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postado por equipe nsbr12.05.2021

Naomi Scott, Olivia Cooke e Bel Powley são as estrelas e as produtoras executivas da série de podcast chamada Soft Voice. A história acompanha uma jovem mulher (Scott) com uma voz em sua cabeça que diz a ela o que fazer, guiando-a para seu sucesso extraordinário. Um dia, a voz desaparece — e uma nova voz assume. A série de 10 episódios foi criada pelo ator James Bloor (Barkskins).

Confira o resumo do sexto episódio de Soft Voice.

EPISÓDIO QUATRO – THAT’S HOW THE LIGHT GETS IN

ALERTA DE GATILHO – VIOLÊNCIA

Depois que o podcast terminou, Lydia e Jean entraram em um sono profundo. 4h47 da manhã, Jean começou a acordar, então tocou gentilmente o rosto de Lydia e disse “Olá Lydia”. “Olá, Soft Voice”, Lydia respondeu, sonolenta. Jean pergunta se ela tem uma voz suave e Lydia diz que sim. “Eu preciso ir trabalhar”, diz Jean já se levantando. Lydia pede para ela não ir, para que ficasse com ela, e então pergunta “Você quer ir? Porque você não precisa ir se não quiser, sabe.” Jean então fala para Lydia ficar e voltar a dormir, e para que quando ela acordasse ela se sentisse em casa, e que a veria mais tarde. “Okay. Tenha um bom dia. Até mais tarde”, diz Lydia, deixando-a ir.

Assim que Jean saiu, Lydia voltou a dormir, e começou a sonhar. E é quando ouvimos a voz da vó Night-Night dizendo que ela estava incrível. Lydia e vó Night Night repetem diversas falas ditas por outros personagens durante a série, mas criam um novo diálogo. Lydia diz tê-la perdido, e vó Night Night fala que essa era a diferença entre homicídio culposo e doloso. A neta diz precisar ligar para a Jean. “Você é lésbica?”, pergunta a avó, dizendo “Eu nunca imaginaria”, e Lydia responde “Sim!”, e após uma pausa diz “Não…” Night Night diz que o ‘toca aqui’ é uma palma entre duas pessoas, e uma antiga técnica medicinal. Então o sonho começa a se tornar um pesadelo quando a avó diz que tem as gravações de Lydia a raptando, e diz também nunca mais querer ver o rosto de Lydia novamente.

Lydia acorda assustada, dizendo a si mesma que tudo não passou de um sonho. Ela vai buscar água, e então ela vê que Jean deixou um recado para ela. Lydia apresenta certa dificuldade ao ler o bilhete, que dizia para que ela ficasse à vontade, e que deixou croissants e geleia para ela. “Lydia, você acabou de enfiar seu dedo na geleia da Jean?”, pergunta Dark Voice. “Ela não vai se importar”, responde Lydia. Lydia volta para o quarto de Jean, e pergunta quantos poemas teriam ali. “Não sei”, responde Dark Voice, “cem?” Lydia pega um e lê para a Dark Voice. O poema falava sobre materiais de papelaria, mas também sobre como Jean achava que coisas durariam a vida inteira e seriam parte dela, como super bonder seca nos dedos, mas que no dia seguinte essas coisas já não estavam mais lá.

“Que mordaz”, comentou Dark Voice, mas Lydia diz que parece ter sido escrito por uma criança, além de que tinham muitas palavras escritas erradas. “Por que você acha que todos os poemas estão escritos em caneta vermelha?” Lydia encontra outro poema na mesa de canto, e supõe ser novo. Esse poema é uma declaração de amor. E é então que Dark Voice tem uma ideia.

“Sabe o que, Lydia… Você estava certa”, diz Dark Voice, “Certa sobre a Jean estar com a Soft Voice. Certa sobre a Soft Voice estar dentro da Jean.” Lydia estranha a mudança de postura da voz, mas Dark Voice diz ser exatamente como Lydia supôs: a Soft Voice estava presa dentro da cabeça da Jean. Lydia conclui que a Soft Voice está presa porque a Jean não tem um buraco na cabeça, então não dá para a voz sair. Mas então Lydia pergunta como a Soft Voice teria entrado na cabeça de Jean. Lydia fica com um pé atrás sobre como Soft Voice teria, então, entrado na cabeça de Jean e Dark Voice argumenta que a Soft Voice é muito diligente. Quando Lydia pensa sobre a voz de Jean, e sobre não fazer sentido ela falar com a voz da Soft Voice, mas a Dark Voice fala que Lydia está se preocupando demais com os detalhes. Dark Voice também diz que a Soft Voice não só está presa dentro da cabeça de Jean, como está desesperada por encontrar a Lydia novamente e voltar para dentro de sua cabeça. Quando Lydia pergunta como ela conseguiria trazer a Soft Voice de volta, a Dark Voice diz para Lydia abrir um buraco na cabeça de Jean, e então conectar o seu buraco ao de Jean. “E o que acontece com você?”, pergunta Lydia, e a Dark Voice responde que será despejada.

Na rua, Lydia discute com Dark Voice sobre como ela poderia ter dito algo tão horrível e cruel. Lydia diz que a Jean é tudo o que ela precisa. “Eu nunca a machucaria”, diz Lydia, “nunca”. Dark Voice responde: “bom, se você diz…” Então Lydia reconhece Graham parado na porta do seu prédio, pressionando a campainha. Lydia se aproxima dele, pegando-o de surpresa. Ele diz estar devolvendo algumas coisas dela, e pede perdão pois está levando um tempo para ele se adaptar a não mais tê-la com ele. Ele pergunta como Lydia está e ela diz que está bem, então ela pergunta como Graham está e ele vacila ao dizer ‘ok’. “Olha, Lydia, ele está despedaçado”, diz Dark Voice, e é quando Graham fala, com a voz embargada que na verdade não está bem. Ele diz sentir saudades dela. “Então você tem sentimentos, no fim das contas?”, diz Lydia, e Graham pergunta o que foi que ela falou. Lydia diz: “Desculpa, eu falei em voz alta! Eu pretendia dizer só na minha cabeça. Graham, é meio estranho te ver, especialmente depois de voltar do…” Graham pergunta de onde ela estava voltando, e pergunta se era de um novo amante. Lydia diz que sim. “Brutal”, diz Dark Voice.

Graham diz que queria vê-la, e pede desculpas pelas outras e por muitas outras coisas. Então ele deseja tudo de melhor para ela e eles se despedem, mas antes de ir embora ele diz: “Se você precisar de um advogado em algum momento, eu sou o seu cara”. Lydia agradece e entra em casa, indo para a banheira relaxar. Ela pensou em tudo o que perdeu desde que a Soft Voice foi embora. Ela teria seu emprego de volta? Ou sua avó? Ou seu dinheiro? Ela não sabia, mas tinha certeza que Jean saberia. Se pelo menos Lydia pudesse ficar mais próxima de Jean, pois a proximidade da noite anterior não era o bastante. Se Lydia pudesse entrar em Jean… ou se Jean pudesse entrar em Lydia, para que elas se tornassem uma. Lydia tocou o topo da cabeça, sentindo o buraquinho.

Às quatro da tarde, Lydia recebeu um áudio de Jean dizendo que vai voltar para casa mais cedo por estar com dor de cabeça, e Lydia a chama para ir ao seu apartamento para que pudesse cuidar dela.

Jean chega e Lydia a recebe, perguntando sobre a dor. Jean diz estar melhor, mas que a dor fica indo e voltando. “Eu devo tirar meus sapatos?”, pergunta Jean. Lydia diz que se ela quiser, sim. “Você quer?”, pergunta Jean. “Eu quero o que você quiser”, diz Lydia. Jean diz que quer tirá-los então os tira. Elas conversam um pouco sobre o trabalho de Jean, e Lydia acaba contando ter lido alguns poemas de Jean pela manhã, e que adorou eles, pois os achou muito “mordazes”. Jean diz que ela é muito gentil e Lydia começa uma tour pelo apartamento. Entretanto, Lydia é uma corretora de imóveis, então é assim que ela apresenta a sua própria casa. Jean fica curiosa sobre o tapete de yoga, e sobre o livro de 501 verbos em italiano.

