voss].

Eu também era muito conhecida por estar sempre bem hidratada, porque eu carregava uma garrafa enorme de dois litros e meio comigo o tempo todo. Nós a chamávamos de Gidget. Os líquidos simplesmente saíam de mim por um mês. Eu chorava tanto; ficava com o nariz escorrendo, então precisávamos repor isso. Eram tantas lágrimas, e eu tinha que beber água para me reidratar.

A chefe do departamento de cabelo, Angie Johnson, disse que Kristen Stewart foi uma inspiração para o cabelo de Skye. É estranho fazer referência a alguém com quem você já trabalhou antes?

Não, porque ela ainda é um ícone. Mesmo sendo uma amiga, ela ainda é a Kristen Stewart, então é alguém a quem você faz referência. Na verdade, foi um look específico que nos inspirou. Eu mandei uma foto minha e dela lado a lado, e era o look de cabelo puxado para trás da Skye no baile de gala. [Kristen] tinha um visual específico em um tapete vermelho que eu amei, e eu pensei: ‘Meu Deus, isso é incrível.’ Então seguimos com isso [para o look de gala da Skye], e acho que funcionou muito bem.

Então, você co-escreveu algumas músicas da Skye Riley que tocam ao longo do filme. A versão no piano de ‘Just My Name’ é a minha favorita. Escrever letras como um personagem é um exercício interessante?

Sim, é muito divertido. Mas mesmo quando você está criando a música para si mesmo e escrevendo para si ou com outras pessoas, às vezes você tem esses momentos em que acaba escrevendo no papel de um personagem de qualquer forma. É um tipo de exercício criativo para variar um pouco. Então, eu gosto disso, e gosto da ideia de estar em uma sessão e pensar: ‘Como seria se escrevêssemos uma música para tal pessoa?’ [Smile 2: The Skye Riley EP] foi um pouco assim, e foi divertido porque não colocamos as mesmas limitações criativas que você coloca em si mesmo como artista. Isso meio que sai pela janela, e você se inclina para coisas que nunca faria e maneiras de cantar que normalmente não faria. Eu, obviamente, estou cantando letras que nunca escreveria sobre coisas que parecem mais assim ou assado, e esse é um processo muito divertido.

Alexis [Kesselman], ou Idarose, escreveu e produziu quatro das faixas. Ela tem a minha idade, e é tão talentosa. Nós nos divertimos muito escrevendo juntas e, curiosamente, começamos a escrever ‘Just My Name’ juntas pelo Zoom, poucos dias depois de eu ter sido escalada. Depois, escrevemos ‘Death of Me’, que é a música dos créditos finais, depois que o filme foi feito, então foi muito legal, como um momento de círculo completo.

Você também criou a assinatura da Skye, que tem um papel importante em uma cena?

Sim, Parker disse: ‘Faça várias assinaturas diferentes, e podemos escolher.’ Então, eu fiz várias, e acabamos escolhendo essa.

Sobre as falas da Skye, como ‘I need some water for my daughter’ ou ‘I need a waiter with some water’, você tem algum ritual ou aquecimento antes de gravar uma cena ou música?

Se eu estiver cantando ou fazendo aquecimento vocal ou no estúdio, é bem chato. Eu só tenho um app no meu celular, e é um aquecimento de 20 minutos ou algo assim. Essa cena, no entanto, acho que foi ideia do Parker. Ele gostou muito do som, e eu disse: ‘Sim, eu também gosto. Tem uma vibe.’ Então, seguimos com isso, e tem algo sobre a água [como já discutido antes]. É um pouco estranho, mas funciona muito bem.

Assim como Skye e Gemma (Dylan Gelula), você acha que você e sua amiga Princesa Jasmine vão se reencontrar algum dia?

Ah, com certeza. Já tem um filme em andamento com Skye e Princesa Jasmine. É uma fusão de mundos e, naturalmente, será um musical que mistura magia e espiritualidade. Em breve nos cinemas perto de você.

Por fim, o que você pode nos contar sobre o filme que produziu recentemente?

Engraçado que descobri que consegui esse trabalho no dia em que terminei de gravar esse filme. Ele se chama Eternal Return, e é uma linda história de amor. É meio fantasioso. Trata-se de luto, de deixar ir, redescobrir a si mesmo e seguir em frente. Então, é lindo, e é um filme muito diferente de Sorria 2, com um personagem bem diferente e um tom completamente distinto.

Fonte: The Hollywood Reporter | Tradução & Adaptação: Equipe Naomi Scott Brasil

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