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Naomi Scott, Olivia Cooke e Bel Powley são as estrelas e as produtoras executivas da série de podcast chamada Soft Voice. A história acompanha uma jovem mulher (Scott) com uma voz em sua cabeça que diz a ela o que fazer, guiando-a para seu sucesso extraordinário. Um dia, a voz desaparece — e uma nova voz assume. A série de 10 episódios foi criada pelo ator James Bloor (Barkskins).

Confira o resumo do terceiro episódio de Soft Voice.

EPISÓDIO 3 – BURIAL GOLDMINE

(ALERTA DE GATILHO – SUICÍDIO)

A batida da música transporta-nos, ouvintes, para uma boate: Burial Goldmine. Dark Voice comenta gostar de Berlim, que é muito divertido. No fundo da floresta de corpos, em meio à fumaça, às respirações, ao suor, aos toques e à dança está Lydia. Seu coração bombeando sangue, os lábios com gosto de whisky, seu corpo arrepiando-se e girando. Lydia estava tendo a melhor noite de sua vida.

Logo escutamos a avó de Lydia muito contente, cantarolando em meio à multidão sobre como ama Berlim. “Vó Night Night! Onde você esteve!?” Exclama Lydia, com alívio por tê-la encontrado.

Dark Voice então nos diz que Lydia e sua avó chegaram ao Burial Goldmine seguindo 3 passos simples. Primeiro passo: Lydia diz que queria ter levado mais coisas do que a roupa de malha e o macacão, e que acha que a cabeça vai congelar porque o cabelo está super curto. “Pare de se lamentar!” repreende a avó, “Estamos em Berlim! Finalmente estamos aqui!” Lydia reclama que o ouvido ainda está com pressão pelo vôo, e a avó sugere que a neta boceje, o que resolve a situação. Lydia recebe uma mensagem do Graham. “Graham é o seu marido?”, questiona a avó, e Lydia diz “Não exatamente. Tipo isso.” Então a avó pergunta se ele é gay e Lydia diz que não. Ela escuta o áudio de Graham, que dizia “Hey, só fazendo um check-in. Eu estou aqui no restaurante de ostras, e eu não tenho nenhum sinal de você, então… Não, espera, ali está você! Ah… Não, é só um cavalheiro desajeitado.”

Lydia preocupa-se, pois deveria estar com ele. “Meu bom Jesus! Ele soa um chato.”, diz sua avó, “Encontre um homem decente, Lydia, pelo amor. A vida é curta. E a parte boa da vida é muito curta. Pare de desperdiçá-la.” Lydia diz sentir sua cabeça girando, então decide que elas precisam ir para o hotel, e então elas poderão acordar e fazer algumas atividades culturais pela manhã. “Não, não, não!” a avó desaprova o plano de Lydia, “Os garotos estarão aqui já já”. Lydia se surpreende e a avó diz “Meus garotos de Berlim.” Lydia questiona se a avó falava sobre os amigos que tinha quando morava na cidade, nos anos 70, mas Night Night diz, prontamente: “Claro que não, estão todos mortos! Garotos novinhos.” A avó diz tê-los conhecido num aplicativo pornográfico, e Lydia se surpreende que ela tenha um celular, e a avó diz “É o século 21”, denotando o quão óbvio deveria ser o fato dela ter um celular.

Então a avó, após contar algumas vantagens do aplicativo, diz que pode abri-lo, mudar a localização para Berlim… E lá estão eles, na esquina. “Fizemos grandes planos para essa noite, Lydia”, informa a sua avó, já chamando a atenção dos rapazes do carro. Dark Voice narra para nós que três gays lindos desceram do carro e abraçaram a avó de Lydia, jogaram glitter sobre ela e sobre a Lydia (que espirrou). “Você deve ser a Lydia,” disse um dos homens “ouvimos falar muito de você.” O homem se apresentou como Saalim. Malco e Yulian se apresentaram logo em seguida. “Vamos,” Saalim chamou “precisamos entrar no carro”, sem se importar com a preocupação de Lydia sobre como caberiam todos ali dentro.

“Segundo passo:” Dark Voice nos conta, “a pílula maravilhosa.” Saalim diz que vai levá-las para uma boate chamada Burial Goldmine, e apesar de Lydia estranhar por estarem no meio da semana, Night Night pede para que eles pisem fundo no pedal. Yulian oferece uma pastilha para a avó e outra para Lydia. Um dos rapazes pergunta se a avó quer beber alguma coisa pra ajudar a engolir, mas a mesma diz ser uma “engolidora profissional de pílulas” por causa das muitas cartelas de remédio que ela toma diariamente no asilo. “Oh meu Deus!” Lydia diz em tom de alarme, “avó Night Night, você tem suas cartelas com você!? Você as trouxe!?” A avó diz que não, e manda a neta calar a boca. Quando Lydia tenta argumentar, Night Night fala para ela tomar a pílula também, colocando-a na boca da mais nova e Lydia engole. “Mas o que vamos fazer!?”, pergunta Lydia, mas não obtém resposta.