“Você sabe todos eles?”, pergunta Jean, e Lydia responde saber por volta de 440. Jean encontra o instrumento de Lydia e pergunta se ela pode tocá-lo, mas Lydia se esquiva ao dizer estar fora de prática, voltando à tour. “Você joga tênis!?”, pergunta Jean, e Lydia explica ser badminton. Jean brinca com a raquete e acaba acertando o móvel. Ela pede desculpas. Aí encontra uma medalha, que deixa Lydia desconfortável. “Uma medalha de ouro!”, exclama Jean, mas Lydia logo a corrige, dizendo ser uma medalha de bronze. Jean lê que é de uma maratona, e Lydia diz que foi meia maratona, há muito tempo, e que o ritmo dela tem aumentado muito desde aquela época. Jean diz que a medalha não deveria ficar escondida e sim à mostra para todos. “Você não se orgulha dessa conquista?”, pergunta Jean. “Não, definitivamente não. Eu nem sabia que ainda guardava isso.”, diz Lydia. Então Lydia diz para Jean deixá-la sozinha por um instante, e que se sentisse em casa. Lydia e Dark Voice começam a conversar sobre aquela medalha, como era vergonhoso tê-la, e como a Soft Voice jamais se orgulharia de uma medalha de bronze. “Bronze é o segundo melhor perdedor”. O fato de Soft Voice estar presa dentro da cabeça de alguém como a Jean deve ser torturante. “Se eu fosse a Soft Voice”, diz Dark Voice, “eu estaria louca para sair”.

Quando Lydia volta a se encontrar com Jean, Jean estava mexendo em seu guarda-roupa. “Esse é um vestido tão lindo”, e Lydia diz que é o seu vestido de funeral. “Esse? Mas ele é preto!”, diz Jean, e Lydia diz que preto é o que se utiliza em funerais. “Eu nunca usei preto em um funeral, eu sempre visto roupas coloridas”, diz Jean. Lydia então a conduz para o banheiro e Jean se encanta com a banheira. “É uma jacuzzi”, Lydia corrige. Jean diz que nunca tomou um banho de banheira, então fala que o espelho é adorável. “A gente não fica bem juntas? Uma perto da outra?”, e é aí que Jean descobre que o espelho tem um compartimento dentro. Jean encontra a furadeira, e diz que deve ter sido a furadeira que Lydia utilizou para a trepanação. “Tem sangue na ponta, olha!”, mostra Jean, e Lydia pergunta como ela sabe que é sangue, mas a dor de cabeça de Jean piora bastante. Jean diz que a dor é uma pressão que vem, como se algo estivesse empurrando por dentro, e só então responde conhecer sangue, pois escreve seus poemas com seu próprio sangue. Lydia pergunta o porquê dela fazer isso. “Faz com que eu escolha minhas palavras cuidadosamente”, diz Jean, “cada palavra é muito preciosa”. Lydia pergunta então se ela tem que escolher a palavra correta, mas Jean diz que não: “Só a mais significativa”.

Lydia chama Jean de volta para a sala de estar e pergunta qual a diferença entre “significativa” e “correta”. Jean diz que muitas coisas têm significado para Lydia. A yoga, o italiano, o badminton… “As pessoas também têm significado. Como a sua avó!”, diz Jean, e Lydia fala “E como você.” Jean pergunta o porquê dela ter algum significado para Lydia, que responde que Jean parece saber de alguma coisa, então Lydia diz que talvez deva trabalhar na mesma loja que Jean. Jean diz gostar muito de seu trabalho, e de boliche, e de podcasts criminais, e pergunta sobre o antigo emprego de Lydia. Lydia diz que era uma corretora, e Jean pergunta se aquilo tinha algum significado para ela. Lydia diz que era, pois ela era muito boa. “Eu estava querendo que você me ajudasse a conseguí-lo de volta”, diz Lydia. Jean fala que vai dar o seu melhor e Lydia decide ligar para o antigo chefe naquele instante, e que Jean a dissesse o que falar.

A conversa com Trevor não vai bem e ele pede para ela não ligar para aquele número outra vez, e diz que ele mesmo espalhou para todas as agências que a Lydia era uma lesma nada profissional. Ele desliga, e Dark Voice gargalha dentro da cabeça de Lydia. Jean pergunta se ela foi demitida, mas as gargalhadas aumentam e Lydia grita que não tem graça. “Eu não estava rindo”, diz Jean. “É claro que não estava”, diz Lydia, tentando se controlar. Então chama a convidada para jogar um jogo de formar palavras. Lydia está claramente transtornada nesse momento. Jean forma uma palavra, e ela diz “É iogurte”, e Lydia ri nervosamente, dizendo, “Não, não é. Está escrito iogurete. Não é assim que se soletra iogurte.” Lydia dá uma nota baixa para Jean pelo erro, e diz que é terrível. “Você parece preocupada”, diz Jean, e Lydia responde: “Eu estou um pouco preocupada. Você não sabe soletrar?” Jean diz que acha difícil soletrar, e Lydia fala que faz sentido já que os poemas dela, apesar de adoráveis, são cheios de erros na ordem das letras. “Poemas são feitos de palavras, não de letras”, argumenta Jean, e Lydia explica que as letras corretas moldam a palavra naquilo que ela tem que ser. Caso contrário as palavras podem virar outras palavras, ou apenas barulhos. “Palavras são sons”, diz Jean. “Não quando estão escritas”, fala Lydia. Jean informa que o jogo está piorando a dor de cabeça dela e que ela está com fome, e pergunta se elas podem jantar.

Lydia então vai com Jean para o mercado, levando-a para os iogurtes. “Alguns iogurtes são bons para o sucesso”, diz Lydia, “mas qual?” Jean não consegue escolher porque a dor de cabeça está piorando e talvez seja melhor ela deitar, mas Lydia continua mostrando vários iogurtes e perguntando o que Jean achava de cada um deles. Jean pergunta se iogurte seria o bastante para o jantar e Lydia diz não saber, e então grita que Jean quem deveria dizer se era ou não.

Jean fala que Lydia a está assustando. “É como se você não gostasse mais de mim, porque eu não consigo recuperar o seu emprego, e eu não consigo soletrar, e agora eu não consigo te dizer qual iogurte escolher e eu estou com dor de cabeça”, ela fala, com a voz embargada, “eu achei que você cuidaria de mim”. Dark Voice fala para Lydia abraçá-la, mas Lydia nega, então Dark Voice fala para ela pedir desculpas. Lydia diz não estar se sentindo muito bem e pede desculpas. Jean diz que não quer ser uma frustração, e Lydia diz: “Você não é. Você não é de jeito nenhum. Eu sei que você está aí, tentando sair”. Jean pergunta se elas podem voltar para o apartamento e tomarem um banho de banheira juntas. “Sim, essa é uma ótima ideia, Soft Voice”. Jean sorri, “Eu gosto quando você me chama assim. Eu acho que eu te amo, Lydia”, e Lydia responde: “Eu te amo também, Soft Voice”.

Lydia levou Jean para casa, para o banheiro, e preparou a hidromassagem. A furadeira estava em cima da pia. Jean entrou na banheira, e chamou Lydia para entrar. Lydia diz que entrará em um instante, e diz para Jean relaxar enquanto ela faz um cafuné nela. Jean indica onde está doendo e Lydia faz massagem ali. Ela pergunta se os remédios não ajudaram e Jean fala que ajudam um pouco, mas logo a dor volta. Lydia pergunta se Jean já pensou em deixar essa dor sair, e Jean diz que não está disposta a tentar a trepanação. “A furadeira está bem atrás de você, Lydia”, diz Dark Voice. Jean diz que comprou um presente para Lydia, e que o escondeu no quarto, e que Lydia precisará procurar por ele. “Faça agora”, diz Dark Voice, “A Soft Voice precisa sair. Deixe a Soft Voice sair, e a dor de cabeça da Jean vai ser curada.” Lydia continua a massagear a cabeça de Jean, enquanto Dark Voice continua a sussurrar: “Deixe a Soft Voice sair, e você nunca mais ouvirá de mim, Lydia. A Soft Voice ama você, Lydia.” Lydia liga a furadeira na cabeça de Jean.

