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postado por equipe nsbr12.05.2021

Naomi Scott, Olivia Cooke e Bel Powley são as estrelas e as produtoras executivas da série de podcast chamada Soft Voice. A história acompanha uma jovem mulher (Scott) com uma voz em sua cabeça que diz a ela o que fazer, guiando-a para seu sucesso extraordinário. Um dia, a voz desaparece — e uma nova voz assume. A série de 10 episódios foi criada pelo ator James Bloor (Barkskins).

Confira o resumo do sexto episódio de Soft Voice.

EPISÓDIO QUATRO – THAT’S HOW THE LIGHT GETS IN

ALERTA DE GATILHO – VIOLÊNCIA

Depois que o podcast terminou, Lydia e Jean entraram em um sono profundo. 4h47 da manhã, Jean começou a acordar, então tocou gentilmente o rosto de Lydia e disse “Olá Lydia”. “Olá, Soft Voice”, Lydia respondeu, sonolenta. Jean pergunta se ela tem uma voz suave e Lydia diz que sim. “Eu preciso ir trabalhar”, diz Jean já se levantando. Lydia pede para ela não ir, para que ficasse com ela, e então pergunta “Você quer ir? Porque você não precisa ir se não quiser, sabe.” Jean então fala para Lydia ficar e voltar a dormir, e para que quando ela acordasse ela se sentisse em casa, e que a veria mais tarde. “Okay. Tenha um bom dia. Até mais tarde”, diz Lydia, deixando-a ir.

Assim que Jean saiu, Lydia voltou a dormir, e começou a sonhar. E é quando ouvimos a voz da vó Night-Night dizendo que ela estava incrível. Lydia e vó Night Night repetem diversas falas ditas por outros personagens durante a série, mas criam um novo diálogo. Lydia diz tê-la perdido, e vó Night Night fala que essa era a diferença entre homicídio culposo e doloso. A neta diz precisar ligar para a Jean. “Você é lésbica?”, pergunta a avó, dizendo “Eu nunca imaginaria”, e Lydia responde “Sim!”, e após uma pausa diz “Não…” Night Night diz que o ‘toca aqui’ é uma palma entre duas pessoas, e uma antiga técnica medicinal. Então o sonho começa a se tornar um pesadelo quando a avó diz que tem as gravações de Lydia a raptando, e diz também nunca mais querer ver o rosto de Lydia novamente.

Lydia acorda assustada, dizendo a si mesma que tudo não passou de um sonho. Ela vai buscar água, e então ela vê que Jean deixou um recado para ela. Lydia apresenta certa dificuldade ao ler o bilhete, que dizia para que ela ficasse à vontade, e que deixou croissants e geleia para ela. “Lydia, você acabou de enfiar seu dedo na geleia da Jean?”, pergunta Dark Voice. “Ela não vai se importar”, responde Lydia. Lydia volta para o quarto de Jean, e pergunta quantos poemas teriam ali. “Não sei”, responde Dark Voice, “cem?” Lydia pega um e lê para a Dark Voice. O poema falava sobre materiais de papelaria, mas também sobre como Jean achava que coisas durariam a vida inteira e seriam parte dela, como super bonder seca nos dedos, mas que no dia seguinte essas coisas já não estavam mais lá.

“Que mordaz”, comentou Dark Voice, mas Lydia diz que parece ter sido escrito por uma criança, além de que tinham muitas palavras escritas erradas. “Por que você acha que todos os poemas estão escritos em caneta vermelha?” Lydia encontra outro poema na mesa de canto, e supõe ser novo. Esse poema é uma declaração de amor. E é então que Dark Voice tem uma ideia.