O terceiro e último passo foi atravessar os seguranças. Um deles barrou Night Night com a justificativa de ela ser muito velha. Night Night então, irritada, diz quem ela é: Judith C. Gumpfield, que teve muitos apelidos durante a vida. Ela conta que vivia em Berlim antes do segurança ter nascido, quando as pessoas ainda levavam tiros por tentarem atravessar o muro. Ela apresenta uma cicatriz no queixo e explica que foi causada pela polícia. “Se nós não tivéssemos invadido Kreuzberg, o seu governo teria destruído todo o lugar!” Ela ainda diz que Burial Goldmine seria um banco. “Isso significa que você me deve o seu emprego.” diz Night Night, “Agora saia do caminho.” E com isso, a avó atravessou os guardas e entrou na boate, deixando Lydia e os rapazes para trás. “Dark Voice”, chama Lydia, perguntando o que foi a sensação que ela acabara de ter nas pernas. “São golfinhos”, diz Dark Voice, e Lydia exaspera: “Nas minhas canelas!?”, “Yep.” é a resposta de Dark Voice, seguida por um “Aproveite.” Lydia diz estar com medo, e a Dark Voice fala para ela sentir a música, respirar, e relaxar. Relaxar tudo. Lydia começa a gostar da música, mas fala não saber como aproveitá-la. “Pare de tentar”, diz Dark Voice. Lydia diz querer dançar, mas que não pode porque dança mal. “Dançar mal não existe”, retruca a voz.

Lydia procura pela avó, mas não consegue vê-la. Dark Voice garante que ela estará bem, então Lydia começa a curtir as sensações que tinha, e a voz diz “De nada.” Decidida a dançar, Lydia enfiou-se no meio dos corpos, e pela primeira vez na vida Lydia não tinha ideia de como ela poderia parecer para as outras pessoas. Ela sorria, estava eufórica, com muitas sensações boas borbulhando dentro de si. Quando abriu os olhos, Lydia percebeu estar dançando com dois homens. Eles a beijaram. Ao mesmo tempo. Então a levaram para um quarto escuro. Lydia pergunta se os rapazes são gays, se são um casal, e um dos homens diz que eles não são substantivos, mas sim verbos. Lydia diz que acredita ser um adjetivo. “Qual?”, pergunta o homem. “Bonita,” começa Lydia, “oculta. Inocente. Perigosa.” O homem sussurra que não, que ela é um verbo. Porque ela é tocar, beijar, lamber e brincar. E no meio de tanto prazer, uma única palavra veio à mente de Lydia: Graham.

Lydia sai às pressas da boate, e então envia um áudio para o namorado. Ela pede desculpas por ter furado com ele, e diz estar em Berlim. Então ela se pergunta porque ela sempre diz que Graham tem um coração de ouro, qual o significado disso. “Talvez signifique que você tenha um coração de metal”, fala que ele é um peso e que ela sofre por estar com ele, porque dentro dela existe medo e indiferença. “De qualquer forma, eu perdi um sapato.” Ela conta que foi beijada inteiramente por dois outros homens. “E eu sinceramente odeio ostras! Eu nunca provei nada mais nojento do que uma ostra. E eu nunca desejei você. E isso é motivo para comemorar porque eu não sou um adjetivo! Eu sou um verbo! Na verdade, eu sou muitos, muitos verbos!”, ela diz, enviando o áudio com triunfo. Dark Voice comemora, e Lydia agradece por finalmente estar livre, por finalmente poder ser ela mesma. Ela agradece muito, e diz amar a Dark Voice, diz sentir-se incrível. “Você é incrível, Dark Voice! Eu te amo, eu te amo mais do que eu amo a Soft Voice. Dance comigo, Dark Voice!”

Chegamos então na cena de início desse episódio, com a avó cantarolando pela boate. “avó Night Night! Onde você esteve? Eu te perdi!”, diz Lydia, mas a avó responde que não é possível perder alguma coisa, porque o total de toda a energia e matéria é o universo, que mantém-se constante, e que as coisas simplesmente mudam de uma forma para a outra. “Eu estava me divertindo!” ela diz. Lydia fala que a ama muito, e a avó responde: “Eu amo você também, minha querida. E obrigada por isso, Lydia. Isso é um deleite!” Lydia diz que esse é o pontapé de um novo começo, no qual elas podem ser quem elas são, em todos os espectros. Ela diz querer conhecer a avó, querer conhecer tudo sobre a avó. “Não dá tempo, minha querida!” diz a avó, e Lydia rebate dizendo que dá tempo sim. Night Night diz que é o fim, e que na verdade já durou demais. Ela diz que não dá tempo, e que Lydia sempre espera que haverá uma chance no futuro, e ainda assim é aqui que ela está. “Onde?”, pergunta Lydia, sem entender. “Aqui, no fim.” responde a avó.