A cabeça de Jean caiu nas mãos de Lydia. Lydia olhou para o rosto dela, os olhos enormes, uma única lágrima. “Seu rosto… seu rosto…”, disse Jean em seu último suspiro. “Sua voz. Soft Voice”, disse Lydia, enxugando a lágrima de Jean. Então se ajeitou, juntando o buraco de sua cabeça ao de Jean, formando um túnel entre os crânios. Lydia sorriu.



Tradução & Adaptação: Equipe Naomi Scott Brasil

postado por equipe nsbr14.04.2021

Naomi Scott, Olivia Cooke e Bel Powley são as estrelas e as produtoras executivas da série de podcast chamada Soft Voice. A história acompanha uma jovem mulher (Scott) com uma voz em sua cabeça que diz a ela o que fazer, guiando-a para seu sucesso extraordinário. Um dia, a voz desaparece — e uma nova voz assume. A série de 10 episódios foi criada pelo ator James Bloor (Barkskins).

Confira o resumo do quarto episódio de Soft Voice.

EPISÓDIO QUATRO – THE CRACK IN EVERYTHING

ALERTA DE GATILHO – AUTOMUTILAÇÃO

Lydia encarou a assistente da loja, aquela que tinha a mesma voz de Soft Voice. Lydia se pergunta se teria imaginado isso, ou foi somente uma coincidência ou, ainda, o efeito das drogas que usou na noite anterior. Mas a assistente soava exatamente como a Soft Voice. “Você está bem?”, pergunta a mulher para a Lydia que há pouco tempo estava num choro convulsivo, “Parece que acabou de ver um fantasma.” Lydia deixa escapar um comentário incompleto sobre a voz da assistente, mas quando a última pergunta “O que que tem a minha voz?”, Lydia por pouco não diz que parece com a de Soft Voice, disfarçando em seguida ao se recuperar levemente do transe, dizendo que a voz da assistente parece com a de uma amiga dela, Sophie. Pela reação de Lydia, a simpática assistente pergunta gentilmente se Sophie havia morrido, mas Lydia nega: “Se mudou para longe.”

O rosto da assistente, como nos diz Dark Voice, era uma versão jovem de uma face anciã, com olhos gentis. Quando Lydia diz não ter nada, a assistente concede que ela levasse o manjar turco sem pagar. Apesar de todas as preocupações de Lydia sobre sair sem pagar e sobre os sensores de segurança, a assistente garante que não haverá problemas. “Você está bem?”, pergunta a assistente, e Lydia diz que sim, então a assistente comenta sobre Lydia a estar encarando e a mesma pede desculpas. “Não, é legal. Você tem um rosto bonito”, diz a atendente, que logo se apresenta como Jean. Após se apresentarem uma à outra, Jean diz “Olá, Lydia”, exatamente igual à Soft Voice. Com a voz embargada, ainda fungando e de joelhos no chão, Jean conclui que Lydia talvez precise de um abraço, “Mas temo ser pouco profissional te abraçar aqui. Eu já ultrapassei o limite do profissionalismo ao sentir dózinha de você e te dar o manjar turco de graça. Mas talvez possamos nos encontrar depois, e aí eu poderei te dar um abraço.” Lydia consegue o user do instagram da Jean, que estava na embalagem do manjar turco, pois ela gosta de colocar o user em alguns itens da loja para que mais pessoas a sigam.

Saindo da loja, Lydia e Dark Voice conversam um pouco. “Por que a Jean soa exatamente como a Soft Voice?”, pergunta Lydia, mas Dark Voice apenas responde que essa é uma ótima pergunta.

Lydia cria uma conta no instagram e adicionou a conta @jeansblood, e enviou uma DM. Jean respondeu instantaneamente, convidando-a a jogar boliche com ela.

No boliche, Jean conta jogar todo sábado, e pergunta o que Lydia faz aos sábados. “Aos sábados eu costumo… visitar minha avó”, conta. Jean mostra-se interessada, pergunta sobre a avó dela e comenta que gostaria de ter uma avó também. Lydia responde que ela está bem, e logo se dá conta de que é a sua vez de jogar. Errando feio, Jean sugere que ela usasse a tabela lateral. Jean flerta com ela, e Lydia acaba concordando em usá-la. Ao seguir as instruções de Jean, Lydia faz um strike. “Ela tenta, ela consegue.” Jean fala exatamente como Soft Voice, e Lydia sente-se bem com isso. “Toca aqui”, Jean diz, mas Lydia conta só ter feito ‘toca aqui’ consigo mesma. “Isso é uma palma”, diz Jean, “um toca aqui é uma palma entre duas pessoas”. Lydia tenta, mas erra, então Jean pede para que Lydia a olhasse nos olhos pois os olhos são cheios de sabedoria. Lydia obedece e consegue fazer um toca aqui com ela. Jean convida Lydia para ir ao museu no dia seguinte.

As duas observam um auto-retrato de Caterina van Hemessen, então Jean fala sobre ser impossível ver o seu próprio rosto, que as pessoas ao seu redor o vêem a todo momento, mas você nunca o verá como elas pois o reflexo do espelho não equivalem à realidade. “É como um poema”, diz Jean sobre o rosto. Lydia percebe que ela gosta de poemas, pois lembra de ver alguns no feed de Jean. Jean diz gostar de escrever poemas.

Então pergunta “Quem você acha que a Caterina van Hemessen enxergou ao olhar seu porta retrato?”, e Lydia responde, incerta: “ela mesma”. Jean, por outro lado, diz achar que ela viu o pai através dos olhos e a mãe através da boca. “Eu sei o que você quer dizer,” diz Lydia, “às vezes quando eu me vejo no espelho eu enxergo minha mãe, nos olhos. E ao sorrir, eu sei que pareço com ela. Eu posso sentir. E quando eu choro é a mesma coisa. E no rosto da minha mãe eu consigo enxergar minha avó. Apesar de que recentemente ela…” “Morreu?”, pergunta Jean, e Lydia responde: “Se mudou.” Jean conta não enxergar ninguém além de si mesma, uma vez que fora adotada.

Jean comenta que a outra obra parece sentir-se culpada. E é quando Lydia revela: “Eu acho que matei a minha avó semana passada. Acidentalmente.” Rapidamente explica o que aconteceu e Jean diz que essa história não soa realista. “Você tem alguma prova?”, pergunta Jean, “Como um corpo?” Lydia diz que o corpo dela foi levado pelos amigos, mas que ela tinha a confirmação das duas passagens para Berlim no email. “Você não pode confiar em emails, Lydia”, diz Jean, “Parece que está tudo na sua cabeça”. Lydia se convence de que vó Night Night está bem, provavelmente onde ela deveria estar: sentada na cadeira, em seu quarto do asilo. “Posso te contar uma coisa, Lydia?”, começa Jean, “Se algum dia eu for uma avó, eu quero ter uma neta igualzinha a você”.

Dark Voice nos conta que Jean fez a Lydia sentir-se segura. No caminho de casa, Lydia parou no mercadinho e encarou os iogurtes, certa de que Jean saberia o iogurte certo para escolher. “Jean não é a Soft Voice, Lydia”, diz Dark Voice, e Lydia rebate: “Eu pedi a sua opinião?” As duas começam a discutir, com Lydia insistindo que a Jean é a Soft Voice. Dark Voice insiste para que Lydia parasse de encontrar a Jean, esquecesse dela, pois ela não seria boa para a Lydia, mas elas são interrompidas pelo telefone. É Sônia, a mulher do asilo, avisando ter fotografias das câmeras de segurança onde mostravam Lydia raptando a avó. Lydia desliga antes que ela terminasse de falar. “Eu vou ligar para a Soft Voice”, diz Lydia, e Dark Voice corrige que ela estará ligando para Jean. Elas combinam de se encontrarem na quarta-feira, com Lydia ignorando as súplicas de Dark Voice para que ela não se encontrasse com Jean.

Elas vão para a praia e Jean a chama para entrar na água. A água é gelada e Jean continua a chamá-la. Dark Voice murmura que isso era estúpido, tentando impedi-la. Diz que Lydia não consegue nadar, que vai pegar hipotermia, mas é totalmente ignorada: Lydia pula na água. Depois disso, Jean a chama para que comam peixe frito com batata frita.

As duas vão gostando cada vez mais da presença da outra. Na hora de fazer o pedido, Lydia pergunta a Jean qual peixe ela acha que Lydia deveria escolher, e escutamos Dark Voice murmurando “Isso me deixa tão triste, Lydia. Estávamos prestes a fazer uma viagem à América do Sul para ver as jaguatiricas e agora você voltou para o estágio um: obedecendo os outros, sem nem saber o porquê”.