“Sabe o que, Lydia… Você estava certa”, diz Dark Voice, “Certa sobre a Jean estar com a Soft Voice. Certa sobre a Soft Voice estar dentro da Jean.” Lydia estranha a mudança de postura da voz, mas Dark Voice diz ser exatamente como Lydia supôs: a Soft Voice estava presa dentro da cabeça da Jean. Lydia conclui que a Soft Voice está presa porque a Jean não tem um buraco na cabeça, então não dá para a voz sair. Mas então Lydia pergunta como a Soft Voice teria entrado na cabeça de Jean. Lydia fica com um pé atrás sobre como Soft Voice teria, então, entrado na cabeça de Jean e Dark Voice argumenta que a Soft Voice é muito diligente. Quando Lydia pensa sobre a voz de Jean, e sobre não fazer sentido ela falar com a voz da Soft Voice, mas a Dark Voice fala que Lydia está se preocupando demais com os detalhes. Dark Voice também diz que a Soft Voice não só está presa dentro da cabeça de Jean, como está desesperada por encontrar a Lydia novamente e voltar para dentro de sua cabeça. Quando Lydia pergunta como ela conseguiria trazer a Soft Voice de volta, a Dark Voice diz para Lydia abrir um buraco na cabeça de Jean, e então conectar o seu buraco ao de Jean. “E o que acontece com você?”, pergunta Lydia, e a Dark Voice responde que será despejada.

Na rua, Lydia discute com Dark Voice sobre como ela poderia ter dito algo tão horrível e cruel. Lydia diz que a Jean é tudo o que ela precisa. “Eu nunca a machucaria”, diz Lydia, “nunca”. Dark Voice responde: “bom, se você diz…” Então Lydia reconhece Graham parado na porta do seu prédio, pressionando a campainha. Lydia se aproxima dele, pegando-o de surpresa. Ele diz estar devolvendo algumas coisas dela, e pede perdão pois está levando um tempo para ele se adaptar a não mais tê-la com ele. Ele pergunta como Lydia está e ela diz que está bem, então ela pergunta como Graham está e ele vacila ao dizer ‘ok’. “Olha, Lydia, ele está despedaçado”, diz Dark Voice, e é quando Graham fala, com a voz embargada que na verdade não está bem. Ele diz sentir saudades dela. “Então você tem sentimentos, no fim das contas?”, diz Lydia, e Graham pergunta o que foi que ela falou. Lydia diz: “Desculpa, eu falei em voz alta! Eu pretendia dizer só na minha cabeça. Graham, é meio estranho te ver, especialmente depois de voltar do…” Graham pergunta de onde ela estava voltando, e pergunta se era de um novo amante. Lydia diz que sim. “Brutal”, diz Dark Voice.

Graham diz que queria vê-la, e pede desculpas pelas outras e por muitas outras coisas. Então ele deseja tudo de melhor para ela e eles se despedem, mas antes de ir embora ele diz: “Se você precisar de um advogado em algum momento, eu sou o seu cara”. Lydia agradece e entra em casa, indo para a banheira relaxar. Ela pensou em tudo o que perdeu desde que a Soft Voice foi embora. Ela teria seu emprego de volta? Ou sua avó? Ou seu dinheiro? Ela não sabia, mas tinha certeza que Jean saberia. Se pelo menos Lydia pudesse ficar mais próxima de Jean, pois a proximidade da noite anterior não era o bastante. Se Lydia pudesse entrar em Jean… ou se Jean pudesse entrar em Lydia, para que elas se tornassem uma. Lydia tocou o topo da cabeça, sentindo o buraquinho.

Às quatro da tarde, Lydia recebeu um áudio de Jean dizendo que vai voltar para casa mais cedo por estar com dor de cabeça, e Lydia a chama para ir ao seu apartamento para que pudesse cuidar dela.

Jean chega e Lydia a recebe, perguntando sobre a dor. Jean diz estar melhor, mas que a dor fica indo e voltando. “Eu devo tirar meus sapatos?”, pergunta Jean. Lydia diz que se ela quiser, sim. “Você quer?”, pergunta Jean. “Eu quero o que você quiser”, diz Lydia. Jean diz que quer tirá-los então os tira. Elas conversam um pouco sobre o trabalho de Jean, e Lydia acaba contando ter lido alguns poemas de Jean pela manhã, e que adorou eles, pois os achou muito “mordazes”. Jean diz que ela é muito gentil e Lydia começa uma tour pelo apartamento. Entretanto, Lydia é uma corretora de imóveis, então é assim que ela apresenta a sua própria casa. Jean fica curiosa sobre o tapete de yoga, e sobre o livro de 501 verbos em italiano.