Lydia pergunta se ela está bem, e Night Night diz que espera que não, completando com “eu não tomei meu remédio do coração nas últimas 20 horas, eu tomei meia garrafa de Glenmorangie, uma pílula magnífica e muitas doses tranquilizantes de cavalo. Estou surpresa que cheguei até aqui.” Só então Lydia entende que sua avó arquitetou isso, e que sabia que morreria ali. A avó diz que recomenda que isso não seja feito quando jovem: “Muito tempo diante de você, há muito a perder”, mas quando se está com 89 anos é uma época ótima para morrer. Lydia se desespera, diz que estão só no começo, que precisa levá-la para um hospital, mas a avó esbraveja que ela não ouse. “Você me deu um presente maior do que qualquer outro que eu poderia receber ao me trazer aqui,” diz Night Night, “Eu não poderia desejar um final melhor.” A avó pede para que Lydia dance com ela, e a Dark Voice fala para ela girá-la. Lydia decide contar à Night Night sobre as vozes em sua cabeça, ela diz que tem algo de errado com ela. “O que há de errado com você, minha querida?”, pergunta a avó, retoricamente. Mas antes que Night Night pudesse contar a Lydia o que há de errado com ela, os efeitos da noite vêm à tona, e a avó morre bem ali. Lydia gritou por ajuda mas ninguém ajudou. Os amigos da Night Night recolheram o corpinho dela e a levaram para fora, enquanto que Lydia tentava segui-los aos berros. Colocaram o corpo no porta-malas. Lydia implora para que Saalim, Malco e Yulian parassem, um deles diz que sente muito mas que um dia ela entenderá, e Lydia é deixada para trás com suas súplicas de que não a abandonassem sendo ignoradas.

Não importava o que a Dark Voice dissesse, Lydia não conversou com ela pelas próximas seis horas. Com um único sapato, Lydia pegou um Uber para o aeroporto, comprou sua passagem para Londres. Na sala de embarque, Lydia olhava para o vazio. Todas as sensações boas que ela sentira nessa noite estavam sendo drenadas dela, então decidiu checar o telefone, encontrando 5 mensagens de voz: Ethan, dos Samaritanos; Antonella, a professora de italiano; Trevor avisando que se ela não ligasse para ele nos próximos 5 minutos ela estaria demitida; Trevor avisando que ela estava demitida; Sônia, do asilo. Lydia deletou a maioria das mensagens antes que elas chegassem ao fim. Então ela recebe um áudio de Graham. Graham conta estar chateado com a mensagem dela, e também conta ter tomado a difícil decisão de não conseguir mais estar com ela. Antes de terminar o áudio, Graham ainda diz que está fazendo o check-out. A Dark Voice perguntou à Lydia se ela estava bem, mas a mesma não disse nada. Lydia não falou nada durante todo o voo.

Chegando em Londres, as pessoas encaravam Lydia porque ela estava fedendo, o cabelo parecia um ninho e ela usava só um sapato, mas ela não se importava. Finalmente ela quebrou o silêncio: “Você a matou.”, disse para a Dark Voice, “É tudo sua culpa”. A Dark Voice responde que ninguém tem culpa de nada, mas Lydia rebate que tem culpa sim, e é a Dark Voice a culpada, pois ela disse que era para levar a Night Night para Berlim. “Que foi o que você queria”, explicou Dark Voice, e Lydia explodiu: “Você deu a ideia!”, então a Dark Voice pergunta quem falou que Lydia deveria dar ouvidos a ela. Lydia continua a culpar a voz, e então sente a culpa sobre si, dizendo “Eu a matei. Nós a matamos.” Dark Voice argumenta que a decisão foi toda da avó. “Eu me sinto doente,” diz Lydia, “Eu me sinto muito, muito doente, e estou faminta. Você é maluca.”