Enquanto elas comem o peixe frito com batata frita, uma gaivota rouba o peixe de Lydia. Jean oferece um pouco do próprio, dando-lhe de comer na boca. Então chama Lydia para ir na montanha russa.

Lydia agradece por Jean ter bancado tudo, e conta estar desempregada. É quando Jean informa que a loja na qual ela trabalha está contratando pessoal. O telefone de Lydia começa a tocar, era sua mãe, e apesar de não atender, Lydia conclui que a Sônia (do asilo) ligou para a sua mãe e agora sua mãe ligava para ela, sabendo de tudo o que ela fez com sua avó. Mas Jean a tranquiliza, dizendo que se a Sônia tem a gravação de Lydia raptando a avó, também terá a gravação dela mesma aceitando o suborno, então não pode delatar Lydia sem se meter em encrenca. Sentindo-se mais tranquila, Lydia agradece, e Jean completa: “Não soou como se você tivesse sequestrado sua avó. Soou como se você estivesse ajudando-a a fugir.”

As duas vão para a casa de Jean. “Poderia tirar os sapatos?”, pede a anfitriã, e Lydia sente-se tão bem por obedecer a ela que pede que Jean repetisse a frase. Jean ri da situação, mas faz o pedido outra vez, logo comentando: “Você é um mistério”.

Jean chama Lydia até o quarto, cheio de poemas autorais nas paredes, e diz: “Eu vou me despir. Talvez você devesse também”. “Você gostaria disso?”, questiona Lydia, recebendo confirmação de Jean, então pede para que Jean comandasse o que ela deveria fazer. Jean vai guiando-a, dizendo que ela tirasse cada peça de roupa. Então traz uma loção hidratante. “Ela passa a loção no corpo”, diz Jean, “ela faz isso sempre que é comandada”. “Eu gosto de ser comandada”, diz Lydia, e Jean responde: “Eu percebi.” Jean pediu que Lydia fechasse os olhos, e quando pediu para abrí-los, Lydia percebeu que o rosto de Jean estava muito perto do seu. E Jean a beijou, gentilmente. Lydia nunca havia beijado uma mulher antes. E nunca havia sorrido durante um beijo. E ela sentia que Jean sorria também. Os corpos bagunçaram os lençóis, e Lydia percebe gostar de quando Jean brinca com seus cabelos. “Deixa eu fazer cafuné em você”, sugere Jean. Lydia gosta de todas as sensações e diz sentir-se muito à vontade com Jean, e esta diz sentir o mesmo com Lydia, completando: “Eu sei que te conheço só há alguns dias, mas eu sinto que te conheço há anos”. É no meio do cafuné que Jean percebe um pequeno buraco no topo da cabeça de Lydia.

“Bingo”, diz Dark Voice, levando-nos para dentro da cabeça de Lydia.

“Olá, Lydia” ela diz, “não nos falamos há muito tempo. Eu tenho uma coisa para te mostrar. Uma coisa que eu encontrei. E que estava escondida”, Lydia pergunta do que se trata e Dark Voice revela ter encontrado uma lembrança que Lydia havia esquecido.

“Esse é o meu banheiro. Sou eu. Estou me olhando no espelho. Meu rosto parece uma trovoada”, Lydia diz enquanto observa a lembrança, “eu estou cortando um pedaço do meu cabelo no topo da minha cabeça. E agora eu estou pegando um… O que é isso?”, e Dark Voice responde: “‘Isso’ é uma furadeira sem fio de 18 Volts, com dois milímetros de broca de carboneto de tungstênio.” “O que eu estou fazendo?”, pergunta Lydia, “Eu estou colocando a furadeira na cabeça”. Escutamos a voz distorcida de Lydia em sua lembrança, gritando: “Eu te odeio! Saia! Saia de mim! Saia da minha cabeça!”. A Lydia da lembrança aperta o gatilho e escutamos o som da furadeira.

“Lydia?”, chama Jean, e voltamos à tranquilidade do quarto juntamente de Lydia, “Você está bem?” Lydia diz que sim, mas Jean mostra-se preocupada e pergunta o que aconteceu. Lydia diz ter imaginado algo horrível: que furou a própria cabeça. Jean afirma que realmente parece um buraco de furadeira. Lydia fica bastante preocupada, mas Jean diz que ela não precisa se preocupar, explicando que trata-se de uma das mais antigas técnicas medicinais do mundo, chamada trepanação. Sobre a finalidade da técnica, Jean diz que é feita para “deixar algo sair, ou deixar algo entrar. […] Oxigênio, espíritos malignos…” Jean diz que Lydia precisa descansar, e que ela escuta podcasts antes de dormir. As duas dividem um fone.

Elas se aconchegam e o podcast começa com um alerta de gatilho sobre temática adulta e violência. “Jean?”, Lydia chama baixinho, “Isso vai ser assustador?”, e Jean responde num sussurro: “Um pouco. Mas eu vou te proteger.”


Tradução & Adaptação: Equipe Naomi Scott Brasil

postado por equipe nsbr06.04.2021

Naomi Scott, Olivia Cooke e Bel Powley são as estrelas e as produtoras executivas da série de podcast chamada Soft Voice. A história acompanha uma jovem mulher (Scott) com uma voz em sua cabeça que diz a ela o que fazer, guiando-a para seu sucesso extraordinário. Um dia, a voz desaparece — e uma nova voz assume. A série de 10 episódios foi criada pelo ator James Bloor (Barkskins).

Confira o resumo do terceiro episódio de Soft Voice.

EPISÓDIO 3 – BURIAL GOLDMINE

(ALERTA DE GATILHO – SUICÍDIO)

A batida da música transporta-nos, ouvintes, para uma boate: Burial Goldmine. Dark Voice comenta gostar de Berlim, que é muito divertido. No fundo da floresta de corpos, em meio à fumaça, às respirações, ao suor, aos toques e à dança está Lydia. Seu coração bombeando sangue, os lábios com gosto de whisky, seu corpo arrepiando-se e girando. Lydia estava tendo a melhor noite de sua vida.

Logo escutamos a avó de Lydia muito contente, cantarolando em meio à multidão sobre como ama Berlim. “Vó Night Night! Onde você esteve!?” Exclama Lydia, com alívio por tê-la encontrado.

Dark Voice então nos diz que Lydia e sua avó chegaram ao Burial Goldmine seguindo 3 passos simples. Primeiro passo: Lydia diz que queria ter levado mais coisas do que a roupa de malha e o macacão, e que acha que a cabeça vai congelar porque o cabelo está super curto. “Pare de se lamentar!” repreende a avó, “Estamos em Berlim! Finalmente estamos aqui!” Lydia reclama que o ouvido ainda está com pressão pelo vôo, e a avó sugere que a neta boceje, o que resolve a situação. Lydia recebe uma mensagem do Graham. “Graham é o seu marido?”, questiona a avó, e Lydia diz “Não exatamente. Tipo isso.” Então a avó pergunta se ele é gay e Lydia diz que não. Ela escuta o áudio de Graham, que dizia “Hey, só fazendo um check-in. Eu estou aqui no restaurante de ostras, e eu não tenho nenhum sinal de você, então… Não, espera, ali está você! Ah… Não, é só um cavalheiro desajeitado.”

Lydia preocupa-se, pois deveria estar com ele. “Meu bom Jesus! Ele soa um chato.”, diz sua avó, “Encontre um homem decente, Lydia, pelo amor. A vida é curta. E a parte boa da vida é muito curta. Pare de desperdiçá-la.” Lydia diz sentir sua cabeça girando, então decide que elas precisam ir para o hotel, e então elas poderão acordar e fazer algumas atividades culturais pela manhã. “Não, não, não!” a avó desaprova o plano de Lydia, “Os garotos estarão aqui já já”. Lydia se surpreende e a avó diz “Meus garotos de Berlim.” Lydia questiona se a avó falava sobre os amigos que tinha quando morava na cidade, nos anos 70, mas Night Night diz, prontamente: “Claro que não, estão todos mortos! Garotos novinhos.” A avó diz tê-los conhecido num aplicativo pornográfico, e Lydia se surpreende que ela tenha um celular, e a avó diz “É o século 21”, denotando o quão óbvio deveria ser o fato dela ter um celular.