“Você sabe todos eles?”, pergunta Jean, e Lydia responde saber por volta de 440. Jean encontra o instrumento de Lydia e pergunta se ela pode tocá-lo, mas Lydia se esquiva ao dizer estar fora de prática, voltando à tour. “Você joga tênis!?”, pergunta Jean, e Lydia explica ser badminton. Jean brinca com a raquete e acaba acertando o móvel. Ela pede desculpas. Aí encontra uma medalha, que deixa Lydia desconfortável. “Uma medalha de ouro!”, exclama Jean, mas Lydia logo a corrige, dizendo ser uma medalha de bronze. Jean lê que é de uma maratona, e Lydia diz que foi meia maratona, há muito tempo, e que o ritmo dela tem aumentado muito desde aquela época. Jean diz que a medalha não deveria ficar escondida e sim à mostra para todos. “Você não se orgulha dessa conquista?”, pergunta Jean. “Não, definitivamente não. Eu nem sabia que ainda guardava isso.”, diz Lydia. Então Lydia diz para Jean deixá-la sozinha por um instante, e que se sentisse em casa. Lydia e Dark Voice começam a conversar sobre aquela medalha, como era vergonhoso tê-la, e como a Soft Voice jamais se orgulharia de uma medalha de bronze. “Bronze é o segundo melhor perdedor”. O fato de Soft Voice estar presa dentro da cabeça de alguém como a Jean deve ser torturante. “Se eu fosse a Soft Voice”, diz Dark Voice, “eu estaria louca para sair”.

Quando Lydia volta a se encontrar com Jean, Jean estava mexendo em seu guarda-roupa. “Esse é um vestido tão lindo”, e Lydia diz que é o seu vestido de funeral. “Esse? Mas ele é preto!”, diz Jean, e Lydia diz que preto é o que se utiliza em funerais. “Eu nunca usei preto em um funeral, eu sempre visto roupas coloridas”, diz Jean. Lydia então a conduz para o banheiro e Jean se encanta com a banheira. “É uma jacuzzi”, Lydia corrige. Jean diz que nunca tomou um banho de banheira, então fala que o espelho é adorável. “A gente não fica bem juntas? Uma perto da outra?”, e é aí que Jean descobre que o espelho tem um compartimento dentro. Jean encontra a furadeira, e diz que deve ter sido a furadeira que Lydia utilizou para a trepanação. “Tem sangue na ponta, olha!”, mostra Jean, e Lydia pergunta como ela sabe que é sangue, mas a dor de cabeça de Jean piora bastante. Jean diz que a dor é uma pressão que vem, como se algo estivesse empurrando por dentro, e só então responde conhecer sangue, pois escreve seus poemas com seu próprio sangue. Lydia pergunta o porquê dela fazer isso. “Faz com que eu escolha minhas palavras cuidadosamente”, diz Jean, “cada palavra é muito preciosa”. Lydia pergunta então se ela tem que escolher a palavra correta, mas Jean diz que não: “Só a mais significativa”.

Lydia chama Jean de volta para a sala de estar e pergunta qual a diferença entre “significativa” e “correta”. Jean diz que muitas coisas têm significado para Lydia. A yoga, o italiano, o badminton… “As pessoas também têm significado. Como a sua avó!”, diz Jean, e Lydia fala “E como você.” Jean pergunta o porquê dela ter algum significado para Lydia, que responde que Jean parece saber de alguma coisa, então Lydia diz que talvez deva trabalhar na mesma loja que Jean. Jean diz gostar muito de seu trabalho, e de boliche, e de podcasts criminais, e pergunta sobre o antigo emprego de Lydia. Lydia diz que era uma corretora, e Jean pergunta se aquilo tinha algum significado para ela. Lydia diz que era, pois ela era muito boa. “Eu estava querendo que você me ajudasse a conseguí-lo de volta”, diz Lydia. Jean fala que vai dar o seu melhor e Lydia decide ligar para o antigo chefe naquele instante, e que Jean a dissesse o que falar.