Ela também diz que precisa comer, e que precisa comer Manjar Turco. Na hora de comprar, a máquina de ensacamento dá erro e Lydia tenta parar de chorar, mas a máquina dá erro outra vez. Finalmente ela permite passar e pede para selecionar a forma de pagamento. Sem nenhum dinheiro consigo, Lydia tenta seu cartão de crédito, mas a transação é negada. “Negada!? Como isso é possível!?”, Lydia exaspera, e a Dark Voice diz que pode ser porque ela gastou todo o dinheiro que tinha. E Lydia, muito irritada, fala para a Dark Voice não falar com ela. A voz pede para que ela se acalmasse, mas Lydia se enfurece ainda mais: “Não ouse pedir para eu me acalmar! Você destruiu tudo! Você me fez perder tudo. Você perdeu todo o meu dinheiro, que eu trabalhei tanto e economizei com tanta diligência. Você perdeu a minha avó, me fez ser demitida pelo Trevor, você me fez ser descartada pelo Graham. Os Samaritanos me odeiam.”

Ela pergunta como vai ser a zombaria que ela virá a ouvir, “O que eu vou falar para o asilo? O que eu vou falar para a minha mãe!?”. Dark Voice tenta chamá-la, mas Lydia está farta, dizendo “Não ouse dizer meu nome. Tudo era perfeito antes de você chegar. Eu estava num lugar muito bom, eu estava me dando muito bem, e agora você destruiu tudo. Sua idiota! Sua estúpida! Sua idiota estúpida! Você é desgraça, você é egoísta, uma egoísta idiota! Você é doente! Eu te odeio! Eu te odeio.” Enquanto Lydia chora, Dark Voice nos conta que não soube o que dizer, então preferiu ficar quieta. Lydia, sozinha, caiu de joelhos no chão em um pranto desolador. Lydia nunca tinha chorado tão alto, e doía fisicamente, mas o choro fez Lydia sentir-se muito bem, pois era um grande alívio.

Uma assistente de compras se aproximou de Lydia, e, olhando para ela, falou com uma voz muito familiar: “Olá. Posso te ajudar?” O coração de Lydia parou, e ela perguntou: “Soft Voice? É você?”


Tradução & Adaptação: Equipe Naomi Scott Brasil


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Naomi Scott concedeu uma entrevista para o quadro Ladies Night do site Collider como forma de divulgação do podcast Soft Voice. A entrevista foi dividida em uma série de vídeos onde Naomi conta sua jornada no entretenimento até agora.

Por que Naomi Scott não se intimidou ao cantar Speechless para a icônica trilha sonora de Aladdin

Scott está enfrentando desafios de todos os ângulos em um filme [Aladdin] como esse. Há uma pressão geral para justificar a decisão de refazer um filme amado. Scott tem que cantar músicas do filme de animação de 1992 que são clássicos certificados. E, além disso, Scott também é quem precisa adicionar uma faixa completamente original à mixagem – “Speechless”, escrita por Benj Pasek e Justin Paul.

Quando chegamos à parte de Aladdin do nosso bate-papo do Ladies Night, perguntei a Scott onde ela se sentia mais pressionada, refazendo canções clássicas como “A Whole New World” ou fazendo um original como “Speechless” e esperando que chegue ao limite definido por aqueles inesquecíveis originais.

“Você realmente não consegue competir com o original. Não é uma situação de competição, certo? É como, ‘Bem, essa é a música que tem que estar no filme e eu tenho que cantá-la e me sinto muito confiante de que posso cantá-la bem.’ Não posso dizer que fiquei muito nervosa com essa música. A Whole New World também, apenas em termos da música em si, não é tão difícil de cantar como Speechless. Speechless é uma música muito, muito difícil. Então eu acho que fiquei mais nervosa com isso porque foi um grande momento para a personagem.”

Além da natureza desafiadora da música e da personagem principal, Scott também estava bem ciente da pressão que estaria em “Speechless” em comparação com as outras músicas:

“É obviamente novo; e se as pessoas não gostarem? Sabe, essa é a música que as pessoas vão, quando ouvirem, pensar no seu personagem e você meio que está assumindo uma coisa nova, então eu diria provavelmente mais pressão com Speechless.”

Então, sim, claramente havia algum nervosismo aqui, mas no final das contas? Scott estava animada mais do que tudo. Aqui está o porquê:

“Mais do que qualquer outra coisa, eu provavelmente estava animada porque era uma música muito forte. Uma balada muito forte. Não pareceu tipo – qual é a palavra? Não era apenas leve e bonito; parecia que tinha alguma intuição, o que me deixou meio animada.”

Scott, uma talentosa e experiente cantora fora da tela, também fez uma pausa para apontar a diferença entre cantar uma música como Jasmine e cantar uma como ela mesma:

“A outra coisa sobre essas canções é que eu estou cantando como a personagem, então a maneira que eu canto geralmente soa muito diferente do meu canto neste filme porque é um pouco mais teatral, talvez. Há algum tipo de sotaque. Houve conversas sobre isso. Você sabe, eu estou cantando como Jasmine. Mas eu estava animada para injetar um pouco mais de emoção, talvez seja mais da minha sensibilidade em termos do que eu cresci ouvindo.”