Então a avó, após contar algumas vantagens do aplicativo, diz que pode abri-lo, mudar a localização para Berlim… E lá estão eles, na esquina. “Fizemos grandes planos para essa noite, Lydia”, informa a sua avó, já chamando a atenção dos rapazes do carro. Dark Voice narra para nós que três gays lindos desceram do carro e abraçaram a avó de Lydia, jogaram glitter sobre ela e sobre a Lydia (que espirrou). “Você deve ser a Lydia,” disse um dos homens “ouvimos falar muito de você.” O homem se apresentou como Saalim. Malco e Yulian se apresentaram logo em seguida. “Vamos,” Saalim chamou “precisamos entrar no carro”, sem se importar com a preocupação de Lydia sobre como caberiam todos ali dentro.

“Segundo passo:” Dark Voice nos conta, “a pílula maravilhosa.” Saalim diz que vai levá-las para uma boate chamada Burial Goldmine, e apesar de Lydia estranhar por estarem no meio da semana, Night Night pede para que eles pisem fundo no pedal. Yulian oferece uma pastilha para a avó e outra para Lydia. Um dos rapazes pergunta se a avó quer beber alguma coisa pra ajudar a engolir, mas a mesma diz ser uma “engolidora profissional de pílulas” por causa das muitas cartelas de remédio que ela toma diariamente no asilo. “Oh meu Deus!” Lydia diz em tom de alarme, “avó Night Night, você tem suas cartelas com você!? Você as trouxe!?” A avó diz que não, e manda a neta calar a boca. Quando Lydia tenta argumentar, Night Night fala para ela tomar a pílula também, colocando-a na boca da mais nova e Lydia engole. “Mas o que vamos fazer!?”, pergunta Lydia, mas não obtém resposta.

O terceiro e último passo foi atravessar os seguranças. Um deles barrou Night Night com a justificativa de ela ser muito velha. Night Night então, irritada, diz quem ela é: Judith C. Gumpfield, que teve muitos apelidos durante a vida. Ela conta que vivia em Berlim antes do segurança ter nascido, quando as pessoas ainda levavam tiros por tentarem atravessar o muro. Ela apresenta uma cicatriz no queixo e explica que foi causada pela polícia. “Se nós não tivéssemos invadido Kreuzberg, o seu governo teria destruído todo o lugar!” Ela ainda diz que Burial Goldmine seria um banco. “Isso significa que você me deve o seu emprego.” diz Night Night, “Agora saia do caminho.” E com isso, a avó atravessou os guardas e entrou na boate, deixando Lydia e os rapazes para trás. “Dark Voice”, chama Lydia, perguntando o que foi a sensação que ela acabara de ter nas pernas. “São golfinhos”, diz Dark Voice, e Lydia exaspera: “Nas minhas canelas!?”, “Yep.” é a resposta de Dark Voice, seguida por um “Aproveite.” Lydia diz estar com medo, e a Dark Voice fala para ela sentir a música, respirar, e relaxar. Relaxar tudo. Lydia começa a gostar da música, mas fala não saber como aproveitá-la. “Pare de tentar”, diz Dark Voice. Lydia diz querer dançar, mas que não pode porque dança mal. “Dançar mal não existe”, retruca a voz.

Lydia procura pela avó, mas não consegue vê-la. Dark Voice garante que ela estará bem, então Lydia começa a curtir as sensações que tinha, e a voz diz “De nada.” Decidida a dançar, Lydia enfiou-se no meio dos corpos, e pela primeira vez na vida Lydia não tinha ideia de como ela poderia parecer para as outras pessoas. Ela sorria, estava eufórica, com muitas sensações boas borbulhando dentro de si. Quando abriu os olhos, Lydia percebeu estar dançando com dois homens. Eles a beijaram. Ao mesmo tempo. Então a levaram para um quarto escuro. Lydia pergunta se os rapazes são gays, se são um casal, e um dos homens diz que eles não são substantivos, mas sim verbos. Lydia diz que acredita ser um adjetivo. “Qual?”, pergunta o homem. “Bonita,” começa Lydia, “oculta. Inocente. Perigosa.” O homem sussurra que não, que ela é um verbo. Porque ela é tocar, beijar, lamber e brincar. E no meio de tanto prazer, uma única palavra veio à mente de Lydia: Graham.

Lydia sai às pressas da boate, e então envia um áudio para o namorado. Ela pede desculpas por ter furado com ele, e diz estar em Berlim. Então ela se pergunta porque ela sempre diz que Graham tem um coração de ouro, qual o significado disso. “Talvez signifique que você tenha um coração de metal”, fala que ele é um peso e que ela sofre por estar com ele, porque dentro dela existe medo e indiferença. “De qualquer forma, eu perdi um sapato.” Ela conta que foi beijada inteiramente por dois outros homens. “E eu sinceramente odeio ostras! Eu nunca provei nada mais nojento do que uma ostra. E eu nunca desejei você. E isso é motivo para comemorar porque eu não sou um adjetivo! Eu sou um verbo! Na verdade, eu sou muitos, muitos verbos!”, ela diz, enviando o áudio com triunfo. Dark Voice comemora, e Lydia agradece por finalmente estar livre, por finalmente poder ser ela mesma. Ela agradece muito, e diz amar a Dark Voice, diz sentir-se incrível. “Você é incrível, Dark Voice! Eu te amo, eu te amo mais do que eu amo a Soft Voice. Dance comigo, Dark Voice!”

Chegamos então na cena de início desse episódio, com a avó cantarolando pela boate. “avó Night Night! Onde você esteve? Eu te perdi!”, diz Lydia, mas a avó responde que não é possível perder alguma coisa, porque o total de toda a energia e matéria é o universo, que mantém-se constante, e que as coisas simplesmente mudam de uma forma para a outra. “Eu estava me divertindo!” ela diz. Lydia fala que a ama muito, e a avó responde: “Eu amo você também, minha querida. E obrigada por isso, Lydia. Isso é um deleite!” Lydia diz que esse é o pontapé de um novo começo, no qual elas podem ser quem elas são, em todos os espectros. Ela diz querer conhecer a avó, querer conhecer tudo sobre a avó. “Não dá tempo, minha querida!” diz a avó, e Lydia rebate dizendo que dá tempo sim. Night Night diz que é o fim, e que na verdade já durou demais. Ela diz que não dá tempo, e que Lydia sempre espera que haverá uma chance no futuro, e ainda assim é aqui que ela está. “Onde?”, pergunta Lydia, sem entender. “Aqui, no fim.” responde a avó.

Lydia pergunta se ela está bem, e Night Night diz que espera que não, completando com “eu não tomei meu remédio do coração nas últimas 20 horas, eu tomei meia garrafa de Glenmorangie, uma pílula magnífica e muitas doses tranquilizantes de cavalo. Estou surpresa que cheguei até aqui.” Só então Lydia entende que sua avó arquitetou isso, e que sabia que morreria ali. A avó diz que recomenda que isso não seja feito quando jovem: “Muito tempo diante de você, há muito a perder”, mas quando se está com 89 anos é uma época ótima para morrer. Lydia se desespera, diz que estão só no começo, que precisa levá-la para um hospital, mas a avó esbraveja que ela não ouse. “Você me deu um presente maior do que qualquer outro que eu poderia receber ao me trazer aqui,” diz Night Night, “Eu não poderia desejar um final melhor.” A avó pede para que Lydia dance com ela, e a Dark Voice fala para ela girá-la. Lydia decide contar à Night Night sobre as vozes em sua cabeça, ela diz que tem algo de errado com ela. “O que há de errado com você, minha querida?”, pergunta a avó, retoricamente. Mas antes que Night Night pudesse contar a Lydia o que há de errado com ela, os efeitos da noite vêm à tona, e a avó morre bem ali. Lydia gritou por ajuda mas ninguém ajudou. Os amigos da Night Night recolheram o corpinho dela e a levaram para fora, enquanto que Lydia tentava segui-los aos berros. Colocaram o corpo no porta-malas. Lydia implora para que Saalim, Malco e Yulian parassem, um deles diz que sente muito mas que um dia ela entenderá, e Lydia é deixada para trás com suas súplicas de que não a abandonassem sendo ignoradas.