A conversa com Trevor não vai bem e ele pede para ela não ligar para aquele número outra vez, e diz que ele mesmo espalhou para todas as agências que a Lydia era uma lesma nada profissional. Ele desliga, e Dark Voice gargalha dentro da cabeça de Lydia. Jean pergunta se ela foi demitida, mas as gargalhadas aumentam e Lydia grita que não tem graça. “Eu não estava rindo”, diz Jean. “É claro que não estava”, diz Lydia, tentando se controlar. Então chama a convidada para jogar um jogo de formar palavras. Lydia está claramente transtornada nesse momento. Jean forma uma palavra, e ela diz “É iogurte”, e Lydia ri nervosamente, dizendo, “Não, não é. Está escrito iogurete. Não é assim que se soletra iogurte.” Lydia dá uma nota baixa para Jean pelo erro, e diz que é terrível. “Você parece preocupada”, diz Jean, e Lydia responde: “Eu estou um pouco preocupada. Você não sabe soletrar?” Jean diz que acha difícil soletrar, e Lydia fala que faz sentido já que os poemas dela, apesar de adoráveis, são cheios de erros na ordem das letras. “Poemas são feitos de palavras, não de letras”, argumenta Jean, e Lydia explica que as letras corretas moldam a palavra naquilo que ela tem que ser. Caso contrário as palavras podem virar outras palavras, ou apenas barulhos. “Palavras são sons”, diz Jean. “Não quando estão escritas”, fala Lydia. Jean informa que o jogo está piorando a dor de cabeça dela e que ela está com fome, e pergunta se elas podem jantar.

Lydia então vai com Jean para o mercado, levando-a para os iogurtes. “Alguns iogurtes são bons para o sucesso”, diz Lydia, “mas qual?” Jean não consegue escolher porque a dor de cabeça está piorando e talvez seja melhor ela deitar, mas Lydia continua mostrando vários iogurtes e perguntando o que Jean achava de cada um deles. Jean pergunta se iogurte seria o bastante para o jantar e Lydia diz não saber, e então grita que Jean quem deveria dizer se era ou não.

Jean fala que Lydia a está assustando. “É como se você não gostasse mais de mim, porque eu não consigo recuperar o seu emprego, e eu não consigo soletrar, e agora eu não consigo te dizer qual iogurte escolher e eu estou com dor de cabeça”, ela fala, com a voz embargada, “eu achei que você cuidaria de mim”. Dark Voice fala para Lydia abraçá-la, mas Lydia nega, então Dark Voice fala para ela pedir desculpas. Lydia diz não estar se sentindo muito bem e pede desculpas. Jean diz que não quer ser uma frustração, e Lydia diz: “Você não é. Você não é de jeito nenhum. Eu sei que você está aí, tentando sair”. Jean pergunta se elas podem voltar para o apartamento e tomarem um banho de banheira juntas. “Sim, essa é uma ótima ideia, Soft Voice”. Jean sorri, “Eu gosto quando você me chama assim. Eu acho que eu te amo, Lydia”, e Lydia responde: “Eu te amo também, Soft Voice”.

Lydia levou Jean para casa, para o banheiro, e preparou a hidromassagem. A furadeira estava em cima da pia. Jean entrou na banheira, e chamou Lydia para entrar. Lydia diz que entrará em um instante, e diz para Jean relaxar enquanto ela faz um cafuné nela. Jean indica onde está doendo e Lydia faz massagem ali. Ela pergunta se os remédios não ajudaram e Jean fala que ajudam um pouco, mas logo a dor volta. Lydia pergunta se Jean já pensou em deixar essa dor sair, e Jean diz que não está disposta a tentar a trepanação. “A furadeira está bem atrás de você, Lydia”, diz Dark Voice. Jean diz que comprou um presente para Lydia, e que o escondeu no quarto, e que Lydia precisará procurar por ele. “Faça agora”, diz Dark Voice, “A Soft Voice precisa sair. Deixe a Soft Voice sair, e a dor de cabeça da Jean vai ser curada.” Lydia continua a massagear a cabeça de Jean, enquanto Dark Voice continua a sussurrar: “Deixe a Soft Voice sair, e você nunca mais ouvirá de mim, Lydia. A Soft Voice ama você, Lydia.” Lydia liga a furadeira na cabeça de Jean.

A cabeça de Jean caiu nas mãos de Lydia. Lydia olhou para o rosto dela, os olhos enormes, uma única lágrima. “Seu rosto… seu rosto…”, disse Jean em seu último suspiro. “Sua voz. Soft Voice”, disse Lydia, enxugando a lágrima de Jean. Então se ajeitou, juntando o buraco de sua cabeça ao de Jean, formando um túnel entre os crânios. Lydia sorriu.



Tradução & Adaptação: Equipe Naomi Scott Brasil

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