Com “Speechless”, Scott sabia que haveria dois tipos de espectadores por aí – pessoas que prefeririam ver o filme se apegar à versão de 1992 e outras que acabariam amando a nova adição. Mas para ela, pessoalmente, não foi difícil se agarrar à positividade por causa do quanto ela acreditava na música.

“Acho que estava mais animada do que qualquer outra coisa. Provavelmente porque talvez eu entro nessas coisas completamente cega. Eu fico tipo, ‘Acho que é uma ótima música! Se eu acho que é uma ótima música, então todo mundo…’ Mas, você sabe, algumas pessoas gostam de coisas novas, outras não. Algumas pessoas ficam tipo, ‘Não, apenas continue como é’. Você nunca vai agradar a todos, mas eu adorei a música, adorei o significado por trás dela, adorei o momento em que veio no filme, adorei o fato de que longe do filme pareceu de alguma forma um pouco moderna.”

Scott também acrescentou algo sobre sua abordagem em lidar com a pressão de “Speechless” e como isso poderia ser útil ao trabalhar em praticamente qualquer coisa; realmente não há motivo para se preocupar excessivamente.

“Eu deveria ter sentido talvez mais pressão e todas essas coisas, mas quando você está naquela bolha, aquela bolha adorável de fazer o filme, e você está com todas essas pessoas e você se sente muito confiante sobre as escolhas que você está fazendo e você é muito claro sobre o que você está procurando alcançar, isso é tudo o que você pode realmente fazer porque, no final das contas, você sabe que haverá pessoas que curtirão e outras que não, e isso é como tudo que eu venho feito até agora [risos], então eu meio que tipo, não há porque se preocupar demais”.


Fonte: Collider
Tradução & Adaptação: Equipe Naomi Scott Brasil


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Naomi Scott concedeu uma entrevista para o quadro Ladies Night do site Collider como forma de divulgação do podcast Soft Voice. A entrevista foi dividida em uma série de vídeos onde Naomi conta sua jornada no entretenimento até agora.

Como Naomi Scott foi descoberta por Kéllé Bryan, que previu seu sucesso na Disney

Acontece que Kéllé Bryan, que você pode reconhecer do grupo de R&B Eternal, acabou sendo uma figura extremamente influente para Scott no início de sua carreira. Na verdade, pode-se dar crédito a Bryan por descobrir o talento de Scott! Depois de mencionar Bryan, Scott imediatamente enfatizou: “Eu não conseguia pensar em uma mentora melhor para aquela idade e onde eu estava.” Ela também acrescentou: “Kéllé é incrível e uma grande amiga minha”. Então, como exatamente começou esse relacionamento duradouro?

“Então, basicamente, meu Deus, eu tinha 14 anos e estava cantando neste evento da igreja. Eu sou filha de pastor. E foi apenas um evento aleatório e meu pai disse, ‘Oh, você pode cantar alguma coisa?’ Eu fiquei tipo, ‘Pai, eu não estou com meu backing track!’ Então minha mãe teve que ir para casa e pegar meu backing track para a música ‘If I Ain’t Got You’ da Alicia Keys, com um teclado midi realmente ruim! E então eu cantei ‘If I Ain’t Got You’ e Kéllé estava lá porque ela estava dando algum tipo de palestra sobre sua história de vida e fé, etc. E ela me ouviu cantando – eu não acho que ela estava na sala, mas ela me ouviu cantando e [no] final da noite ela meio que disse, ‘Oi,’ e se apresentou.”

Bryan explicou que era dona de sua própria agência e, embora Scott fosse muito jovem na época, poderia ser um caminho que valeria a pena seguir. Scott relembrou: “Ela realmente disse – não estou brincando – ela disse, ‘Oh, eu sei que você pode atuar’. Ela apenas disse, ‘Eu sei que você pode atuar’, o que é simplesmente hilário.” O talento de Bryan para detectar talentos não para por aí. Ela também conseguiu prever um setor da indústria que abraçaria Scott – naquela época e agora também.

“Eu e meus pais nos encontramos com ela e acho que meus pais tinham um equilíbrio muito bom em termos de proteção, em termos de, ‘Ok, não somos muito versados neste mundo. Nós sabemos que há todo tipo de coisa acontecendo, especialmente para uma jovem.’ Como também, ‘Nós sabemos que isso é o que você quer fazer. Queremos apoiar você e o que você deseja fazer.’ E então uma das primeiras coisas que [Kéllé] me disse foi: ‘Oh, a Disney vai devorar todos vocês’. Lembro muito bem, o que é muito doido para mim, porque esse não foi o primeiro trabalho que eu consegui antes do Disney Channel, mas também, você sabe, eu tenho um pouco de história com a Disney!”