Não importava o que a Dark Voice dissesse, Lydia não conversou com ela pelas próximas seis horas. Com um único sapato, Lydia pegou um Uber para o aeroporto, comprou sua passagem para Londres. Na sala de embarque, Lydia olhava para o vazio. Todas as sensações boas que ela sentira nessa noite estavam sendo drenadas dela, então decidiu checar o telefone, encontrando 5 mensagens de voz: Ethan, dos Samaritanos; Antonella, a professora de italiano; Trevor avisando que se ela não ligasse para ele nos próximos 5 minutos ela estaria demitida; Trevor avisando que ela estava demitida; Sônia, do asilo. Lydia deletou a maioria das mensagens antes que elas chegassem ao fim. Então ela recebe um áudio de Graham. Graham conta estar chateado com a mensagem dela, e também conta ter tomado a difícil decisão de não conseguir mais estar com ela. Antes de terminar o áudio, Graham ainda diz que está fazendo o check-out. A Dark Voice perguntou à Lydia se ela estava bem, mas a mesma não disse nada. Lydia não falou nada durante todo o voo.

Chegando em Londres, as pessoas encaravam Lydia porque ela estava fedendo, o cabelo parecia um ninho e ela usava só um sapato, mas ela não se importava. Finalmente ela quebrou o silêncio: “Você a matou.”, disse para a Dark Voice, “É tudo sua culpa”. A Dark Voice responde que ninguém tem culpa de nada, mas Lydia rebate que tem culpa sim, e é a Dark Voice a culpada, pois ela disse que era para levar a Night Night para Berlim. “Que foi o que você queria”, explicou Dark Voice, e Lydia explodiu: “Você deu a ideia!”, então a Dark Voice pergunta quem falou que Lydia deveria dar ouvidos a ela. Lydia continua a culpar a voz, e então sente a culpa sobre si, dizendo “Eu a matei. Nós a matamos.” Dark Voice argumenta que a decisão foi toda da avó. “Eu me sinto doente,” diz Lydia, “Eu me sinto muito, muito doente, e estou faminta. Você é maluca.”

Ela também diz que precisa comer, e que precisa comer Manjar Turco. Na hora de comprar, a máquina de ensacamento dá erro e Lydia tenta parar de chorar, mas a máquina dá erro outra vez. Finalmente ela permite passar e pede para selecionar a forma de pagamento. Sem nenhum dinheiro consigo, Lydia tenta seu cartão de crédito, mas a transação é negada. “Negada!? Como isso é possível!?”, Lydia exaspera, e a Dark Voice diz que pode ser porque ela gastou todo o dinheiro que tinha. E Lydia, muito irritada, fala para a Dark Voice não falar com ela. A voz pede para que ela se acalmasse, mas Lydia se enfurece ainda mais: “Não ouse pedir para eu me acalmar! Você destruiu tudo! Você me fez perder tudo. Você perdeu todo o meu dinheiro, que eu trabalhei tanto e economizei com tanta diligência. Você perdeu a minha avó, me fez ser demitida pelo Trevor, você me fez ser descartada pelo Graham. Os Samaritanos me odeiam.”

Ela pergunta como vai ser a zombaria que ela virá a ouvir, “O que eu vou falar para o asilo? O que eu vou falar para a minha mãe!?”. Dark Voice tenta chamá-la, mas Lydia está farta, dizendo “Não ouse dizer meu nome. Tudo era perfeito antes de você chegar. Eu estava num lugar muito bom, eu estava me dando muito bem, e agora você destruiu tudo. Sua idiota! Sua estúpida! Sua idiota estúpida! Você é desgraça, você é egoísta, uma egoísta idiota! Você é doente! Eu te odeio! Eu te odeio.” Enquanto Lydia chora, Dark Voice nos conta que não soube o que dizer, então preferiu ficar quieta. Lydia, sozinha, caiu de joelhos no chão em um pranto desolador. Lydia nunca tinha chorado tão alto, e doía fisicamente, mas o choro fez Lydia sentir-se muito bem, pois era um grande alívio.

Uma assistente de compras se aproximou de Lydia, e, olhando para ela, falou com uma voz muito familiar: “Olá. Posso te ajudar?” O coração de Lydia parou, e ela perguntou: “Soft Voice? É você?”


Tradução & Adaptação: Equipe Naomi Scott Brasil

postado por equipe nsbr26.03.2021

Naomi Scott, Olivia Cooke e Bel Powley são as estrelas e as produtoras executivas da série de podcast chamada Soft Voice. A história acompanha uma jovem mulher (Scott) com uma voz em sua cabeça que diz a ela o que fazer, guiando-a para seu sucesso extraordinário. Um dia, a voz desaparece — e uma nova voz assume. A série de 10 episódios foi criada pelo ator James Bloor (Barkskins).

Confira o resumo do segundo episódio de Soft Voice.

EPISÓDIO 2 – WANT

A Dark Voice começa dizendo: “Não há como negar, a Soft Voice fez um excelente trabalho aqui.” Conta que tudo está limpo, no lugar certo, “Eu estive me acomodando.” Ela conta ter assistido Lydia voltar do canal e chorar até dormir. “Agora são 6h30 da manhã, acredito que eu deva me apresentar.” Lydia acorda com uma forte ressaca da noite anterior, e no banheiro ela chama novamente pela Soft Voice, perguntando “Soft Voice, por que você me abandonou?” Sem a Soft Voice, Lydia tenta seguir sua estrita rotina: ela deve ir trabalhar. Mas os comandos que Soft Voice sempre lhe dava agora se encontram confusos enquanto ela tenta dizer a si mesma o que deve ser feito. “Talvez eu precise de um iogurte correto?” e também a escolha do sabor torna-se confusa. E é aí que a Dark Voice diz “Olá, Lydia.”

Com o susto de Lydia, Dark Voice comenta “esse é provavelmente o barulho mais alto que você já fez em 20 anos.” Lydia, apavorada, pergunta como ela invadiu o seu apartamento, e a Dark Voice esclarece não estar no apartamento dela, mas sim em sua cabeça. “Soft Voice?”, a Lydia pergunta, mas logo a Dark Voice explica: “sua cabeça estava vaga, então eu entrei. Espero que não se importe.” Incrédula, Lydia pergunta se ela se tratava de uma alucinação, mas a resposta é “Eu sou a Dark Voice”. “Onde está a Soft Voice?”, Lydia pergunta. “Não sei” é a resposta imediata. Com o desespero e a ressaca, Lydia volta a sentir-se mal e agora a Dark Voice assume um tom um pouco mais gentil ao dizer que está tudo bem, entretanto, “iogurte não vai resolver seus problemas.”

Checando as horas, Lydia percebe estar atrasada. Ela então lista tudo o que deveria ter feito até agora, e enquanto lista tudo o que deveria fazer em breve a Dark Voice a interrompe: “Você quer?”

A pergunta nunca antes feita para Lydia torna-se de difícil compreensão para ela, que justifica suas decisões com o verbo ‘dever’ e não ‘querer’. E a Dark Voice insiste, perguntando por fim: “O que você quer fazer?” Lydia responde que quer fazer o que for correto, e a Dark Voice pergunta como ela sabe o que é correto. “A Soft Voice me diz”, responde Lydia, e a Dark Voice a recorda de que a Soft Voice não está aqui. “Então o que você quer?” Lydia pergunta se a Dark Voice sabe a resposta, e a Dark Voice diz que não, perguntando em seguida como ela se sente, pedindo então que ela segurasse a própria mão e deitasse no chão. “Relaxe”. Lydia suspira, dizendo sentir-se muito bem, e podemos escutar a Dark Voice dizendo para ela aproveitar.

Quando Lydia se dá conta, ela está num salão de beleza, onde a cabeleireira diz que ela adormecera ali, e que chegara há uma hora, comentando sobre a nova cor de seu cabelo. “Ele está…” começa Lydia, e a Dark Voice completa: “incrível”. “Incrível”, concorda Lydia. O cabelo dela estava da cor rosa. Ou melhor: coral. E chega o momento de cortar, com a cabeleireira oferecendo mais um champagne já que, segundo ela, Lydia já tomara três, e ela aceita. Lydia hesita sobre o corte, dizendo ter mudado de ideia, mas a cabeleireira diz “não, Lydia, lembra do que você disse quando entrou aqui?” incerta, Lydia pergunta o que foi que ela disse, e a cabeleireira responde: “você disse para não dar ouvidos a você se você mudasse de ideia.”