Fonte: Collider
Tradução & Adaptação: Equipe Naomi Scott Brasil


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Naomi Scott, Olivia Cooke e Bel Powley são as estrelas e as produtoras executivas da série de podcast chamada Soft Voice. A história acompanha uma jovem mulher (Scott) com uma voz em sua cabeça que diz a ela o que fazer, guiando-a para seu sucesso extraordinário. Um dia, a voz desaparece — e uma nova voz assume. A série de 10 episódios foi criada pelo ator James Bloor (Barkskins).

Confira o resumo do segundo episódio de Soft Voice.

EPISÓDIO 2 – WANT

A Dark Voice começa dizendo: “Não há como negar, a Soft Voice fez um excelente trabalho aqui.” Conta que tudo está limpo, no lugar certo, “Eu estive me acomodando.” Ela conta ter assistido Lydia voltar do canal e chorar até dormir. “Agora são 6h30 da manhã, acredito que eu deva me apresentar.” Lydia acorda com uma forte ressaca da noite anterior, e no banheiro ela chama novamente pela Soft Voice, perguntando “Soft Voice, por que você me abandonou?” Sem a Soft Voice, Lydia tenta seguir sua estrita rotina: ela deve ir trabalhar. Mas os comandos que Soft Voice sempre lhe dava agora se encontram confusos enquanto ela tenta dizer a si mesma o que deve ser feito. “Talvez eu precise de um iogurte correto?” e também a escolha do sabor torna-se confusa. E é aí que a Dark Voice diz “Olá, Lydia.”

Com o susto de Lydia, Dark Voice comenta “esse é provavelmente o barulho mais alto que você já fez em 20 anos.” Lydia, apavorada, pergunta como ela invadiu o seu apartamento, e a Dark Voice esclarece não estar no apartamento dela, mas sim em sua cabeça. “Soft Voice?”, a Lydia pergunta, mas logo a Dark Voice explica: “sua cabeça estava vaga, então eu entrei. Espero que não se importe.” Incrédula, Lydia pergunta se ela se tratava de uma alucinação, mas a resposta é “Eu sou a Dark Voice”. “Onde está a Soft Voice?”, Lydia pergunta. “Não sei” é a resposta imediata. Com o desespero e a ressaca, Lydia volta a sentir-se mal e agora a Dark Voice assume um tom um pouco mais gentil ao dizer que está tudo bem, entretanto, “iogurte não vai resolver seus problemas.”

Checando as horas, Lydia percebe estar atrasada. Ela então lista tudo o que deveria ter feito até agora, e enquanto lista tudo o que deveria fazer em breve a Dark Voice a interrompe: “Você quer?”

A pergunta nunca antes feita para Lydia torna-se de difícil compreensão para ela, que justifica suas decisões com o verbo ‘dever’ e não ‘querer’. E a Dark Voice insiste, perguntando por fim: “O que você quer fazer?” Lydia responde que quer fazer o que for correto, e a Dark Voice pergunta como ela sabe o que é correto. “A Soft Voice me diz”, responde Lydia, e a Dark Voice a recorda de que a Soft Voice não está aqui. “Então o que você quer?” Lydia pergunta se a Dark Voice sabe a resposta, e a Dark Voice diz que não, perguntando em seguida como ela se sente, pedindo então que ela segurasse a própria mão e deitasse no chão. “Relaxe”. Lydia suspira, dizendo sentir-se muito bem, e podemos escutar a Dark Voice dizendo para ela aproveitar.

Quando Lydia se dá conta, ela está num salão de beleza, onde a cabeleireira diz que ela adormecera ali, e que chegara há uma hora, comentando sobre a nova cor de seu cabelo. “Ele está…” começa Lydia, e a Dark Voice completa: “incrível”. “Incrível”, concorda Lydia. O cabelo dela estava da cor rosa. Ou melhor: coral. E chega o momento de cortar, com a cabeleireira oferecendo mais um champagne já que, segundo ela, Lydia já tomara três, e ela aceita. Lydia hesita sobre o corte, dizendo ter mudado de ideia, mas a cabeleireira diz “não, Lydia, lembra do que você disse quando entrou aqui?” incerta, Lydia pergunta o que foi que ela disse, e a cabeleireira responde: “você disse para não dar ouvidos a você se você mudasse de ideia.”

O champagne é entregue, e a cabeleireira começa a cortar seu cabelo quando encontra uma mecha mais curta que as outras. “Você tentou cortar sozinha?” e Lydia, vagamente, acredita ter tentado mas sem ao certo se lembrar do porquê. A cabeleireira também a recorda dos ‘grandes planos’ que ela contou mais cedo: pedir demissão, largar o Graham, e caminhar na Costa Rica para ver as jaguatiricas. Ela também conta que Lydia mostrou os áudios do Graham, parafraseando-a com “Eu não me importo se eu investi três anos nesse relacionamento tedioso, mas eu vou pular fora porque o Graham é estúpido.”

Lydia até tenta dizer que o namorado tem um coração de ouro, como se referiu a ele no primeiro episódio, mas é calada por um secador de cabelo. Quando questionada sobre o que fará depois de Costa Rica, a Dark Voice diz e Lydia repete quase simultaneamente um tour completo na América do Sul. E que tiraria o dia de folga, mas ela acaba se embananando com as palavras e pede perdão pela confusão. “Lyds,” Dark Voice chama, “pare de pedir desculpas”. Terminado o corte, a cabeleireira diz que ela estava incrível, e então somos transportados para uma conversa mais íntima com a Dark Voice.

Dark Voice nos explica que, normalmente, quando Lydia era elogiada, os elogios eram categorizados em ‘mentiras educadas’, e que o armazenamento de mentiras educadas estava transbordando, ocupando um quarto inteiro na cabeça de Lydia. “Você está tão bem”, “Lydia, você é tão divertida!” e “Lydia, você é uma pessoa tão gentil” são alguns dos exemplos que a Soft Voice colocou nesse quarto de mentiras educadas durante todos esses anos. Porém a Dark Voice decidiu não categorizar esse elogio com as mentiras educadas, e sim como verdade. “Você está incrível” foi o que a cabeleireira disse, e Lydia acreditou nisso. “Hora de ir às compras”, diz Dark Voice.

Outro lapso. Lydia agora se encontra num vestiário, com uma roupa nova que a Dark Voice quer saber o que ela acha, mas no momento Lydia está mais preocupada sobre não ter pagado a cabeleireira. “Sim, você pagou. Em dinheiro.” diz Dark Voice. Lydia pergunta quanto custou e a Dark Voice responde: “segredo.” Voltando a atenção para a roupa escolhida pela Dark Voice, Lydia não consegue ser clara em dizer se gosta ou não. “Ok, Lydia, vamos jogar um jogo: eu te mostro uma roupa e você tem que dizer ‘sim’ ou ‘não’. Sem ‘talvez’ ou ‘possivelmente’, só ‘sim’ ou ‘não’ direto.” No início, Lydia ainda tem dificuldades em dizer ‘não’, mas a Dark Voice exige mais assertividade e ainda diz que ela não deveria dizer ‘sim’ por medo de ferir os sentimentos da Dark Voice. Conforme o jogo vai caminhando, Lydia vai respondendo ‘sim’ ou ‘não’ com mais firmeza, e conhece uma nova sensação: convicção.

O chefe de Lydia, Trevor, liga para ela, e quando ela pergunta o que fazer a Dark Voice logo se esquiva com um “não pergunte pra mim”. Ela precisa atender, então Trevor pergunta onde raios ela está, que os clientes estavam esperando por ela. Lydia conta estar tendo um dia maravilhoso e o Trevor diz esperar que ela lembrasse da conversa do dia anterior, que o escritório dependia dela. Ele também a chama de egoísta e manda que ela vá trabalhar, tratando-a rudemente, chamando-a de desagradável, de lesma.

Calmamente, a Dark Voice pergunta o que Lydia fará com essas palavras do Trevor e ela diz que vai afastá-las. E que vai colocá-las no quarto da verdade. “E por que você vai colocá-las na verdade?”, pergunta a Dark Voice, e a resposta é que as palavras de Trevor são similares às outras palavras do quarto da verdade. A Dark Voice abre a porta do quarto da verdade e escutamos coisas como “trabalhadora”, “esperta”, “feia”, “perfeita”, “uma enorme frustração”, “melhor agente estatal do mundo”.

A Dark Voice sugere que ela colocasse as palavras de Trevor no quarto dos absurdos, e então escutamos um pouco do que está no quarto dos absurdos: “Todo mundo é perfeito do seu próprio jeito”, “Eu tenho permissão para curtir a mim mesmo”, “Nós sempre amaremos você, do jeitinho que você é”. Dark Voice tem então uma ideia melhor: colocar tudo o que o Trevor já falou no quartinho dos absurdos. Lydia reluta, dizendo que o quarto dos absurdos não deveria ser o lugar das palavras de Trevor, mas a Dark Voice pede para que ela deixasse isso por conta dela. “Agora, lembre-se disso: você está incrível. Vamos voltar às compras.”