O champagne é entregue, e a cabeleireira começa a cortar seu cabelo quando encontra uma mecha mais curta que as outras. “Você tentou cortar sozinha?” e Lydia, vagamente, acredita ter tentado mas sem ao certo se lembrar do porquê. A cabeleireira também a recorda dos ‘grandes planos’ que ela contou mais cedo: pedir demissão, largar o Graham, e caminhar na Costa Rica para ver as jaguatiricas. Ela também conta que Lydia mostrou os áudios do Graham, parafraseando-a com “Eu não me importo se eu investi três anos nesse relacionamento tedioso, mas eu vou pular fora porque o Graham é estúpido.”

Lydia até tenta dizer que o namorado tem um coração de ouro, como se referiu a ele no primeiro episódio, mas é calada por um secador de cabelo. Quando questionada sobre o que fará depois de Costa Rica, a Dark Voice diz e Lydia repete quase simultaneamente um tour completo na América do Sul. E que tiraria o dia de folga, mas ela acaba se embananando com as palavras e pede perdão pela confusão. “Lyds,” Dark Voice chama, “pare de pedir desculpas”. Terminado o corte, a cabeleireira diz que ela estava incrível, e então somos transportados para uma conversa mais íntima com a Dark Voice.

Dark Voice nos explica que, normalmente, quando Lydia era elogiada, os elogios eram categorizados em ‘mentiras educadas’, e que o armazenamento de mentiras educadas estava transbordando, ocupando um quarto inteiro na cabeça de Lydia. “Você está tão bem”, “Lydia, você é tão divertida!” e “Lydia, você é uma pessoa tão gentil” são alguns dos exemplos que a Soft Voice colocou nesse quarto de mentiras educadas durante todos esses anos. Porém a Dark Voice decidiu não categorizar esse elogio com as mentiras educadas, e sim como verdade. “Você está incrível” foi o que a cabeleireira disse, e Lydia acreditou nisso. “Hora de ir às compras”, diz Dark Voice.

Outro lapso. Lydia agora se encontra num vestiário, com uma roupa nova que a Dark Voice quer saber o que ela acha, mas no momento Lydia está mais preocupada sobre não ter pagado a cabeleireira. “Sim, você pagou. Em dinheiro.” diz Dark Voice. Lydia pergunta quanto custou e a Dark Voice responde: “segredo.” Voltando a atenção para a roupa escolhida pela Dark Voice, Lydia não consegue ser clara em dizer se gosta ou não. “Ok, Lydia, vamos jogar um jogo: eu te mostro uma roupa e você tem que dizer ‘sim’ ou ‘não’. Sem ‘talvez’ ou ‘possivelmente’, só ‘sim’ ou ‘não’ direto.” No início, Lydia ainda tem dificuldades em dizer ‘não’, mas a Dark Voice exige mais assertividade e ainda diz que ela não deveria dizer ‘sim’ por medo de ferir os sentimentos da Dark Voice. Conforme o jogo vai caminhando, Lydia vai respondendo ‘sim’ ou ‘não’ com mais firmeza, e conhece uma nova sensação: convicção.

O chefe de Lydia, Trevor, liga para ela, e quando ela pergunta o que fazer a Dark Voice logo se esquiva com um “não pergunte pra mim”. Ela precisa atender, então Trevor pergunta onde raios ela está, que os clientes estavam esperando por ela. Lydia conta estar tendo um dia maravilhoso e o Trevor diz esperar que ela lembrasse da conversa do dia anterior, que o escritório dependia dela. Ele também a chama de egoísta e manda que ela vá trabalhar, tratando-a rudemente, chamando-a de desagradável, de lesma.

Calmamente, a Dark Voice pergunta o que Lydia fará com essas palavras do Trevor e ela diz que vai afastá-las. E que vai colocá-las no quarto da verdade. “E por que você vai colocá-las na verdade?”, pergunta a Dark Voice, e a resposta é que as palavras de Trevor são similares às outras palavras do quarto da verdade. A Dark Voice abre a porta do quarto da verdade e escutamos coisas como “trabalhadora”, “esperta”, “feia”, “perfeita”, “uma enorme frustração”, “melhor agente estatal do mundo”.

A Dark Voice sugere que ela colocasse as palavras de Trevor no quarto dos absurdos, e então escutamos um pouco do que está no quarto dos absurdos: “Todo mundo é perfeito do seu próprio jeito”, “Eu tenho permissão para curtir a mim mesmo”, “Nós sempre amaremos você, do jeitinho que você é”. Dark Voice tem então uma ideia melhor: colocar tudo o que o Trevor já falou no quartinho dos absurdos. Lydia reluta, dizendo que o quarto dos absurdos não deveria ser o lugar das palavras de Trevor, mas a Dark Voice pede para que ela deixasse isso por conta dela. “Agora, lembre-se disso: você está incrível. Vamos voltar às compras.”

Lydia realmente está gostando de fazer compras, mas preocupa-se quanto ao dinheiro. “Não sei se consigo arcar com isso, Dark Voice. Não está no meu plano de despesas mensal.” Dark Voice argumenta que ela está sendo generosa consigo mesma e Lydia diz que isso é muito legal, mas que ela não acha que esteja merecendo. “Merecer”, diz Dark Voice, “não existe.” Lydia então se interessa por mais coisas a comprar: luvas, um chapéu, batom amarelo. E com as compras feitas, Dark Voice diz que Lydia está pronta. “Pronta pra quê?”, pergunta Lydia, e a Dark Voice responde: “Para seduzir um barista”.

Elas chegam na cafeteria e a Lydia conta que o lugar é muito popular por fazer ótimos cafés e pelos baristas serem muito atraentes. Dark Voice pergunta em qual deles Lydia está interessada e ela indica o seu barista favorito em toda a Londres. Lydia diz gostar das sobrancelhas dele, do pescoço, do sorriso, das tatuagens, e da camiseta enorme que ele usa, e o piercing dourado que ele usa no nariz que não é notado se você não chegar perto, e que ele é alto, e muitas expressões faciais… e ela gosta que ele parece não se importar muito com nada. Então Lydia vai até o rapaz. Dark Voice vai conduzindo-a, mas logo Lydia pega o jeito. “Cuidado,” diz o barista, atenciosamente “está muito quente”, e Lydia responde com um duplo sentido de “eu gosto de ‘muito quente’”.

Lydia consegue fisgar o barista e se despede, com uma Dark Voice muito contente que diz que ela foi muito bem para um primeiro flerte. Fora da cafeteria ela recebe uma mensagem de voz de seu namorado, Graham, que diz ter reservado uma mesa num restaurante de ostras para comemorarem o aniversário de namoro essa noite. Mas Lydia odeia ostras. A Dark Voice comenta ironicamente sobre ela odiar ostras e o Graham a estar levando para comer ostras, mas Lydia o defende ao dizer que foi lá que eles tiveram o primeiro beijo. Ao ser questionada sobre como foi o beijo, Lydia diz que foi pior do que as ostras, e a Dark Voice decide relembrar esse momento.

Visitamos a memória de Lydia, e chegamos a um Graham monótono explicando a diferença entre homicídio culposo e homicídio doloso. Ele diz ter tido uma tarde muito adorável e pergunta se ela se importaria se ele a beijasse. Lydia dá o consentimento e eles se beijam, constrangedoramente, de forma que Lydia pede para que a Dark Voice parasse com aquilo. “Isso foi tão bom”, disse Graham após beijá-la, “você beija excepcionalmente bem”. Dark Voice comenta sobre Graham ter bafo, e a Lydia diz que aprendeu a respirar somente com a boca quando está com ele.

De repente, escutamos Lydia caminhando. Ela pergunta para onde estão indo e a Dark Voice diz não saber, que é a Lydia quem está no comando. Elas passam pela rua do asilo da avó de Lydia, e ela comenta ter o desejo de conhecê-la como pessoa. Então elas vão visitá-la. Entretanto a moça da portaria diz que não é horário de visitas, pedindo que Lydia voltasse no dia seguinte. Dark Voice pede então que Lydia a suborne com o dinheiro que só agora Lydia percebeu ter no bolso. Ela assim o faz e consegue entrar, indo até o quarto de sua avó. Ela se introduz à avó, dizendo ser a Lydia, e a avó responde saber que era ela, “Eu não sou cega”.