Lydia realmente está gostando de fazer compras, mas preocupa-se quanto ao dinheiro. “Não sei se consigo arcar com isso, Dark Voice. Não está no meu plano de despesas mensal.” Dark Voice argumenta que ela está sendo generosa consigo mesma e Lydia diz que isso é muito legal, mas que ela não acha que esteja merecendo. “Merecer”, diz Dark Voice, “não existe.” Lydia então se interessa por mais coisas a comprar: luvas, um chapéu, batom amarelo. E com as compras feitas, Dark Voice diz que Lydia está pronta. “Pronta pra quê?”, pergunta Lydia, e a Dark Voice responde: “Para seduzir um barista”.

Elas chegam na cafeteria e a Lydia conta que o lugar é muito popular por fazer ótimos cafés e pelos baristas serem muito atraentes. Dark Voice pergunta em qual deles Lydia está interessada e ela indica o seu barista favorito em toda a Londres. Lydia diz gostar das sobrancelhas dele, do pescoço, do sorriso, das tatuagens, e da camiseta enorme que ele usa, e o piercing dourado que ele usa no nariz que não é notado se você não chegar perto, e que ele é alto, e muitas expressões faciais… e ela gosta que ele parece não se importar muito com nada. Então Lydia vai até o rapaz. Dark Voice vai conduzindo-a, mas logo Lydia pega o jeito. “Cuidado,” diz o barista, atenciosamente “está muito quente”, e Lydia responde com um duplo sentido de “eu gosto de ‘muito quente’”.

Lydia consegue fisgar o barista e se despede, com uma Dark Voice muito contente que diz que ela foi muito bem para um primeiro flerte. Fora da cafeteria ela recebe uma mensagem de voz de seu namorado, Graham, que diz ter reservado uma mesa num restaurante de ostras para comemorarem o aniversário de namoro essa noite. Mas Lydia odeia ostras. A Dark Voice comenta ironicamente sobre ela odiar ostras e o Graham a estar levando para comer ostras, mas Lydia o defende ao dizer que foi lá que eles tiveram o primeiro beijo. Ao ser questionada sobre como foi o beijo, Lydia diz que foi pior do que as ostras, e a Dark Voice decide relembrar esse momento.

Visitamos a memória de Lydia, e chegamos a um Graham monótono explicando a diferença entre homicídio culposo e homicídio doloso. Ele diz ter tido uma tarde muito adorável e pergunta se ela se importaria se ele a beijasse. Lydia dá o consentimento e eles se beijam, constrangedoramente, de forma que Lydia pede para que a Dark Voice parasse com aquilo. “Isso foi tão bom”, disse Graham após beijá-la, “você beija excepcionalmente bem”. Dark Voice comenta sobre Graham ter bafo, e a Lydia diz que aprendeu a respirar somente com a boca quando está com ele.

De repente, escutamos Lydia caminhando. Ela pergunta para onde estão indo e a Dark Voice diz não saber, que é a Lydia quem está no comando. Elas passam pela rua do asilo da avó de Lydia, e ela comenta ter o desejo de conhecê-la como pessoa. Então elas vão visitá-la. Entretanto a moça da portaria diz que não é horário de visitas, pedindo que Lydia voltasse no dia seguinte. Dark Voice pede então que Lydia a suborne com o dinheiro que só agora Lydia percebeu ter no bolso. Ela assim o faz e consegue entrar, indo até o quarto de sua avó. Ela se introduz à avó, dizendo ser a Lydia, e a avó responde saber que era ela, “Eu não sou cega”.

A avó não pareceu se importar com a mudança no visual de Lydia, mas quando a neta apontou estar com o cabelo rosa, a avó diz que parece mais com coral. Lydia pergunta à avó o que ela estava fazendo, e a avó conta que estava sentada pensando nos bons e velhos tempos em Berlim entre 1968 a 1973. “Eu nunca me senti tão viva”, diz sua vó. Ela também expressa o desejo de voltar para lá, de sair da prisão que é o asilo. A avó dela mostra-se uma pessoa muito travessa e também muito ativa. Dark Voice, gostando da avó de Lydia, sugere que Lydia a leve em uma viagem para Berlim. Trevor liga, já está na hora de seu jantar com Graham, mas a Dark Voice fala para a Lydia que essa é uma oportunidade única, que só se vive uma vez e que deve ser divertido. “É seguro?”, pergunta Lydia. “Segurança”, diz Dark Voice “não existe.”

Lydia concorda, chama a avó para ir para Berlim. Na portaria ela suborna outra vez a moça da portaria, que reluta bastante em deixá-las saírem. Logo elas entram no Uber e Lydia paga a passagem para Berlim. “Dark Voice?”, Lydia chama “Todo o dinheiro que eu tenho gastado hoje. De onde ele veio?” e a Dark Voice responde, “Da sua poupança!”, e então a gargalhada da Dark Voice é a última coisa que escutamos antes do episódio acabar.


Tradução & Adaptação: Equipe Naomi Scott Brasil