A avó não pareceu se importar com a mudança no visual de Lydia, mas quando a neta apontou estar com o cabelo rosa, a avó diz que parece mais com coral. Lydia pergunta à avó o que ela estava fazendo, e a avó conta que estava sentada pensando nos bons e velhos tempos em Berlim entre 1968 a 1973. “Eu nunca me senti tão viva”, diz sua vó. Ela também expressa o desejo de voltar para lá, de sair da prisão que é o asilo. A avó dela mostra-se uma pessoa muito travessa e também muito ativa. Dark Voice, gostando da avó de Lydia, sugere que Lydia a leve em uma viagem para Berlim. Trevor liga, já está na hora de seu jantar com Graham, mas a Dark Voice fala para a Lydia que essa é uma oportunidade única, que só se vive uma vez e que deve ser divertido. “É seguro?”, pergunta Lydia. “Segurança”, diz Dark Voice “não existe.”

Lydia concorda, chama a avó para ir para Berlim. Na portaria ela suborna outra vez a moça da portaria, que reluta bastante em deixá-las saírem. Logo elas entram no Uber e Lydia paga a passagem para Berlim. “Dark Voice?”, Lydia chama “Todo o dinheiro que eu tenho gastado hoje. De onde ele veio?” e a Dark Voice responde, “Da sua poupança!”, e então a gargalhada da Dark Voice é a última coisa que escutamos antes do episódio acabar.


Tradução & Adaptação: Equipe Naomi Scott Brasil

postado por equipe nsbr17.03.2021

Naomi Scott, Olivia Cooke e Bel Powley são as estrelas e as produtoras executivas da série de podcast chamada Soft Voice. A história acompanha uma jovem mulher (Scott) com uma voz em sua cabeça que diz a ela o que fazer, guiando-a para seu sucesso extraordinário. Um dia, a voz desaparece — e uma nova voz assume. A série de 10 episódios foi criada pelo ator James Bloor (Barkskins).

Confira o resumo do primeiro episódio de Soft Voice.

SOFT VOICE – EPISÓDIO 1

O episódio começa com o anúncio da narradora: “um dia, a Soft Voice sumiu.” Sem nenhuma despedida. Só sumiu, enquanto Lydia, a agente estatal de 25 anos, estava em seu intervalo de almoço. Todos os dias a Soft Voice diria à Lydia qual iogurte lhe traria mais sucesso.

Lydia surpreendia a todos, inclusive ao seu chefe, Trevor, que lia os números e feitos dos agentes mensalmente: e os de Lydia eram extraordinários. A Soft Voice sempre fez Lydia vencer. E vencer era fantástico. Como vencia todas as semanas, recebeu muitas comissões, e no ano anterior ela comprou seu próprio apartamento de um quarto, na Curtain Road, com uma banheira jacuzzi. Mas não era só no emprego que a Soft Voice garantia a vitória de Lydia, e sim em todos os lugares.

Yoga. Cuidar de plantas. Badmington. Ao acordar.

Soft Voice estava lá.

No trabalho voluntário. Na hora de aprender italiano. Tocar um instrumento. “Ela tenta, ela consegue”, é o que a Soft Voice sempre dizia.

Soft Voice também controlava cuidadosamente com quem Lydia iria namorar. Como Lydia acha baristas muito atraentes, a Soft Voice tinha que ser firme sempre que Lydia buscasse um café. Um namorado para Lydia que não fosse nem interessante, nem atraente, para que não a distraísse: Graham. Um advogado que só se comunica por áudios no WhatsApp.

A Soft Voice treinou Lydia através dos anos com a técnica de postergar a recompensa.

“Pode ir a festas quando tiver seu diploma”, “pode fazer compras quando tiver economizado o suficiente para o seu apartamento”, “pode descansar quando terminar tudo”.

A técnica também foi utilizada para a maratona, que está se aproximando, em que a Soft Voice falou para que Lydia comprasse um coelhinho de chocolate, colocando-a sob as condições: “Se você terminar a maratona em menos de 2h22minutos, você pode comer o coelhinho inteiro. Se você terminar a maratona depois desse tempo, terá que jogar o coelho fora”.

A narradora também conta que a Soft Voice conversou com a Lydia pela primeira vez no seu aniversário de quatro anos, enquanto ela alimentava os cachorrinhos.

Soft Voice transformou Lydia numa máquina bem calibrada, aperfeiçoando tudo em sua rotina.

E aos sábados, Soft Voice sempre dizia, que Lydia deveria ir visitar a avó. Sobre a avó, Lydia se sente de duas maneiras: culpada, por ser uma péssima neta, mas incapaz de pedir perdão por sentir medo da morte que se aproxima de sua avó. Ao visitá-la, sua avó não parece lembrar-se de quem Lydia é, mas logo diz ser brincadeira e que pessoas com menos de 80 anos não têm mais senso de humor. E Soft Voice pede que Lydia entregue a garrafa de whisky que trouxe para a avó, pois sabia tirar vantagem para Lydia de qualquer situação. Inclusive diante de um homem difícil que veio revisar o apartamento.

Existem proibições que a Soft Voice colocou: sem rádio, sem meditação guiada e sem podcasts. E a regra de ouro era “se você não sabe a resposta, pergunte para mim”. E Lydia seguia tudo disciplinadamente. Soft Voice sempre disse tudo a Lydia, sempre esteve lá. Mas agora, Lydia se encontrava sozinha, com o estranho som do silêncio. Passados 20 minutos ela chamou a Soft Voice bem baixinho, mas não obteve resposta. Lydia tentou fazer uma pergunta importante para a Soft Voice: “Soft Voice, por que eu preciso comer iogurte? Iogurte não é feito de leite, tirado de vaquinhas bebês que foram mortas?” e sempre que Lydia falava sobre pobres bezerrinhos sendo mortos para fazer iogurte, a Soft Voice dizia “cale a boca e tome o seu iogurte correto ou você vai cometer um erro e será despedida”. Então Lydia pegou o iogurte menos apropriado, de mousse, e mesmo assim a Soft Voice não apareceu. Lydia fugiu da loja, e a Soft Voice não retornou pelo resto da tarde.

As coisas começaram a sair dos trilhos. Ela foi ao Badmington naquela tarde, mas ela errou tudo e acertou acidentalmente sua colega.

Ao chegar em casa ela tentou se acalmar com yoga, mas acabou com um nariz sangrando. Tentou praticar música, italiano. Fez de tudo e nada da Soft Voice. O telefone fixo tocou e era o homem da revisão do apartamento. Sem Soft Voice, ela perde a oferta.

No fim de semana ela não visitou sua avó. Ela não foi para o trabalho voluntário. Ela ignorou os áudios de Graham. Soft Voice não estava lá para dizer “ela tenta, ela consegue”. Lydia pegou o coelhinho de chocolate na cozinha, faltando uma semana para a maratona, e implorou que a Soft Voice dissesse algo, comendo o coelho de Páscoa.

Lydia conseguiu um total de zero vendas no trabalho. Isso nunca tinha acontecido. Então um de seus colegas a chamou para um happy hour. E sem a Soft Voice, ela aceitou. Ollie, Samira e Georgie estavam lá também. Nunca tendo bebido antes, Lydia pede por um copo de leite, mas logo os colegas do trabalho a oferecem álcool e ela começa a beber. Durante a bebedeira os amigos se divertem, conhecendo um pouco mais de Lydia, e eles até falam sobre viajar juntos para Cuba.

Temos então Lydia procurando pela Soft Voice, vagando pelas ruas e chorando. Em pânico, sentindo-se culpada e com medo da morte, Lydia chama pela Soft Voice, pedindo desesperadamente para ela voltar. “Eu não sei o que fazer, eu não tenho as respostas para nada”, diz Lydia.

Lydia estava perdida sem a Soft Voice, porque a Soft Voice sabia de tudo. “Quão boa a vida de Lydia tinha sido com a Soft Voice”, diz a narradora, “mas agora, eu entrei. Meu nome é Dark Voice”.


Tradução & Adaptação: Equipe Naomi Scott Brasil